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Às vésperas das eleições ouvimos cada uma! A grande notícia do momento, e que causa calafrios na espinha de quem se preocupa com o futuro do Brasil, foi este tuíte do candidato Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB. Como se vê, ele promete usar o BNDES para emprestar dinheiro a juro zero para pequenas e médias empresas:



Parece até que foi ontem que o BNDES, no governo Dilma Rousseff, entrou num porre de empréstimos subsidiados para grandes empresas. Mais notoriamente, aquelas cujos acionistas controladores tem Batista no sobrenome (JBS de Joesley, grupo X de Eike). Muitos desses empréstimos resultaram em perdas ou financiaram investimentos de péssima qualidade, que não contribuíram para nosso desenvolvimento.

 



 

A proposta do candidato tucano é mais do mesmo. Só que, em vez de canalizar o crédito subsidiado para as grandes, agora quem se beneficiaria seriam pequenas e médias empresas. À primeira vista, até parece uma tentativa de fazer justiça, espalhando as benesses que antes eram colhidas apenas pelos gatos gordos. Mas, na realidade, é ainda pior que a política anterior.

Primeiro, o BNDES não tem capacidade para avaliar o risco de crédito de pequenas e médias empresas. Tampouco tem uma rede de agências com capilaridade para alcançar pequenas empresas longe do centro do Rio de Janeiro ou Brasília. Para expandir a sua carteira nesse setor, teria que expandir seu pessoal, que já é pago muito acima do valor de mercado.

Em segundo lugar, se a pequena ou média empresa toma empréstimo a juro zero, o custo de capital do BNDES é ditado pelo mercado. Cada 100 reais emprestados para o seu João custam quase 10 reais para o BNDES. De onde o BNDES tiraria esse dinheiro? Ora, de transferências do Tesouro, que é alimentado por impostos pagos pelos contribuintes! Será que nós precisamos de um programa que aumente nossos impostos?

Há pouco mais de um ano, foi sancionada a Lei 13.483, que reduz a capacidade do BNDES de oferecer empréstimos subsidiados pelo suor do contribuinte. O BNDES dos subsídios aos amigos do rei ou a quem chora mais alto deveria ter ficado no passado. É frustrante que este fantasma ainda mostre sua cara assustadora, como se não tivéssemos aprendido nada com a experiência catastrófica de poucos anos atrás.

 

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Juro zero no BNDES: de volta ao passado?

Às vésperas das eleições ouvimos cada uma! A grande notícia do momento, e que causa calafrios na espinha de quem se preocupa com o futuro do Brasil, foi este tuíte do candidato Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB. Como se vê, ele promete usar o BNDES para emprestar dinheiro a juro zero para pequenas e médias empresas: Parece até que foi ontem que o BNDES, no governo Dilma Rousseff, entrou num porre de empréstimos subsidiados para grandes empresas. Mais notoriamente, aquelas cujos acionistas controladores tem Batista no sobrenome (JBS de Joesley, grupo X de Eike). Muitos desses empréstimos resultaram em perdas ou financiaram investimentos de péssima qualidade, que não contribuíram para nosso desenvolvimento.   ?   A proposta do candidato tucano é mais do mesmo. Só que, em vez de canalizar o crédito subsidiado para as grandes, agora quem se beneficiaria seriam pequenas e médias empresas. À primeira vista, até parece uma tentativa de fazer justiça, espalhando as benesses que antes eram colhidas apenas pelos gatos gordos. Mas, na realidade, é ainda pior que a política anterior. Primeiro, o BNDES não tem capacidade para avaliar o risco de crédito de pequenas e médias empresas. Tampouco tem uma rede de agências com capilaridade para alcançar pequenas empresas longe do centro do Rio de Janeiro ou Brasília. Para expandir a sua carteira nesse setor, teria que expandir seu pessoal, que já é pago muito acima do valor de mercado. Em segundo lugar, se a pequena ou média empresa toma empréstimo a juro zero, o custo de capital do BNDES é ditado pelo mercado. Cada 100 reais emprestados para o seu João custam quase 10 reais para o BNDES. De onde o BNDES tiraria esse dinheiro? Ora, de transferências do Tesouro, que é alimentado por impostos pagos pelos contribuintes! Será que nós precisamos de um programa que aumente nossos impostos? Há pouco mais de um ano, foi sancionada a Lei 13.483, que reduz a capacidade do BNDES de oferecer empréstimos subsidiados pelo suor do contribuinte. O BNDES dos subsídios aos amigos do rei ou a quem chora mais alto deveria ter ficado no passado. É frustrante que este fantasma ainda mostre sua cara assustadora, como se não tivéssemos aprendido nada com a experiência catastrófica de poucos anos atrás.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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