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A inflação é representada por vários índices. Todos eles medem a variação média dos preços de determinados produtos e serviços na economia. Mas por que existem mais de uma forma da fazer essa mediação? Ou seja, por que existem mais de um índice de inflação?

Acontece que, dependendo que se pretende medir, o cálculo deve ser diferente. E, por isso, cada índice apresenta uma taxa, medida em porcentagem. Os índices mais famosos, os mais presentes nos noticiários, são o IPCA e o IGP-M. Explicando melhor como eles funcionam, fica mais fácil demonstrar a razão de existir mais de uma maneira da inflação ser medida, apesar de ela representar a mesma coisa: variação média de preços.

O IPCA (sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice mais badalado do Brasil. É a medida adotada pelo Banco Central do Brasil para praticar suas políticas de controle da inflação e, por isso, também é conhecido por “inflação oficial”.

O IPCA indica para o Banco Central, portanto, sob qual velocidade os preços estão subindo ou descendo. E a partir daí a autoridade monetária (outro nome que se dá ao Banco Central) toma suas atitudes para tentar manter os preços num ritmo de variação mais confortável para a sociedade.

A intenção do IPCA é medir a inflação dos preços e serviços no varejo, isto é, os preços pagos pelos consumidores. A cesta de produtos pesquisada tenta reproduzir o gastos médios da maior parte das famílias brasileiras, que ganham entre 1 e 40 salários mínimos e moram em áreas urbanas (veja mais na tabela logo abaixo)

O IGP-M, o Índice Geral de Preços – Mercado, também é um medidor de inflação bastante conhecido. Mas já reparou que sempre ele apresenta variações diferentes das do IPCA, com outros números? Por que isso?

Porque ele mede a inflação com outra metodologia, além de ser focado em outros períodos e regiões de pesquisa. O IGP-M leva em conta um grupo diferente de produtos também. Inclui, fora preços pagos pelo consumidor, bens comercializados no atacado e até produtos e serviços relacionados à construção civil.

O IGP-M, para conseguir medir tudo isso, é composto por três índices: 60% corresponde ao Índice de Preços do Produtor Amplo (IPA), o que basicamente representa os preços no atacado; 30% para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), os preços no varejo; e por fim, 10% para o Índice Nacional da Construção Civil (INCC).

Para esclarecer ainda mais a distinção de cada um desses índices de inflação mais populares, vale traduzir toda essa informação em exemplos. Vamos lá?

Uma safra ruim de tomate que eleve o preço significativamente para o consumidor final vai ter um impacto muito maior sobre o IPCA do que sobre o IGP-M – afinal, o IPCA mede principalmente a inflação no bolso do consumidor.
Por outro lado, a recente alta do dólar, que tem impacto direto sobre os preços importados comprados no atacado, terá uma influência imediata mais forte sobre o IGP-M do que sobre o IPCA – já que o IGP-M, na comparação com o IPCA, dá mais importância aos preços do atacado.

Viu só como não é tão complicado? Veja agora esta tabelinha. Vai ajudar você a entender melhor essas diferenças:



Agora, pense só: qual dos dois é o índice mais correto? IPCA ou IGP-M?

Na verdade, depende. Os dois não estão nem certos nem errados. Como você pode ver, cada um deles se aplica melhor a uma determinada situação que o outro.

Para checar se o reajuste de salário do trabalhador comum está razoável, por exemplo?

O melhor a ser usado neste caso é o IPCA. Por quê? Por ele medir o ritmo de preços e serviços no varejo, comprados por este trabalhador.

Mas e se você for um produtor da indústria? Provavelmente, vai preferir reajustar os valores de seus contratos de acordo com o IGP-M. Afinal, ele mede também os preços no atacado, que representam boa parte dos meus gastos.

E por aí vai.

Faça a partir de agora um teste: quando ouvir falar de inflação, tente lembrar o que cada índice desses está querendo dizer para você. Não vai mais ser tão difícil como parecia! =)

Por que a inflação é medida de várias formas?

