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Relembrando, só por chatice: estamos em crise de natureza fiscal.

Duvida? Olhe à sua volta. Se você duvida mesmo, talvez encontre um bocado de camaradas falando uma língua estrangeira. Mas, se você estiver no Brasil, não há como negar: a crise bateu forte.

Notícia recente, e alarmante, resume bem o que uma crise fiscal significa: de acordo com a Folha, a universalização dos serviços de saneamento básico (coleta de esgoto e rede de água) no Brasil terá de esperar até 2050.

Isso é 20 anos depois do prazo previsto anteriormente.

Mas por que isso vai acontecer? 

Porque o governo gastou demais durante a bonança e agora precisa cortar investimentos.

Pois bem, o que é esta crise fiscal, na prática? Significa que mais brasileiros vão viver em condições não higiênicas ou insalubres (em bom português: porcas), que afetam sua qualidade de vida e até o desenvolvimento sadio das crianças.

E não são poucos os prejudicados! Dados mais recentes (último Censo) apontam que apenas 54% dos domicílios brasileiro têm rede geral de esgoto ou pluvial e que 82% têm acesso a água da rede geral de distribuição.

Ainda existem importantes diferenças entre os Estados brasileiros. Enquanto São Paulo tem uma cobertura da rede de esgoto de 85%, outros, cuja renda não difere muito da paulista, têm cobertura muito mais baixa – em Santa Catarina, por exemplo, a cobertura é de somente 29% (mas vários Estados têm cobertura ainda mais baixa que Santa Catarina, abaixo dos 10%!).

Por que essas diferenças tão grandes?

Seria um tópico interessante de pesquisa histórica (quem sabe algum dia não estude a questão?). Talvez São Paulo tenha começado mais cedo por ser mais rico ou os governantes paulistas, ao longo dos anos, colocaram mais prioridade no saneamento básico que outros Estados.

Infelizmente, o saneamento básico não recebeu de nossos governos a prioridade que o tema merece.

Temos governos que oferecem universidade pública gratuita, programas de iniciação científica no exterior, aposentadorias polpudas e salários para a elite do serviço público acima daqueles pagos pelo setor privado, empréstimos subsidiados para a indústria e construção de portos em Cuba e outras benesses, umas mais e outras menos meritórias.

Não seria melhor usar parte dessa dinheirama para que nenhuma criança brasileira tivesse de morar perto de um córrego que, quando chove, transborda imundices (das mais escatológicas)?


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Plano de saneamento básico do Brasil atrasará 20 anos. Por quê?

Relembrando, só por chatice: estamos em crise de natureza fiscal. Duvida? Olhe à sua volta. Se você duvida mesmo, talvez encontre um bocado de camaradas falando uma língua estrangeira. Mas, se você estiver no Brasil, não há como negar: a crise bateu forte. Notícia recente, e alarmante, resume bem o que uma crise fiscal significa: de acordo com a Folha, a universalização dos serviços de saneamento básico (coleta de esgoto e rede de água) no Brasil terá de esperar até 2050. Isso é 20 anos depois do prazo previsto anteriormente. Mas por que isso vai acontecer? Porque o governo gastou demais durante a bonança e agora precisa cortar investimentos. Pois bem, o que é esta crise fiscal, na prática? Significa que mais brasileiros vão viver em condições não higiênicas ou insalubres (em bom português: porcas), que afetam sua qualidade de vida e até o desenvolvimento sadio das crianças. E não são poucos os prejudicados! Dados mais recentes (último Censo) apontam que apenas 54% dos domicílios brasileiro têm rede geral de esgoto ou pluvial e que 82% têm acesso a água da rede geral de distribuição. Ainda existem importantes diferenças entre os Estados brasileiros. Enquanto São Paulo tem uma cobertura da rede de esgoto de 85%, outros, cuja renda não difere muito da paulista, têm cobertura muito mais baixa – em Santa Catarina, por exemplo, a cobertura é de somente 29% (mas vários Estados têm cobertura ainda mais baixa que Santa Catarina, abaixo dos 10%!). Por que essas diferenças tão grandes? Seria um tópico interessante de pesquisa histórica (quem sabe algum dia não estude a questão?). Talvez São Paulo tenha começado mais cedo por ser mais rico ou os governantes paulistas, ao longo dos anos, colocaram mais prioridade no saneamento básico que outros Estados. Infelizmente, o saneamento básico não recebeu de nossos governos a prioridade que o tema merece. Temos governos que oferecem universidade pública gratuita, programas de iniciação científica no exterior, aposentadorias polpudas e salários para a elite do serviço público acima daqueles pagos pelo setor privado, empréstimos subsidiados para a indústria e construção de portos em Cuba e outras benesses, umas mais e outras menos meritórias. Não seria melhor usar parte dessa dinheirama para que nenhuma criança brasileira tivesse de morar perto de um córrego que, quando chove, transborda imundices (das mais escatológicas)? VEJA MAIS 
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