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Um cargueiro atolou no Canal de Suez, impedindo a passagem de outros navios. Estima-se que mais de 10% do comércio global passe por ali. Isso deve provocar estrago até em países que estão longe da região. Por exemplo, o preço do petróleo já sofreu um aumento forte na esteira do acidente.

Notícia nada boa para a economia mundial, que tenta se recuperar do choque do coronavírus. O artigo acadêmico de James Feyrer fornece uma ideia desse efeito deletério. Veja aqui e aqui. Entre 1967 e 1975, o canal permaneceu fechado por causa do conflito entre Egito e Israel. Como resultado, a distância marítima para exportar e importar bens aumentou bastante, e com ela os custos de transporte. O  autor calcula, por exemplo, que a distância entre Mumbai e Londres quase dobrou com a impossibilidade de passar por Suez. 

E um resultado empírico bastante conhecido em estudos acadêmicos da área é que distância prejudica comércio internacional. Entretanto, alguns países foram mais afetados – especialmente do sul da Ásia e do leste da África. Isso permite estimar o efeito do choque de comércio sobre a economia. Feyrer mostra que países mais afetados tiveram, em média, crescimento significativamente mais baixo no período. 
Esses achados sugerem que o fechamento atual de Suez deve atuar na mesma direção. Lógico, o canal não ficará interditado tanto tempo como no período 1967-1975. Então a magnitude do efeito não deverá ser tão grande. Mas o momento não é nem um pouco oportuno.

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Como um cargueiro atolado pode afetar a economia mundial?

Um cargueiro atolou no Canal de Suez, impedindo a passagem de outros navios. Estima-se que mais de 10% do comércio global passe por ali. Isso deve provocar estrago até em países que estão longe da região. Por exemplo, o preço do petróleo já sofreu um aumento forte na esteira do acidente.

Notícia nada boa para a economia mundial, que tenta se recuperar do choque do coronavírus. O artigo acadêmico de James Feyrer fornece uma ideia desse efeito deletério. Veja aqui e aqui. Entre 1967 e 1975, o canal permaneceu fechado por causa do conflito entre Egito e Israel. Como resultado, a distância marítima para exportar e importar bens aumentou bastante, e com ela os custos de transporte. O  autor calcula, por exemplo, que a distância entre Mumbai e Londres quase dobrou com a impossibilidade de passar por Suez. 

E um resultado empírico bastante conhecido em estudos acadêmicos da área é que distância prejudica comércio internacional. Entretanto, alguns países foram mais afetados – especialmente do sul da Ásia e do leste da África. Isso permite estimar o efeito do choque de comércio sobre a economia. Feyrer mostra que países mais afetados tiveram, em média, crescimento significativamente mais baixo no período. 
Esses achados sugerem que o fechamento atual de Suez deve atuar na mesma direção. Lógico, o canal não ficará interditado tanto tempo como no período 1967-1975. Então a magnitude do efeito não deverá ser tão grande. Mas o momento não é nem um pouco oportuno.

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