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O excesso de confiança ou, em inglês, overconfidence, é algo que está muito dentro da gente. Pergunte em uma sala cheia quantas pessoas ali acham que dirigem melhor do que a média. Muito mais do que metade das mãos devem se levantar. Dizem os estudiosos que o excesso de confiança tem motivos evolucionários.


Se achar um pouquinho não faz mal a ninguém. A vida é de fato um pouco uma selva. Mas é claro que exageradamente faz mal, acaba ficando ridículo. E, no mercado acionário, na hora de investir nosso dinheiro, é extremamente prejudicial.

Os motivos são dois. Primeiro porque acabamos por diversificar pouco nossos investimentos. Ao invés de montar uma carteira com várias ações, diminuindo volatilidade e mantendo retorno médio (como nos ensinou Harry Markowitz, lá em 1952), a grande maioria das pessoas tem carteiras muito concentradas com uma, duas, ou três ações (veja o primeiro artigo dos listados abaixo). Acham que vão conseguir escolher aquela super-ação. Obviamente, não vão.

Em segundo lugar, por acharmos que nossas opiniões e análises são melhores do que são de fato, acabamos por entrar e sair de nossas posições com muita frequência quando, na verdade, deveríamos em geral ficar quietos, paradinhos. Operar em excesso é horrível pois ficamos pagando corretagem à toa. Só é bom para as corretoras – o segundo artigo aqui embaixo mostra que pessoas que operam mais e, portanto, pagam mais corretagem perdem mais dinheiro.

Autoconfiança é bom. Se achar um pouquinho até ajuda em várias coisas. Mas, com certeza, não na Bolsa. Seja humilde. Diversifique e opere pouco.

 

1.    William N.Goetzmann, Alok Kumar (2008). "Equity portfolio diversification". Reviewof Finance.



 

2. Barber andOdean (2000) “Trading Is Hazardous to Your Wealth: The Common Stock InvestmentPerformance of Individual Investors”. The Journal of Finance.



 


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A pegadinha número 5 dos investidores: excesso de confiança

O excesso de confiança ou, em inglês, overconfidence, é algo que está muito dentro da gente. Pergunte em uma sala cheia quantas pessoas ali acham que dirigem melhor do que a média. Muito mais do que metade das mãos devem se levantar. Dizem os estudiosos que o excesso de confiança tem motivos evolucionários.


Se achar um pouquinho não faz mal a ninguém. A vida é de fato um pouco uma selva. Mas é claro que exageradamente faz mal, acaba ficando ridículo. E, no mercado acionário, na hora de investir nosso dinheiro, é extremamente prejudicial.

Os motivos são dois. Primeiro porque acabamos por diversificar pouco nossos investimentos. Ao invés de montar uma carteira com várias ações, diminuindo volatilidade e mantendo retorno médio (como nos ensinou Harry Markowitz, lá em 1952), a grande maioria das pessoas tem carteiras muito concentradas com uma, duas, ou três ações (veja o primeiro artigo dos listados abaixo). Acham que vão conseguir escolher aquela super-ação. Obviamente, não vão.

Em segundo lugar, por acharmos que nossas opiniões e análises são melhores do que são de fato, acabamos por entrar e sair de nossas posições com muita frequência quando, na verdade, deveríamos em geral ficar quietos, paradinhos. Operar em excesso é horrível pois ficamos pagando corretagem à toa. Só é bom para as corretoras – o segundo artigo aqui embaixo mostra que pessoas que operam mais e, portanto, pagam mais corretagem perdem mais dinheiro.

Autoconfiança é bom. Se achar um pouquinho até ajuda em várias coisas. Mas, com certeza, não na Bolsa. Seja humilde. Diversifique e opere pouco.

 

1.    William N.Goetzmann, Alok Kumar (2008). "Equity portfolio diversification". Reviewof Finance.

 

2. Barber andOdean (2000) “Trading Is Hazardous to Your Wealth: The Common Stock InvestmentPerformance of Individual Investors”. The Journal of Finance.

 


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