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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), como se sabe, acelerou a queda dos juros nesta semana. Eles desceram em um ponto porcentual a Selic, no maior corte em oito anos, para a altura dos 11,25% ao ano.

Mas não é de hoje que os juros estão em queda no Brasil. Começaram a descer a escada no último trimestre de 2016, quando a inflação ainda estava relativamente longe da meta de 4,5% ao ano, mas demonstrando sinais de queda. Agora que a variação média dos preços já chegou nesse patamar, vale olharmos no retrovisor para entendermos a relação entre os juros e a inflação.

A fraqueza da atividade econômica, por si só, justificaria o início do afrouxamento lá atrás. Mas mesmo se a economia estivesse operando em velocidade de cruzeiro, ainda assim faria sentido o BC relaxar a política monetária.

Todos já devem ter passado por essa situação: você entra no chuveiro num dia de inverno, gira o registro para o quente, mas a água não esquenta. Aí você, tremendo e pau da vida, gira mais ainda na direção do vermelho. Passam-se uns 30 segundos. E a água sai pelando, insuportavelmente fervendo. Você fica furioso, reduz, mas aí ela fica fria.

Seu banho, enfim, é um desastre completo.

O mesmo vale para a política monetária. Assim como no chuveiro, há uma defasagem entre a ação e o resultado. Quando você percebe que a inflação entrou numa trajetória cadente, você começa já a relaxar a política monetária. Mas primeiro aos poucos, porque, caso contrário, a inflação no futuro estará superbaixa e você vai "queimar" a economia.

A lógica é semelhante quando a direção é a contrária: você não espera a inflação disparar para começar a elevar os juros. Um aumento na Selic hoje não tem efeito imediato – como no chuveiro, há uma defasagem. Portanto, para impedir que a inflação saia de controle, o juro precisa ser elevado quando ela dá sinais de desgarramento.

A inflação no Brasil já está no centro da meta. Mas as expectativas são de nível abaixo da meta de 4,5% ao ano no futuro. Isso motivou o BC a cortar a taxa de juros na última quarta. E deve continuar cortando, caso se mantenha essa tendência de queda na variação média dos preços.

Até quando a Selic vai cair?

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), como se sabe, acelerou a queda dos juros nesta semana. Eles desceram em um ponto porcentual a Selic, no maior corte em oito anos, para a altura dos 11,25% ao ano. Mas não é de hoje que os juros estão em queda no Brasil. Começaram a descer a escada no último trimestre de 2016, quando a inflação ainda estava relativamente longe da meta de 4,5% ao ano, mas demonstrando sinais de queda. Agora que a variação média dos preços já chegou nesse patamar, vale olharmos no retrovisor para entendermos a relação entre os juros e a inflação. A fraqueza da atividade econômica, por si só, justificaria o início do afrouxamento lá atrás. Mas mesmo se a economia estivesse operando em velocidade de cruzeiro, ainda assim faria sentido o BC relaxar a política monetária. Todos já devem ter passado por essa situação: você entra no chuveiro num dia de inverno, gira o registro para o quente, mas a água não esquenta. Aí você, tremendo e pau da vida, gira mais ainda na direção do vermelho. Passam-se uns 30 segundos. E a água sai pelando, insuportavelmente fervendo. Você fica furioso, reduz, mas aí ela fica fria. Seu banho, enfim, é um desastre completo. O mesmo vale para a política monetária. Assim como no chuveiro, há uma defasagem entre a ação e o resultado. Quando você percebe que a inflação entrou numa trajetória cadente, você começa já a relaxar a política monetária. Mas primeiro aos poucos, porque, caso contrário, a inflação no futuro estará superbaixa e você vai "queimar" a economia. A lógica é semelhante quando a direção é a contrária: você não espera a inflação disparar para começar a elevar os juros. Um aumento na Selic hoje não tem efeito imediato – como no chuveiro, há uma defasagem. Portanto, para impedir que a inflação saia de controle, o juro precisa ser elevado quando ela dá sinais de desgarramento. A inflação no Brasil já está no centro da meta. Mas as expectativas são de nível abaixo da meta de 4,5% ao ano no futuro. Isso motivou o BC a cortar a taxa de juros na última quarta. E deve continuar cortando, caso se mantenha essa tendência de queda na variação média dos preços.
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