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De acordo com uma pesquisa[1] do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 52 milhões de brasileiros usam cartão crédito. Desses, incríveis 96% desconhecem as taxas de juros mensais cobradas pelo cartão de quem não paga o valor total da fatura.

Os juros do cartão são parecidos com os do cheque especial, ao redor de 13% ao mês. Juros nesses níveis fazem a mágica de transformar uma dívida de R$ 1,00 hoje em uma dívida de R$ 2,5 milhões daqui a 10 anos. Desconhecer esses juros não parece muito saudável.

Nesse cenário, a fatura do cartão de crédito contém uma armadilha perigosa. Ela mostra no cabeçalho, logo ao lado do valor total da fatura, em letras bem grandes, o valor do tal do pagamento mínimo. A armadilha é eficiente. Estrategicamente, ela tira proveito de uma combinação perversa: a falta de conhecimento do brasileiro sobre os juros do cartão aliada ao que os economistas chamam de ancoragem.



Uma âncora prende um navio em um lugar. Usando essa imagem, os economistas usam o termo para definir uma informação que prende a mente de quem a recebe em alguma ideia. Por exemplo, as lojas de TV colocam na entrada da loja uma TV de R$ 10 mil. Quem entra na loja fica com aquele preço na cabeça. Ao ver, então, a TV de R$ 3 mil, pensa que é bem barata. No caso do cartão, a pessoa vê, logo quando abre a fatura, o pagamento mínimo de R$ 224,50. Ela, então, automaticamente fica com essa possibilidade na cabeça. E quem vai querer gastar R$ 1.496,66 sabendo que pode gastar “só” R$ 224,50? Ainda mais ignorando que, ao pagar o mínimo, ela está tomando um empréstimo a incríveis 13% ao mês.

Enquanto as pessoas não souberem o mínimo sobre educação financeira, armadilhas como essa estarão estrategicamente colocadas em cada esquina. E são certeiras. E são fatais.

[1] https://www.spcbrasil.org.br/uploads/st_imprensa/release_cartao_de_credito.pdf

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A armadilha do pagamento mínimo

De acordo com uma pesquisa[1] do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 52 milhões de brasileiros usam cartão crédito. Desses, incríveis 96% desconhecem as taxas de juros mensais cobradas pelo cartão de quem não paga o valor total da fatura. Os juros do cartão são parecidos com os do cheque especial, ao redor de 13% ao mês. Juros nesses níveis fazem a mágica de transformar uma dívida de R$ 1,00 hoje em uma dívida de R$ 2,5 milhões daqui a 10 anos. Desconhecer esses juros não parece muito saudável. Nesse cenário, a fatura do cartão de crédito contém uma armadilha perigosa. Ela mostra no cabeçalho, logo ao lado do valor total da fatura, em letras bem grandes, o valor do tal do pagamento mínimo. A armadilha é eficiente. Estrategicamente, ela tira proveito de uma combinação perversa: a falta de conhecimento do brasileiro sobre os juros do cartão aliada ao que os economistas chamam de ancoragem. Uma âncora prende um navio em um lugar. Usando essa imagem, os economistas usam o termo para definir uma informação que prende a mente de quem a recebe em alguma ideia. Por exemplo, as lojas de TV colocam na entrada da loja uma TV de R$ 10 mil. Quem entra na loja fica com aquele preço na cabeça. Ao ver, então, a TV de R$ 3 mil, pensa que é bem barata. No caso do cartão, a pessoa vê, logo quando abre a fatura, o pagamento mínimo de R$ 224,50. Ela, então, automaticamente fica com essa possibilidade na cabeça. E quem vai querer gastar R$ 1.496,66 sabendo que pode gastar “só” R$ 224,50? Ainda mais ignorando que, ao pagar o mínimo, ela está tomando um empréstimo a incríveis 13% ao mês. Enquanto as pessoas não souberem o mínimo sobre educação financeira, armadilhas como essa estarão estrategicamente colocadas em cada esquina. E são certeiras. E são fatais. [1] https://www.spcbrasil.org.br/uploads/st_imprensa/release_cartao_de_credito.pdf Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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