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Dívida do governo

Superávits e déficits referem-se apenas ao que foi gasto e arrecadado em um dado ano em particular. Quando o governo incorre em déficit nominal, isso significa que ele gastou mais do que arrecadou. Para viabilizar esses gastos superiores à arrecadação, o governo precisa tomar emprestada uma quantia correspondente a essa diferença, ou seja, o governo se endivida (ou aumenta sua dívida) numa quantia igual ao déficit primário. Analogamente, se o governo arrecada mais do que gasta, o superávit nominal se converte em poupança (ou redução da sua dívida).

A dívida do governo (ou dívida pública), portanto, é a quantidade total de recursos que o governo deve, e que resulta de toda a história passada de déficits e superávits nominais por ele incorridos.

Suponha que o governo tenha iniciado o ano de 2011 com uma dívida de R$500 bilhões e que, ao longo desse ano, ele obtenha um déficit nominal de R$20 bilhões. Logo, a dívida desse país aumenta nesses R$20 bilhões, de modo que o governo iniciará o ano de 2012 com uma dívida de R$520 bilhões. Se, em 2012, há um superávit nominal de R$10 bilhões, então a dívida se reduz para R$510 bilhões no início de 2013. Desse exemplo, pode-se perceber como o governo acumula dívida à medida que incorre déficits nominais, e a abate quando obtém superávits nominais.

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