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														Quando depositamos nosso dinheiro em um banco, este é obrigado a depositar uma fração desses recursos em uma conta no Banco Central do Brasil. O restante fica à disposição do banco para emprestar, comprar títulos de dívida ou deixar no cofre. 


O banco recebe renda apenas com seus empréstimos e os juros dos títulos de dívida; o dinheiro que deixa no cofre e os depósitos compulsórios no Banco Central não geram renda. Qual então o propósito dos depósitos compulsórios?


Bancos são instituições frágeis. Em seu passivo, há milhares de depositantes que podem retirar seu dinheiro imediatamente, para deixar sob o colchão, gastar livremente ou levar para o banco do outro lado da avenida.


Por outro lado, muitos de seus ativos não são disponíveis imediatamente. Por exemplo, quando um banco empresta dinheiro para uma família comprar uma casa ou para uma empresa pagar os salários de seus funcionários, há um prazo para o pagamento que em geral não pode ser acelerado. Como podemos então garantir que bancos honrem seus depósitos a cada dia? Como evitar que chegue o dia em que depositantes que requisitam seus fundos recebam um pedido de desculpas?


O papel do Banco Central é reduzir a fragilidade do sistema bancário. Para que cada banco tenha sempre à disposição uma parcela dos depósitos para saque imediato é que o Banco Central exige esse depósito.


No entanto, há um custo em impor depósitos compulsórios. Se a parcela que vai ficar parada no Banco Central é grande demais, os bancos não vão ter recursos para emprestar e ter lucro. Para cobrir seus custos, vão obter sua renda em um volume menor de empréstimos, portanto emprestando apenas para os clientes dispostos a pagar altas taxas de juros.


Os depósitos compulsórios no Brasil são historicamente altos, em comparação a outros países. Por um lado, isso torna nosso sistema bancário mais estável; por outro, faz o custo dos empréstimos mais alto. Mas prudência demais também tem custos. Há espaço para reduzir os depósitos compulsórios no Brasil sem aumentar significativamente o risco de uma crise bancária. Como todos sabemos, os juros cobrados pelos bancos brasileiros são astronômicos em parte devido ao alto custo dos depósitos compulsórios.


Recentemente, em novembro, um pequeno passo na direção de reduzir os depósitos compulsórios foi dado pelo Banco Central. Esperamos que, se o Brasil fizer reformas necessárias para estabilizar sua economia (a da Previdência, por favor!), abrir mais sua economia para a competição externa, premiar as firmas mais competitivas e proteger os direitos dos credores, vamos dar passos mais rápidos para reduzir o fardo dos depósitos compulsórios, permitindo que bons devedores possam tomar emprestado a juros menos salgados.  


Para que servem depósitos compulsórios no Banco Central?

Quando depositamos nosso dinheiro em um banco, este é obrigado a depositar uma fração desses recursos em uma conta no Banco Central do Brasil. O restante fica à disposição do banco para emprestar, comprar títulos de dívida ou deixar no cofre.


O banco recebe renda apenas com seus empréstimos e os juros dos títulos de dívida; o dinheiro que deixa no cofre e os depósitos compulsórios no Banco Central não geram renda. Qual então o propósito dos depósitos compulsórios?


Bancos são instituições frágeis. Em seu passivo, há milhares de depositantes que podem retirar seu dinheiro imediatamente, para deixar sob o colchão, gastar livremente ou levar para o banco do outro lado da avenida.


Por outro lado, muitos de seus ativos não são disponíveis imediatamente. Por exemplo, quando um banco empresta dinheiro para uma família comprar uma casa ou para uma empresa pagar os salários de seus funcionários, há um prazo para o pagamento que em geral não pode ser acelerado. Como podemos então garantir que bancos honrem seus depósitos a cada dia? Como evitar que chegue o dia em que depositantes que requisitam seus fundos recebam um pedido de desculpas?


O papel do Banco Central é reduzir a fragilidade do sistema bancário. Para que cada banco tenha sempre à disposição uma parcela dos depósitos para saque imediato é que o Banco Central exige esse depósito.


No entanto, há um custo em impor depósitos compulsórios. Se a parcela que vai ficar parada no Banco Central é grande demais, os bancos não vão ter recursos para emprestar e ter lucro. Para cobrir seus custos, vão obter sua renda em um volume menor de empréstimos, portanto emprestando apenas para os clientes dispostos a pagar altas taxas de juros.


Os depósitos compulsórios no Brasil são historicamente altos, em comparação a outros países. Por um lado, isso torna nosso sistema bancário mais estável; por outro, faz o custo dos empréstimos mais alto. Mas prudência demais também tem custos. Há espaço para reduzir os depósitos compulsórios no Brasil sem aumentar significativamente o risco de uma crise bancária. Como todos sabemos, os juros cobrados pelos bancos brasileiros são astronômicos em parte devido ao alto custo dos depósitos compulsórios.


Recentemente, em novembro, um pequeno passo na direção de reduzir os depósitos compulsórios foi dado pelo Banco Central. Esperamos que, se o Brasil fizer reformas necessárias para estabilizar sua economia (a da Previdência, por favor!), abrir mais sua economia para a competição externa, premiar as firmas mais competitivas e proteger os direitos dos credores, vamos dar passos mais rápidos para reduzir o fardo dos depósitos compulsórios, permitindo que bons devedores possam tomar emprestado a juros menos salgados.  


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