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Eletrobras-divulgação

O Ministério de Minas e Energia anunciou planos para a privatização da Eletrobras, empresa de energia elétrica detentora mais de um terço da capacidade de produção no Brasil. A proposta faz parte de um pacote de privatizações do governo a ser lançado com mais detalhes em breve.

É uma ótima notícia. Vejamos por quê.

Primeiro: podemos ter boa vontade com o argumento de que a presença estatal é necessária na mobilização de recursos para grandes investimentos como a hidrelétrica de Itaipu, mas não há argumento econômico que justifique a manutenção da propriedade estatal de usinas instaladas depois que estas são funcionais.

Segundo: em um país com sérios problemas de governança (em outras palavras, com muitas denúncias de corrupção), a privatização elimina uma possível fonte de rendas ilícitas para agentes públicos. Tal preocupação é relevante em particular no caso da Eletrobras, em que três dos seis últimos presidentes foram acusados de envolvimento com corrupção: Silas Rondeau, Valter Cardeal e José da Costa Carvalho Neto. Este último foi indiciado duas vezes: em 1999, por alegadamente desviar R$ 1,6 milhão da Cemig (Companhia Elétrica de Minas Gerais) para a campanha do ex-governador Eduardo Azeredo, e em 2011, por crime de peculato.

Terceiro: a propriedade estatal de uma grande empresa que é usada como “cofrinho” por agentes públicos gera um problema adicional. Para manter sua influência e rendas, os beneficiários do sistema têm incentivos para reduzir a competição e o investimento no setor. De dentro do Estado, isso é fácil: basta criar empecilhos para novas tecnologias ou fornecedores. Com a competição enfrentando obstáculos, faltam incentivos para a empresa estatal oferecer serviços melhores ou gerar ganhos de produtividade.

Como era de esperar, o mercado reagiu bem à ideia: as ações da empresa subiram mais de 45%, um ganho relevante para o contribuinte que é indiretamente acionista da empresa.

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Por que privatizar a Eletrobras?

Eletrobras-divulgação O Ministério de Minas e Energia anunciou planos para a privatização da Eletrobras, empresa de energia elétrica detentora mais de um terço da capacidade de produção no Brasil. A proposta faz parte de um pacote de privatizações do governo a ser lançado com mais detalhes em breve. É uma ótima notícia. Vejamos por quê. Primeiro: podemos ter boa vontade com o argumento de que a presença estatal é necessária na mobilização de recursos para grandes investimentos como a hidrelétrica de Itaipu, mas não há argumento econômico que justifique a manutenção da propriedade estatal de usinas instaladas depois que estas são funcionais. Segundo: em um país com sérios problemas de governança (em outras palavras, com muitas denúncias de corrupção), a privatização elimina uma possível fonte de rendas ilícitas para agentes públicos. Tal preocupação é relevante em particular no caso da Eletrobras, em que três dos seis últimos presidentes foram acusados de envolvimento com corrupção: Silas Rondeau, Valter Cardeal e José da Costa Carvalho Neto. Este último foi indiciado duas vezes: em 1999, por alegadamente desviar R$ 1,6 milhão da Cemig (Companhia Elétrica de Minas Gerais) para a campanha do ex-governador Eduardo Azeredo, e em 2011, por crime de peculato. Terceiro: a propriedade estatal de uma grande empresa que é usada como “cofrinho” por agentes públicos gera um problema adicional. Para manter sua influência e rendas, os beneficiários do sistema têm incentivos para reduzir a competição e o investimento no setor. De dentro do Estado, isso é fácil: basta criar empecilhos para novas tecnologias ou fornecedores. Com a competição enfrentando obstáculos, faltam incentivos para a empresa estatal oferecer serviços melhores ou gerar ganhos de produtividade. Como era de esperar, o mercado reagiu bem à ideia: as ações da empresa subiram mais de 45%, um ganho relevante para o contribuinte que é indiretamente acionista da empresa. Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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