Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

Alguns economistas do Brasil se autodenominam desenvolvimentistas e, ao mesmo tempo, taxam os outros que não compartilham de suas ideias de “neoliberais”.

Nelson Barbosa, o novo ministro da Fazenda, é um exemplo.

Mas sabe o que mais impressiona? No mundo acadêmico, entre os economistas de verdade, não existe isso de “desenvolvimentista” ou “neoliberal”.

Essas nomenclaturas são invenções de quem se diz desenvolvimentista – e esses linguajares acabaram, desgraçadamente, incorporados ao linguajar jornalístico.

Na verdade, todos os economistas sérios querem o desenvolvimento da economia. E sob esse aspecto, todos somos desenvolvimentistas, assim como o Ministro Barbosa. Ou não? Ora, arrogância demais seria achar que somente um grupo se preocupa com o desenvolvimento econômico, né?

O que diferencia esses dois grupos – desenvolvimentistas e neoliberais – é, na verdade, outra coisa: os tais desenvolvimentistas pensam que muitas variáveis na economia podem ser determinadas por ação do governo e que, por meio delas, o governo pode propulsionar o crescimento: via juros menores, via cambio mais fraco, via crédito subsidiado.

É assim fácil na visão deles: basta querer.

E se você não quiser isso tudo... Pronto! É porque você é um neoliberal!

Pense bem, não parece incrível?

Pense bem de novo: por que há tantos países pobres no mundo, se é tão fácil assim vencer isso, com o desenvolvimento?

E por que o Brasil, que aplicou as táticas dos autoproclamados desenvolvimentistas nos anos de governo Dilma, está em recessão profunda?

Este projeto de educação econômica não acredita em mágicas desse tipo. Para nós o caminho é bem mais difícil. Câmbio e juros, por exemplo, são variáveis endógenas, ou seja, determinadas dentro do sistema econômico.

Não há varinha de condão.

Há, sim, uma combinação de governo (em todas as esferas) eficiente, regulador e distribuidor de renda por canais que gerem poucas distorções, e mercados competitivos e livres para operar na ausência de externalidades importantes.

Essa combinação, casada com estabilidade macroeconômica (a macroeconomia é o pano de fundo: o fiscal no lugar, a inflação baixa e estável são condições necessárias, mas NUNCA suficientes) gera aumento de eficiência. É a essência do crescimento econômico de longo prazo.

Todos os países do mundo que têm renda acima de 20 mil dólares por habitante seguiram essa trilha. Nesses lugares, não existem economistas “desenvolvimentistas”. Será mera coincidência?


Por que todos somos desenvolvimentistas?

Alguns economistas do Brasil se autodenominam desenvolvimentistas e, ao mesmo tempo, taxam os outros que não compartilham de suas ideias de “neoliberais”. Nelson Barbosa, o novo ministro da Fazenda, é um exemplo. Mas sabe o que mais impressiona? No mundo acadêmico, entre os economistas de verdade, não existe isso de “desenvolvimentista” ou “neoliberal”. Essas nomenclaturas são invenções de quem se diz desenvolvimentista – e esses linguajares acabaram, desgraçadamente, incorporados ao linguajar jornalístico. Na verdade, todos os economistas sérios querem o desenvolvimento da economia. E sob esse aspecto, todos somos desenvolvimentistas, assim como o Ministro Barbosa. Ou não? Ora, arrogância demais seria achar que somente um grupo se preocupa com o desenvolvimento econômico, né? O que diferencia esses dois grupos – desenvolvimentistas e neoliberais – é, na verdade, outra coisa: os tais desenvolvimentistas pensam que muitas variáveis na economia podem ser determinadas por ação do governo e que, por meio delas, o governo pode propulsionar o crescimento: via juros menores, via cambio mais fraco, via crédito subsidiado. É assim fácil na visão deles: basta querer. E se você não quiser isso tudo... Pronto! É porque você é um neoliberal! Pense bem, não parece incrível? Pense bem de novo: por que há tantos países pobres no mundo, se é tão fácil assim vencer isso, com o desenvolvimento? E por que o Brasil, que aplicou as táticas dos autoproclamados desenvolvimentistas nos anos de governo Dilma, está em recessão profunda? Este projeto de educação econômica não acredita em mágicas desse tipo. Para nós o caminho é bem mais difícil. Câmbio e juros, por exemplo, são variáveis endógenas, ou seja, determinadas dentro do sistema econômico. Não há varinha de condão. Há, sim, uma combinação de governo (em todas as esferas) eficiente, regulador e distribuidor de renda por canais que gerem poucas distorções, e mercados competitivos e livres para operar na ausência de externalidades importantes. Essa combinação, casada com estabilidade macroeconômica (a macroeconomia é o pano de fundo: o fiscal no lugar, a inflação baixa e estável são condições necessárias, mas NUNCA suficientes) gera aumento de eficiência. É a essência do crescimento econômico de longo prazo. Todos os países do mundo que têm renda acima de 20 mil dólares por habitante seguiram essa trilha. Nesses lugares, não existem economistas “desenvolvimentistas”. Será mera coincidência?
Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?clique aqui e assine a nossa Newsletter.

Siga a gente no Facebook e Twitter!
Inscreva-se no nosso canal no YouTube!
Curta as nossas fotos no Instagram!

O que você achou desse texto?

*Não é necessário cadastro.

Avaliação de quem leu:

Avalie esse texto Não é necessário cadastro

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.