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Duzentos milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção!

São duzentos milhões somente por aqui; no mundo tem muito mais gente parando para ver a Copa do Mundo. A piada pronta do economista é: "Putz! Começou a Copa! É o maior choque adverso de produtividade da minha vida!".

No mês da Copa, o PIB vai de mal a pior, mas não tem problema. A alegria e o sofrimento valem a pena, valem algumas horas a menos de trabalho. Mas será que a piada está certa? A Copa é mesmo um choque adverso de produtividade?



Recapitulando o conceito: a Produtividade Total dos Fatores é o quanto se produz para um dado estoque de capital e uma certa quantidade de horas trabalhadas (levando em conta o capital humano dos trabalhadores). Países com mesmos insumos de produção podem ter produtividades diferentes, eficiências distintas. Isso se dá, por exemplo, se o governo de um país provê subsídios para um dado setor, relegando outro. O que acontece é que o primeiro acaba absorvendo - por causa desse subsídio - mais capital e trabalho do que deveria, insumos esses que ficam em falta no setor não subsidiado. No frigir dos ovos, a PTF da economia é menor do que a de um país com quantidade idêntica de capital e trabalho, só que sem subsídios.



Mas voltemos ao que interessa: o futebol. O PIB no mês da Copa cai por dois motivos. O primeiro não tem nada a ver com PTF: as pessoas trabalham menos horas, pois param no meio da tarde para ver o jogo, saem de casa apenas depois da primeira partida, ou até mesmo faltam e arrumam um atestado de gripe para ver Portugal e Espanha. Que fique claro, isso não é choque adverso de PTF; é um choque adverso de horas trabalhadas. Na Europa, mesmo fora da Copa, as pessoas trabalham, em média, menos horas que nos Estados Unidos, mas não são menos eficientes que os norte-americanos. O PIB por habitante é, em média, 30% menor porque se trabalha, em média, 30% menos!

Porém, essa redução nas horas de trabalho durante a Copa não explica tudo.

Há também uma queda de produtividade. Por quê? Oras, você realmente consegue se concentrar no trabalho como se nada estivesse acontecendo? Não dá! Você está na reunião, mas não está ouvindo, pois o que interessa mesmo é saber o resultado do jogo para saber quem o Brasil vai pegar nas oitavas! Essa distração é pura queda de PTF.

Bom, se você, leitor, encontrar aqui algum erro de ortografia – algo como gato com jota, por aí –,  já sabe o motivo... VAI, BRASIL!

 

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Começou a Copa do Mundo - e a queda na produtividade também?

Duzentos milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção! São duzentos milhões somente por aqui; no mundo tem muito mais gente parando para ver a Copa do Mundo. A piada pronta do economista é: "Putz! Começou a Copa! É o maior choque adverso de produtividade da minha vida!". No mês da Copa, o PIB vai de mal a pior, mas não tem problema. A alegria e o sofrimento valem a pena, valem algumas horas a menos de trabalho. Mas será que a piada está certa? A Copa é mesmo um choque adverso de produtividade? Recapitulando o conceito: a Produtividade Total dos Fatores é o quanto se produz para um dado estoque de capital e uma certa quantidade de horas trabalhadas (levando em conta o capital humano dos trabalhadores). Países com mesmos insumos de produção podem ter produtividades diferentes, eficiências distintas. Isso se dá, por exemplo, se o governo de um país provê subsídios para um dado setor, relegando outro. O que acontece é que o primeiro acaba absorvendo - por causa desse subsídio - mais capital e trabalho do que deveria, insumos esses que ficam em falta no setor não subsidiado. No frigir dos ovos, a PTF da economia é menor do que a de um país com quantidade idêntica de capital e trabalho, só que sem subsídios. Mas voltemos ao que interessa: o futebol. O PIB no mês da Copa cai por dois motivos. O primeiro não tem nada a ver com PTF: as pessoas trabalham menos horas, pois param no meio da tarde para ver o jogo, saem de casa apenas depois da primeira partida, ou até mesmo faltam e arrumam um atestado de gripe para ver Portugal e Espanha. Que fique claro, isso não é choque adverso de PTF; é um choque adverso de horas trabalhadas. Na Europa, mesmo fora da Copa, as pessoas trabalham, em média, menos horas que nos Estados Unidos, mas não são menos eficientes que os norte-americanos. O PIB por habitante é, em média, 30% menor porque se trabalha, em média, 30% menos! Porém, essa redução nas horas de trabalho durante a Copa não explica tudo. Há também uma queda de produtividade. Por quê? Oras, você realmente consegue se concentrar no trabalho como se nada estivesse acontecendo? Não dá! Você está na reunião, mas não está ouvindo, pois o que interessa mesmo é saber o resultado do jogo para saber quem o Brasil vai pegar nas oitavas! Essa distração é pura queda de PTF. Bom, se você, leitor, encontrar aqui algum erro de ortografia – algo como gato com jota, por aí –,  já sabe o motivo... VAI, BRASIL!   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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