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Felipe Rezende é um brasileiro que dá aula nos Estados Unidos. Não o conheço, não tenho nada contra ele e tenho a sincera impressão de que se trata de uma pessoa honesta.

Felipe Rezende foi ao Senado, recentemente, falar sobre economia. Esteve ao lado de Mansueto Almeida e outros nomes da área. E ele disse que NÃO (!!!) são gastos que geram dívida pública.

Fiquei deprimido.



Na sua casa, caro leitor ou leitora, quando o volume de dinheiro que entra é menor do que o de gastos, você faz dívida. Por definição. Toma emprestado: no cartão, no banco, com familiares, com amigos, com o agiota...

Com o governo não é muito diferente.

Quando um governo gasta mais do que arrecada, também precisa pegar grana emprestada. Aí ele emite um título, que é uma promessa de devolução futura do valor emprestado. Quando gasta exatamente o que tem de receita de impostos, a dívida fica paradinha onde está. Se o governo gastar menos, a dívida diminui.

Felipe Rezende disse no Senado que não é assim que a banda toca. Como pode?

O Brasil sofreu demais com as políticas destrambelhadas dos últimos anos. Demais. Não deveríamos mais discutir óbvios ululantes. Depois, tem gente que ouve e se interessa por essas teses interessantemente fáceis.

Já sabemos o desfecho quando isso acontece: crise profunda como a que estamos vivendo.



Não me entendam mal. Há um bom debate a ser travado. E há muita coisa em economia que entendemos mal. Mas sabemos: sanguessugas não curam ninguém e a terra não é quadrada.

Fiquei sonhando com um imposto para minimizar externalidades negativas intelectuais, apenas para os casos crassos, obviamente. Apenas para quem disser que a terra é quadrada ou que gastos não geram dívida.

Marcos Mendes, Mansu, CH, podem incluir isso na PEC do gasto?

 

Gastar demais não causa dívida? Por quê? Como? Em que mundo?!?!

Felipe Rezende é um brasileiro que dá aula nos Estados Unidos. Não o conheço, não tenho nada contra ele e tenho a sincera impressão de que se trata de uma pessoa honesta. Felipe Rezende foi ao Senado, recentemente, falar sobre economia. Esteve ao lado de Mansueto Almeida e outros nomes da área. E ele disse que NÃO (!!!) são gastos que geram dívida pública. Fiquei deprimido. Na sua casa, caro leitor ou leitora, quando o volume de dinheiro que entra é menor do que o de gastos, você faz dívida. Por definição. Toma emprestado: no cartão, no banco, com familiares, com amigos, com o agiota... Com o governo não é muito diferente. Quando um governo gasta mais do que arrecada, também precisa pegar grana emprestada. Aí ele emite um título, que é uma promessa de devolução futura do valor emprestado. Quando gasta exatamente o que tem de receita de impostos, a dívida fica paradinha onde está. Se o governo gastar menos, a dívida diminui. Felipe Rezende disse no Senado que não é assim que a banda toca. Como pode? O Brasil sofreu demais com as políticas destrambelhadas dos últimos anos. Demais. Não deveríamos mais discutir óbvios ululantes. Depois, tem gente que ouve e se interessa por essas teses interessantemente fáceis. Já sabemos o desfecho quando isso acontece: crise profunda como a que estamos vivendo. Não me entendam mal. Há um bom debate a ser travado. E há muita coisa em economia que entendemos mal. Mas sabemos: sanguessugas não curam ninguém e a terra não é quadrada. Fiquei sonhando com um imposto para minimizar externalidades negativas intelectuais, apenas para os casos crassos, obviamente. Apenas para quem disser que a terra é quadrada ou que gastos não geram dívida. Marcos Mendes, Mansu, CH, podem incluir isso na PEC do gasto?  
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