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Quanto mais produtivo for o trabalhador, maior será seu salário – é o que nos diz o modelo tradicional do mercado de trabalho. Essa lógica simples explica muita coisa. Pense, por exemplo, num brasileiro e num americano que, cada um em seu país, desempenham a mesma função.

Por que o trabalhador ganha mais nos EUA?

Porque o trabalhador nos EUA tem mais anos de educação, maior acesso à tecnologia e melhor maquinário. Portanto, torna-se mais produtivo.

E o inverso, também ocorre?

Sim, salários mais altos podem tornar as pessoas mais produtivas.

Num país muito pobre, isso acontece porque, com o salário mais alto, o funcionário come melhor, fica menos doente e mais disposto a trabalhar.

Já num país mais desenvolvido, a explicação precisa ser outra. Nesses locais, pagando salário acima da média do mercado, o empregador faz com que seu funcionário tenha medo de perder sua vaga. Afinal, terá dificuldade de achar outra igual. Assim, o trabalhador se esforça mais e busca ser o mais eficiente possível.

Esse mecanismo de incentivo é menos importante quando é possível observar facilmente o desempenho do empregado. Nesse caso, se ele não se empenha nas suas tarefas, isso é rapidamente detectado. A punição, pura e simples, é a demissão. Punir a falta de dedicação tem resultado similar a gratificar o esforço. Quando é difícil identificar se o trabalhador está se dedicando ou não – por exemplo, pais que por trabalhar fora não podem monitorar a babá –, punir o mau desempenho é mais complicado. Torna-se importante achar outros canais para prover incentivos.

Outra possível explicação para maiores salários gerarem mais esforço: psicologia. O trabalhador com o salário aumentado quer retribuir o benefício. Ele julga moralmente correto e justo ser mais empenhado quando a firma aumenta seu salário.

Veja só a diferença em relação à teoria descrita anteriormente: nesse último caso não é por interesse pessoal que a pessoa esforça-se mais, mas sim por gratidão e lealdade. Experimentos realizados com pequenos grupos de trabalhadores sugerem que, de fato, esse aspecto moral importa, se não para todos, para muitos deles.

Resumo da ópera: pagar bem tem lá seus benefícios. Principalmente quando você não consegue observar no dia a dia o grau de esforço e a dedicação do seu empregado. Motivá-lo com um salário maior pode aumentar, e muito, a sua eficiência.

Por que o trabalhador ganha mais nos EUA?

dolarXreal1 Quanto mais produtivo for o trabalhador, maior será seu salário – é o que nos diz o modelo tradicional do mercado de trabalho. Essa lógica simples explica muita coisa. Pense, por exemplo, num brasileiro e num americano que, cada um em seu país, desempenham a mesma função. Por que o trabalhador ganha mais nos EUA? Porque o trabalhador nos EUA tem mais anos de educação, maior acesso à tecnologia e melhor maquinário. Portanto, torna-se mais produtivo. E o inverso, também ocorre? Sim, salários mais altos podem tornar as pessoas mais produtivas. Num país muito pobre, isso acontece porque, com o salário mais alto, o funcionário come melhor, fica menos doente e mais disposto a trabalhar. Já num país mais desenvolvido, a explicação precisa ser outra. Nesses locais, pagando salário acima da média do mercado, o empregador faz com que seu funcionário tenha medo de perder sua vaga. Afinal, terá dificuldade de achar outra igual. Assim, o trabalhador se esforça mais e busca ser o mais eficiente possível. Esse mecanismo de incentivo é menos importante quando é possível observar facilmente o desempenho do empregado. Nesse caso, se ele não se empenha nas suas tarefas, isso é rapidamente detectado. A punição, pura e simples, é a demissão. Punir a falta de dedicação tem resultado similar a gratificar o esforço. Quando é difícil identificar se o trabalhador está se dedicando ou não – por exemplo, pais que por trabalhar fora não podem monitorar a babá –, punir o mau desempenho é mais complicado. Torna-se importante achar outros canais para prover incentivos. Outra possível explicação para maiores salários gerarem mais esforço: psicologia. O trabalhador com o salário aumentado quer retribuir o benefício. Ele julga moralmente correto e justo ser mais empenhado quando a firma aumenta seu salário. Veja só a diferença em relação à teoria descrita anteriormente: nesse último caso não é por interesse pessoal que a pessoa esforça-se mais, mas sim por gratidão e lealdade. Experimentos realizados com pequenos grupos de trabalhadores sugerem que, de fato, esse aspecto moral importa, se não para todos, para muitos deles. Resumo da ópera: pagar bem tem lá seus benefícios. Principalmente quando você não consegue observar no dia a dia o grau de esforço e a dedicação do seu empregado. Motivá-lo com um salário maior pode aumentar, e muito, a sua eficiência.
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