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Demorou, mas chegou o Natal. E você tem de comprar presentes. Daí quebra a cabeça tentando achar o que seria mais adequado, passa horas num shopping. E depois de achar o que comprar, nem sabe se a pessoa vai mesmo gostar da sua escolha.

Bem, mas por que não presentear com dinheiro vivo? Afinal, por mais que você conheça a outra pessoa, certamente ela sabe melhor que você as próprias preferências. Com a grana em mãos, poderia escolher a melhor forma de gastar.

Alguns economistas já estudaram esse dilema de comprar o presente ou dar dinheiro. E, de acordo com eles, há uma “ineficiência” associada à troca de presentes.

- Por quê?

Suponha que você compre uma camisa de presente para alguém, no valor de 100 reais. Mas você não conhece as preferências do presenteado como ele próprio. Talvez, portanto, esse não seja o melhor uso que ele ou ela faria dos 100 reais.

Ou seja, seguindo essa lógica, há grandes chances de a pessoa que ganhou a camisa, caso pudesse escolher, preferir gastar esses 100 reais com outra coisa.

Assim, dá na mesma dizer que, para o presenteado, a camisa vale menos que 100 reais. E essa seria a tal da “ineficiência” da troca de presentes.

Beleza. Mas então por que essa tradição se mantém ao longo dos anos? Não seria melhor abolir de uma vez por todas a troca de presentes? Basta a gente dar dinheiro para quem a gente gosta!

Há um “porém” na questão.

Nessa análise, focamos apenas no custo do presente. Mas a troca de lembrancinhas ou presentões envolve coisas além da economia.

Ao procurar pelo presente você faz esforço e gasta tempo. A gente acaba demonstrando, assim, que se importa com a pessoa presenteada. E é muito mais difícil comunicar esse sentimento dando dinheiro para alguém.

Esse aspecto não está refletido no valor subjetivo do presente. E fica de fora da análise sobre eficiência discutida mais acima.

Mas esse fator, digamos, emocional é potencialmente relevante. Explica, por exemplo, porque a troca de presentes persiste entre as várias culturas espalhadas pelo mundo. E, sendo assim, o que é visto como “ineficiência” por alguns pode se tornar “eficiência”.


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Neste Natal, por que presentear com dinheiro?

Demorou, mas chegou o Natal. E você tem de comprar presentes. Daí quebra a cabeça tentando achar o que seria mais adequado, passa horas num shopping. E depois de achar o que comprar, nem sabe se a pessoa vai mesmo gostar da sua escolha. Bem, mas por que não presentear com dinheiro vivo? Afinal, por mais que você conheça a outra pessoa, certamente ela sabe melhor que você as próprias preferências. Com a grana em mãos, poderia escolher a melhor forma de gastar. Alguns economistas já estudaram esse dilema de comprar o presente ou dar dinheiro. E, de acordo com eles, há uma “ineficiência” associada à troca de presentes. - Por quê? Suponha que você compre uma camisa de presente para alguém, no valor de 100 reais. Mas você não conhece as preferências do presenteado como ele próprio. Talvez, portanto, esse não seja o melhor uso que ele ou ela faria dos 100 reais. Ou seja, seguindo essa lógica, há grandes chances de a pessoa que ganhou a camisa, caso pudesse escolher, preferir gastar esses 100 reais com outra coisa. Assim, dá na mesma dizer que, para o presenteado, a camisa vale menos que 100 reais. E essa seria a tal da “ineficiência” da troca de presentes. Beleza. Mas então por que essa tradição se mantém ao longo dos anos? Não seria melhor abolir de uma vez por todas a troca de presentes? Basta a gente dar dinheiro para quem a gente gosta! Há um “porém” na questão. Nessa análise, focamos apenas no custo do presente. Mas a troca de lembrancinhas ou presentões envolve coisas além da economia. Ao procurar pelo presente você faz esforço e gasta tempo. A gente acaba demonstrando, assim, que se importa com a pessoa presenteada. E é muito mais difícil comunicar esse sentimento dando dinheiro para alguém. Esse aspecto não está refletido no valor subjetivo do presente. E fica de fora da análise sobre eficiência discutida mais acima. Mas esse fator, digamos, emocional é potencialmente relevante. Explica, por exemplo, porque a troca de presentes persiste entre as várias culturas espalhadas pelo mundo. E, sendo assim, o que é visto como “ineficiência” por alguns pode se tornar “eficiência”. VEJA TAMBÉM
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