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Em tempos de combustível caro, fica até difícil acreditar que é possível a gasolina sair quase de graça. Mas é o que acontece na Venezuela! De acordo com a imprensa, você consegue encher dezenas de tanques de gasolina por lá com uma grana que só compraria um cafezinho brasileiro.

Se, por um lado, a gasolina não falta... Complicado mesmo para os venezuelanos é comprar fraldas descartáveis, sabonetes e remédios. Assim como não dá para fazer um carro andar com fraldas descartáveis, a gasolina não pode substituir sabonetes ou remédios.

O motivo da falta de muitos produtos básicos na Venezuela é justamente a irracionalidade dessa gasolina quase gratuita. Por ser a gasolina e outros derivados do petróleo tão baratos, venezuelanos acabam desperdiçando boa parte do volume disponível com carros pouco eficientes ou produções industriais.

Consumindo mais localmente, sobra menos gasolina para exportar e gerar receitas em dólares para a empresa estatal PDVSA ou para o governo. Pois são essas receitas em dólares que deveriam pagar pela importação dos produtos que a Venezuela não produz.

É como se uma família dona de um restaurante comesse tudo o que saísse da cozinha e oferecesse comida ilimitada grátis e deliciosa para todos os seus funcionários e parentes. Sem servir refeições para clientes que pagam, não teriam como arcar com a conta da luz ou a escola das crianças.

No trágico caso venezuelano, faltam até recursos para consertar o equipamento usado pela indústria petrolífera. É como se os donos do restaurante, empanturrados de massas e bolos, não tivessem como pagar pelo conserto da geladeira que quebrou.

Mas por que um país rico em petróleo escolheria desperdiçar sua riqueza? Ou, seguindo a analogia, por que um chef de cozinha talentoso escolheria sucatear seu restaurante para empanturrar seus familiares e funcionários?

Essa é uma questão difícil de responder. Não há justificativa econômica (ou moral) para vender a gasolina a preço quase zero. Um pouco de reflexão ajudaria a levar o eleitor venezuelano a entender que gasolina grátis significa menos receita para seu governo pagar por escolas ou importação de remédios.

 

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Faltam remédios na Venezuela, sobra gasolina. Por quê?

venezuela Em tempos de combustível caro, fica até difícil acreditar que é possível a gasolina sair quase de graça. Mas é o que acontece na Venezuela! De acordo com a imprensa, você consegue encher dezenas de tanques de gasolina por lá com uma grana que só compraria um cafezinho brasileiro. Se, por um lado, a gasolina não falta... Complicado mesmo para os venezuelanos é comprar fraldas descartáveis, sabonetes e remédios. Assim como não dá para fazer um carro andar com fraldas descartáveis, a gasolina não pode substituir sabonetes ou remédios. O motivo da falta de muitos produtos básicos na Venezuela é justamente a irracionalidade dessa gasolina quase gratuita. Por ser a gasolina e outros derivados do petróleo tão baratos, venezuelanos acabam desperdiçando boa parte do volume disponível com carros pouco eficientes ou produções industriais. Consumindo mais localmente, sobra menos gasolina para exportar e gerar receitas em dólares para a empresa estatal PDVSA ou para o governo. Pois são essas receitas em dólares que deveriam pagar pela importação dos produtos que a Venezuela não produz. É como se uma família dona de um restaurante comesse tudo o que saísse da cozinha e oferecesse comida ilimitada grátis e deliciosa para todos os seus funcionários e parentes. Sem servir refeições para clientes que pagam, não teriam como arcar com a conta da luz ou a escola das crianças. No trágico caso venezuelano, faltam até recursos para consertar o equipamento usado pela indústria petrolífera. É como se os donos do restaurante, empanturrados de massas e bolos, não tivessem como pagar pelo conserto da geladeira que quebrou. Mas por que um país rico em petróleo escolheria desperdiçar sua riqueza? Ou, seguindo a analogia, por que um chef de cozinha talentoso escolheria sucatear seu restaurante para empanturrar seus familiares e funcionários? Essa é uma questão difícil de responder. Não há justificativa econômica (ou moral) para vender a gasolina a preço quase zero. Um pouco de reflexão ajudaria a levar o eleitor venezuelano a entender que gasolina grátis significa menos receita para seu governo pagar por escolas ou importação de remédios.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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