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google pixel buds

O Google recentemente anunciou os “Pixel Buds”, fones de ouvido que conseguem traduzir 40 idiomas diferentes em tempo real. O vídeo para promover a novidade mostra uma conversa entre um homem (falando em inglês) e uma mulher (falando em sueco) intermediada pela nova tecnologia:



Imagino isso daqui a uns 5 ou 10 anos, com novos aprimoramentos tornando a comunicação cada vez mais fluida. As possibilidades de ganhos são enormes. Não apenas pessoas de todo mundo poderão se comunicar a um custo baixo. Poderemos ter acesso a uma quantidade enorme de material que se encontra em outras línguas. Isso sem falar nas oportunidades de fazer negócios entre pessoas e empresas de todos os cantos do mundo.

Mas não dá para desconsiderar a capacidade disruptiva da mudança tecnológica, ao tornar obsoletas outras técnicas e habilidades específicas. O que acontecerá com tradutores e intérpretes, agora que há uma tecnologia que cumpre esse papel a um custo muito mais baixo? Essas profissões certamente correm o risco de desaparecerem nos próximos anos.

E o que dizer de escolas de línguas?

Quando uma pessoa decide aprender uma nova língua, ela pesa os custos e benefícios. Como o benefício agora de adquirir esse conhecimento ficou menor (não é preciso mais saber inglês para conversar com estrangeiros), para algumas pessoas não mais compensará pagar o custo.

Claro, para alguns indivíduos que realmente gostam de aprender línguas, a mudança tecnológica provavelmente não provocará mudanças de escolha. Ainda que tenha caído para eles, o benefício continuará a superar o custo.

Porém dá para esperar que haja mudança de escolha entre um conjunto de pessoas, especificamente aquelas cujo custo é hoje próximo ao benefício. Isso pode reduzir a demanda por esse serviço, assim como a lucratividade de escolas de línguas. Muitas podem fechar as portas.

Vejamos o que acontece nos próximos anos. Será interessante assistir ao impacto de todas essas transformações sobre a economia.

 

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Google Pixel Buds: qual o impacto do fone que traduz línguas em tempo real?

google pixel buds O Google recentemente anunciou os “Pixel Buds”, fones de ouvido que conseguem traduzir 40 idiomas diferentes em tempo real. O vídeo para promover a novidade mostra uma conversa entre um homem (falando em inglês) e uma mulher (falando em sueco) intermediada pela nova tecnologia: Imagino isso daqui a uns 5 ou 10 anos, com novos aprimoramentos tornando a comunicação cada vez mais fluida. As possibilidades de ganhos são enormes. Não apenas pessoas de todo mundo poderão se comunicar a um custo baixo. Poderemos ter acesso a uma quantidade enorme de material que se encontra em outras línguas. Isso sem falar nas oportunidades de fazer negócios entre pessoas e empresas de todos os cantos do mundo. Mas não dá para desconsiderar a capacidade disruptiva da mudança tecnológica, ao tornar obsoletas outras técnicas e habilidades específicas. O que acontecerá com tradutores e intérpretes, agora que há uma tecnologia que cumpre esse papel a um custo muito mais baixo? Essas profissões certamente correm o risco de desaparecerem nos próximos anos. E o que dizer de escolas de línguas? Quando uma pessoa decide aprender uma nova língua, ela pesa os custos e benefícios. Como o benefício agora de adquirir esse conhecimento ficou menor (não é preciso mais saber inglês para conversar com estrangeiros), para algumas pessoas não mais compensará pagar o custo. Claro, para alguns indivíduos que realmente gostam de aprender línguas, a mudança tecnológica provavelmente não provocará mudanças de escolha. Ainda que tenha caído para eles, o benefício continuará a superar o custo. Porém dá para esperar que haja mudança de escolha entre um conjunto de pessoas, especificamente aquelas cujo custo é hoje próximo ao benefício. Isso pode reduzir a demanda por esse serviço, assim como a lucratividade de escolas de línguas. Muitas podem fechar as portas. Vejamos o que acontece nos próximos anos. Será interessante assistir ao impacto de todas essas transformações sobre a economia.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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