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A Anvisa finalmente aprovou as vacinas e pudemos começar a imunização contra a covid-19 no Brasil. Ainda temos um processo repleto de incertezas pela frente, mas ao menos há alguma esperança de que esse pesadelo coletivo termine.

É inegável que a decisão beneficiou politicamente o governador João Doria, às expensas do presidente Bolsonaro. Isso torna ainda mais significativo o anúncio da Anvisa. Apesar de ser um órgão federal e com diversas pessoas indicadas pelo presidente, ainda assim tomou uma decisão que permitiu que Doria roubasse a cena do ponta pé inicial da vacinação. Sinal de independência e de que a decisão teve bases técnicas.

Mas o que aconteceria se a Anvisa tivesse rejeitado algum dos pedidos – principalmente o da Coronavac? Estaríamos desconfiando seriamente de interferência do governo federal no processo, mesmo que esse não fosse o caso.

Pense em situações futuras, nas quais a Anvisa precise tomar uma decisão também estritamente técnica, mas que esteja em linha com os interesses políticos do presidente e de seus aliados. O público certamente desconfiará. Isso limita a capacidade do órgão em fazer seu trabalho.

A percepção de independência e idoneidade de uma agência governamental é talvez tão importante quanto a independência e a idoneidade em si. Mas o jogo aberto de interesses políticos está contribuindo para essa situação complicada, em que a reputação dessas instituições é colocada em xeque.

O interessante é que isso prejudica o próprio presidente. Afinal, toda vez que um órgão público emitir um parecer que o beneficie (mesmo que a política não tenha nenhuma interferência no processo), ficará pairando uma nuvem de dúvida sobre a decisão.


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A Anvisa aprovou as vacinas. E se não tivesse aprovado?

A Anvisa finalmente aprovou as vacinas e pudemos começar a imunização contra a covid-19 no Brasil. Ainda temos um processo repleto de incertezas pela frente, mas ao menos há alguma esperança de que esse pesadelo coletivo termine.

É inegável que a decisão beneficiou politicamente o governador João Doria, às expensas do presidente Bolsonaro. Isso torna ainda mais significativo o anúncio da Anvisa. Apesar de ser um órgão federal e com diversas pessoas indicadas pelo presidente, ainda assim tomou uma decisão que permitiu que Doria roubasse a cena do ponta pé inicial da vacinação. Sinal de independência e de que a decisão teve bases técnicas.

Mas o que aconteceria se a Anvisa tivesse rejeitado algum dos pedidos – principalmente o da Coronavac? Estaríamos desconfiando seriamente de interferência do governo federal no processo, mesmo que esse não fosse o caso.

Pense em situações futuras, nas quais a Anvisa precise tomar uma decisão também estritamente técnica, mas que esteja em linha com os interesses políticos do presidente e de seus aliados. O público certamente desconfiará. Isso limita a capacidade do órgão em fazer seu trabalho.

A percepção de independência e idoneidade de uma agência governamental é talvez tão importante quanto a independência e a idoneidade em si. Mas o jogo aberto de interesses políticos está contribuindo para essa situação complicada, em que a reputação dessas instituições é colocada em xeque.

O interessante é que isso prejudica o próprio presidente. Afinal, toda vez que um órgão público emitir um parecer que o beneficie (mesmo que a política não tenha nenhuma interferência no processo), ficará pairando uma nuvem de dúvida sobre a decisão.


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