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meta de inflação para 2019

Nesta quinta-feira, 29, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou a meta de inflação para 2019. Foi o primeiro corte desde 2005, em 0.25 ponto porcentual, levando a meta de inflação em 12 meses dos 4,5% para 4,25%.

É uma boa notícia. Um exemplo do Brasil tirando as rodinhas de sua bicicleta. A novidade seria melhor ainda se a CMN ousasse baixar para 4% e estabelecesse uma trajetória rumo a inflação de 3% ao ano.

Muitos outros países adotam regime de metas de inflação, como o do Brasil. Com exceção de alguns menos desenvolvidos (por exemplo, Gana), as metas de inflação são, em geral, mais baixas que as nossas.

Qual o país mais rico e que oferece a melhor qualidade de vida para seus cidadãos na América Latina? O Chile. E qual meta de inflação por lá? O objetivo é conseguir 3,0% de inflação em 12 meses, com uma banda de 1% para baixo/para cima.

Até a conturbada Indonésia, com suas 17.508 ilhas e mais de 300 línguas nativas (incluindo o javanês, veja só!), tem uma meta de inflação mais baixa que a do Brasil: 3,5% ao ano com tolerância de 1% para baixo/para cima em 2018.

Quando o Brasil evita se comprometer a trazer sua inflação para o mesmo patamar dos seus pares, sinaliza para o resto do mundo: este país não tem disciplina e ainda mantém um resíduo de apreço por soluções mágicas. Em outras palavras, perdemos credibilidade. Sem credibilidade, somos punidos pelo mercado. Pagamos hoje por nossos empréstimos mais caro que Polônia, Hungria, México e Turquia.

Existe outro custo adicional de termos uma meta de inflação relativamente alta: nossa indisciplina fiscal e a reputação de país de inflação alta, da qual estamos tentando nos livrar, nos colocam aos olhos do mercado como um país especulativo. Uma espécie de cassinão para lucros rápidos de alto risco. Na prática, o capital estrangeiro recebido é de pior qualidade do que o que receberíamos se estivéssemos mais para uma espécie de Chile – aquele país enfadonho que cresce entediadamente com inflação bem comportada.

 

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Após 14 anos, por que a meta de inflação será menor?

meta de inflação para 2019 Nesta quinta-feira, 29, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou a meta de inflação para 2019. Foi o primeiro corte desde 2005, em 0.25 ponto porcentual, levando a meta de inflação em 12 meses dos 4,5% para 4,25%. É uma boa notícia. Um exemplo do Brasil tirando as rodinhas de sua bicicleta. A novidade seria melhor ainda se a CMN ousasse baixar para 4% e estabelecesse uma trajetória rumo a inflação de 3% ao ano. Muitos outros países adotam regime de metas de inflação, como o do Brasil. Com exceção de alguns menos desenvolvidos (por exemplo, Gana), as metas de inflação são, em geral, mais baixas que as nossas. Qual o país mais rico e que oferece a melhor qualidade de vida para seus cidadãos na América Latina? O Chile. E qual meta de inflação por lá? O objetivo é conseguir 3,0% de inflação em 12 meses, com uma banda de 1% para baixo/para cima. Até a conturbada Indonésia, com suas 17.508 ilhas e mais de 300 línguas nativas (incluindo o javanês, veja só!), tem uma meta de inflação mais baixa que a do Brasil: 3,5% ao ano com tolerância de 1% para baixo/para cima em 2018. Quando o Brasil evita se comprometer a trazer sua inflação para o mesmo patamar dos seus pares, sinaliza para o resto do mundo: este país não tem disciplina e ainda mantém um resíduo de apreço por soluções mágicas. Em outras palavras, perdemos credibilidade. Sem credibilidade, somos punidos pelo mercado. Pagamos hoje por nossos empréstimos mais caro que Polônia, Hungria, México e Turquia. Existe outro custo adicional de termos uma meta de inflação relativamente alta: nossa indisciplina fiscal e a reputação de país de inflação alta, da qual estamos tentando nos livrar, nos colocam aos olhos do mercado como um país especulativo. Uma espécie de cassinão para lucros rápidos de alto risco. Na prática, o capital estrangeiro recebido é de pior qualidade do que o que receberíamos se estivéssemos mais para uma espécie de Chile – aquele país enfadonho que cresce entediadamente com inflação bem comportada.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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