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Dizem que o dólar anda fortão mesmo com a taxa de juros nos Estados Unidos lá embaixo...

Isso fazendo uma análise que se baseia na paridade do poder de compra, a PPC. O que diz a tal PPC? Que bens iguais deveriam custar o mesmo em todos os lugares do planeta. Porque se estiver mais caro num lugar, você manda vir de outro. Só que não... Pense bem: não dá para importar corte de cabelo da Índia – até dá, mas isso implicaria você ir até lá para cortar o cabelo, o que sairia meio caro. Entra em cena o custo de transporte. Por conta desse custo – que embora venha caindo ao longo das décadas não é zero –, os bens e serviços não são plenamente comercializáveis. Para Gisele Bündchen corte de cabelo em Nova York é um bem transacionável, para nós mortais não.

E, obviamente, ainda há as tarifas de importação. Se um quilo de feijão custa 2 dólares nos Estados Unidos e  1,7 no Brasil, mas o gringo que deseja importar precisa pagar uma tarifa de 30%,  a transação não vai valer a pena, mesmo se o custo de transporte fosse zero. Tudo isso para dizer que não devemos esperar que os preços convirjam para um único valor (quando medido numa mesma moeda, claro).

E o Big Mac? É um bem comercializável? A carne até é, assim como o picles e o pão. Mas caramba, não dá para pôr o sanduíche num contêiner e mandar de um país para o outro, certo? Então o Big Mac não é comercializável e, portanto, deveríamos esperar desvios da PPC mesmo. Mas o ponto é: se esses desvios ficam grotescamente elevados, alguma coisa tem.

Se o preço do Big Mac num dado país, quando convertido em dólares, fica muito abaixo do preço do Big Mac nos Estados Unidos, é sinal de que esse país está barato. Em janeiro de 2019, o sanduíche custava 5,5 dólares na terra do tio Sam e 2,5 dólares no México. Menos da metade! Em relação ao Brasil a diferença é menor, mas ainda assim o Mac brasileiro parecia barato: 3,7 dólares. Na nossa amostra de 56 países, só na Suíça, Suécia e Noruega ele estava mais caro que nos Estados Unidos, custando 6,7, 5,8 e 5,9 dólares, respectivamente. Colocando esses número num histograma, fica claro que o ano começou com o dólar forte.

O que diz o preço do Big Mac?

Dizem que o dólar anda fortão mesmo com a taxa de juros nos Estados Unidos lá embaixo... Isso fazendo uma análise que se baseia na paridade do poder de compra, a PPC. O que diz a tal PPC? Que bens iguais deveriam custar o mesmo em todos os lugares do planeta. Porque se estiver mais caro num lugar, você manda vir de outro. Só que não... Pense bem: não dá para importar corte de cabelo da Índia – até dá, mas isso implicaria você ir até lá para cortar o cabelo, o que sairia meio caro. Entra em cena o custo de transporte. Por conta desse custo – que embora venha caindo ao longo das décadas não é zero –, os bens e serviços não são plenamente comercializáveis. Para Gisele Bündchen corte de cabelo em Nova York é um bem transacionável, para nós mortais não. E, obviamente, ainda há as tarifas de importação. Se um quilo de feijão custa 2 dólares nos Estados Unidos e  1,7 no Brasil, mas o gringo que deseja importar precisa pagar uma tarifa de 30%,  a transação não vai valer a pena, mesmo se o custo de transporte fosse zero. Tudo isso para dizer que não devemos esperar que os preços convirjam para um único valor (quando medido numa mesma moeda, claro). E o Big Mac? É um bem comercializável? A carne até é, assim como o picles e o pão. Mas caramba, não dá para pôr o sanduíche num contêiner e mandar de um país para o outro, certo? Então o Big Mac não é comercializável e, portanto, deveríamos esperar desvios da PPC mesmo. Mas o ponto é: se esses desvios ficam grotescamente elevados, alguma coisa tem. Se o preço do Big Mac num dado país, quando convertido em dólares, fica muito abaixo do preço do Big Mac nos Estados Unidos, é sinal de que esse país está barato. Em janeiro de 2019, o sanduíche custava 5,5 dólares na terra do tio Sam e 2,5 dólares no México. Menos da metade! Em relação ao Brasil a diferença é menor, mas ainda assim o Mac brasileiro parecia barato: 3,7 dólares. Na nossa amostra de 56 países, só na Suíça, Suécia e Noruega ele estava mais caro que nos Estados Unidos, custando 6,7, 5,8 e 5,9 dólares, respectivamente. Colocando esses número num histograma, fica claro que o ano começou com o dólar forte.
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