A inflação é representada por vários índices. Todos eles medem a variação média dos preços de determinados produtos e serviços na economia. Mas por que existem mais de uma forma da fazer essa mediação? Ou seja, por que existem mais de um índice de inflação? Acontece que, dependendo que se pretende medir, o cálculo deve ser diferente. E, por isso, cada índice apresenta uma taxa, medida em porcentagem. Os índices mais famosos, os mais presentes nos noticiários, são o IPCA e o IGP-M. Explicando melhor como eles funcionam, fica mais fácil demonstrar a razão de existir mais de uma maneira da inflação ser medida, apesar de ela representar a mesma coisa: variação média de preços. O IPCA (sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice mais badalado do Brasil. É a medida adotada pelo Banco Central do Brasil para praticar suas políticas de controle da inflação e, por isso, também é conhecido por “inflação oficial”. O IPCA indica para o Banco Central, portanto, sob qual velocidade os preços estão subindo ou descendo. E a partir daí a autoridade monetária (outro nome que se dá ao Banco Central) toma suas atitudes para tentar manter os preços num ritmo de variação mais confortável para a sociedade. A intenção do IPCA é medir a inflação dos preços e serviços no varejo, isto é, os preços pagos pelos consumidores. A cesta de produtos pesquisada tenta reproduzir o gastos médios da maior parte das famílias brasileiras, que ganham entre 1 e 40 salários mínimos e moram em áreas urbanas (veja mais na tabela logo abaixo) O IGP-M, o Índice Geral de Preços – Mercado, também é um medidor de inflação bastante conhecido. Mas já reparou que sempre ele apresenta variações diferentes das do IPCA, com outros números? Por que isso? Porque ele mede a inflação com outra metodologia, além de ser focado em outros períodos e regiões de pesquisa. O IGP-M leva em conta um grupo diferente de produtos também. Inclui, fora preços pagos pelo consumidor, bens comercializados no atacado e até produtos e serviços relacionados à construção civil. O IGP-M, para conseguir medir tudo isso, é composto por três índices: 60% corresponde ao Índice de Preços do Produtor Amplo (IPA), o que basicamente representa os preços no atacado; 30% para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), os preços no varejo; e por fim, 10% para o Índice Nacional da Construção Civil (INCC). Para esclarecer ainda mais a distinção de cada um desses índices de inflação mais populares, vale traduzir toda essa informação em exemplos. Vamos lá? Uma safra ruim de tomate que eleve o preço significativamente para o consumidor final vai ter um impacto muito maior sobre o IPCA do que sobre o IGP-M – afinal, o IPCA mede principalmente a inflação no bolso do consumidor. Por outro lado, a recente alta do dólar, que tem impacto direto sobre os preços importados comprados no atacado, terá uma influência imediata mais forte sobre o IGP-M do que sobre o IPCA – já que o IGP-M, na comparação com o IPCA, dá mais importância aos preços do atacado. Viu só como não é tão complicado? Veja agora esta tabelinha. Vai ajudar você a entender melhor essas diferenças: Agora, pense só: qual dos dois é o índice mais correto? IPCA ou IGP-M? Na verdade, depende. Os dois não estão nem certos nem errados. Como você pode ver, cada um deles se aplica melhor a uma determinada situação que o outro. Para checar se o reajuste de salário do trabalhador comum está razoável, por exemplo? O melhor a ser usado neste caso é o IPCA. Por quê? Por ele medir o ritmo de preços e serviços no varejo, comprados por este trabalhador. Mas e se você for um produtor da indústria? Provavelmente, vai preferir reajustar os valores de seus contratos de acordo com o IGP-M. Afinal, ele mede também os preços no atacado, que representam boa parte dos meus gastos. E por aí vai. Faça a partir de agora um teste: quando ouvir falar de inflação, tente lembrar o que cada índice desses está querendo dizer para você. Não vai mais ser tão difícil como parecia! =)
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