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Como vencer a pobreza e a desigualdade?

A questão da desigualdade sempre foi central no debate sobre economia e sociedade no Brasil. Descendentes de europeus conquistadores, sobreviventes das populações nativas dizimadas e descendentes de escravos convivem sob a mesma bandeira neste país.

Não seria de surpreender que grande parte da elite descenda de bandeirantes caçadores de índios do século 17 e se pareça com eles.

Menos surpreendente ainda é que muitos dos pobres ainda se pareçam com os escravos do século 19.

Mas as elites não são um clube fechado, mostra um estudo sobre Bragança Paulista, no interior paulista.

Na segunda metade do século 19, Bragança era dominada por uma família, os Silva Leme. Eram os fazendeiros mais ricos, capitalistas e vereadores; suas filhas eram casadas com outros membros da elite. É dessa família Luiz Gonzaga da Silva Leme, autor da grande obra sobre a genealogia do povo bandeirante, a Genealogia Paulistana.

Informação sobre nascimentos, óbitos e casamentos permite encontrar as centenas de descendentes dos Silva Leme que ainda residem em Bragança. Qual a situação desses bisnetos do baronato?

Os Silva Leme de Bragança Paulista do século 21, que em sua maioria não carregam mais o sobrenome, hoje são famílias de classe média. Uns são profissionais bem pagos, mas muitos são remediados.

E quem seria então a elite?

São os recém-chegados, muitos deles com sobrenomes japoneses. Em cálculos preliminares feitos pela equipe do Por Quê?, os brasileiros de ascendência japonesa têm condição social superior aos descendentes do baronato.

Cada um deles é neto ou bisneto de um camponês que atravessou o oceano para trabalhar, poupar e pôr os filhos para estudar. Com esforço e disciplina, chegaram lá.

Acreditamos que programas como o Bolsa Família sejam cruciais para aliviar a pobreza. Mas os descendentes de japoneses melhoraram de vida devido à cultura do esforço pessoal e sem a ajuda do governo.

O Brasil precisa aprender essa lição. Se mais famílias incutissem em seus filhos o valor do esforço e da poupança e os criassem para ter sucesso na escola, nosso carnaval seria menos animado, mas nosso país mais rico e menos desigual.

 

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Como vencer a pobreza e a desigualdade? A questão da desigualdade sempre foi central no debate sobre economia e sociedade no Brasil. Descendentes de europeus conquistadores, sobreviventes das populações nativas dizimadas e descendentes de escravos convivem sob a mesma bandeira neste país. Não seria de surpreender que grande parte da elite descenda de bandeirantes caçadores de índios do século 17 e se pareça com eles. Menos surpreendente ainda é que muitos dos pobres ainda se pareçam com os escravos do século 19. Mas as elites não são um clube fechado, mostra um estudo sobre Bragança Paulista, no interior paulista. Na segunda metade do século 19, Bragança era dominada por uma família, os Silva Leme. Eram os fazendeiros mais ricos, capitalistas e vereadores; suas filhas eram casadas com outros membros da elite. É dessa família Luiz Gonzaga da Silva Leme, autor da grande obra sobre a genealogia do povo bandeirante, a Genealogia Paulistana. Informação sobre nascimentos, óbitos e casamentos permite encontrar as centenas de descendentes dos Silva Leme que ainda residem em Bragança. Qual a situação desses bisnetos do baronato? Os Silva Leme de Bragança Paulista do século 21, que em sua maioria não carregam mais o sobrenome, hoje são famílias de classe média. Uns são profissionais bem pagos, mas muitos são remediados. E quem seria então a elite? São os recém-chegados, muitos deles com sobrenomes japoneses. Em cálculos preliminares feitos pela equipe do Por Quê?, os brasileiros de ascendência japonesa têm condição social superior aos descendentes do baronato. Cada um deles é neto ou bisneto de um camponês que atravessou o oceano para trabalhar, poupar e pôr os filhos para estudar. Com esforço e disciplina, chegaram lá. Acreditamos que programas como o Bolsa Família sejam cruciais para aliviar a pobreza. Mas os descendentes de japoneses melhoraram de vida devido à cultura do esforço pessoal e sem a ajuda do governo. O Brasil precisa aprender essa lição. Se mais famílias incutissem em seus filhos o valor do esforço e da poupança e os criassem para ter sucesso na escola, nosso carnaval seria menos animado, mas nosso país mais rico e menos desigual.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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