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O Brasil não apenas cresceu pouquíssimo desde 2014, como muito provavelmente seguirá bambo das pernas também este ano e em 2020.  O país  é representado pela linha verde tracejada e vertical no gráfico de distribuição abaixo.

A previsão de crescimento para mais de 170 países é dividida em dois grupos: o dos países ricos e o dos países não-ricos ou emergentes. Em termos gerais, três fatos aparecem com clareza cristalina: (i) o crescimento entre os emergentes apresenta dispersão bem mais elevada do que entre os ricos, oscilando entre -4% e +8% (e isso porque excluímos a Venezuela, com crescimento projetado de -15%!); (ii) a média e a moda (valor mais provável) do crescimento esperado são, como seria de se esperar, mais elevadas para os países mais pobres; e (iii) enquanto a distribuição para os países ricos é consideravelmente simétrica em torno da moda, a dos emergentes é enviesada para valores mais elevados (afortunadamente).

O crescimento projetado para o Brasil está bem abaixo da média dos emergentes, e também abaixo da média dos países já ricos. Isso depois de termos batido num fundo de poço avantajadamente profundo. A coisa está emperrada, e o relaxamento monetário dos últimos dois anos não foi suficiente para engatarmos nem ao menos uma recuperação cíclica. 

O maior perigo neste momento é o seguinte: a que pode levar o descasamento entre o tempo político e o tempo da economia? O primeiro passa mais ligeiro, com as impaciências se amontoando e corroendo a racionalidade. Como já deveríamos ter aprendido, em termos de política econômica, a pressa leva ao desastre. Os anos Dilma são um exemplo recente bastante elucidativo: não adianta vir com soluções mágicas, como por exemplo reduzir impostos sobre folha de trabalho – compensados por uma pouco razoável CPMF versão 2019 – com vistas a reduzir o desemprego elevado. Temos que seguir com a agenda fiscal, aprofundar a agenda micro e rezar para mais estabilidade e serenidade lá no Palácio da Alvorada e no Twitter.  

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Perspectivas desanimadoras

O Brasil não apenas cresceu pouquíssimo desde 2014, como muito provavelmente seguirá bambo das pernas também este ano e em 2020.  O país  é representado pela linha verde tracejada e vertical no gráfico de distribuição abaixo.

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O crescimento projetado para o Brasil está bem abaixo da média dos emergentes, e também abaixo da média dos países já ricos. Isso depois de termos batido num fundo de poço avantajadamente profundo. A coisa está emperrada, e o relaxamento monetário dos últimos dois anos não foi suficiente para engatarmos nem ao menos uma recuperação cíclica. 

O maior perigo neste momento é o seguinte: a que pode levar o descasamento entre o tempo político e o tempo da economia? O primeiro passa mais ligeiro, com as impaciências se amontoando e corroendo a racionalidade. Como já deveríamos ter aprendido, em termos de política econômica, a pressa leva ao desastre. Os anos Dilma são um exemplo recente bastante elucidativo: não adianta vir com soluções mágicas, como por exemplo reduzir impostos sobre folha de trabalho – compensados por uma pouco razoável CPMF versão 2019 – com vistas a reduzir o desemprego elevado. Temos que seguir com a agenda fiscal, aprofundar a agenda micro e rezar para mais estabilidade e serenidade lá no Palácio da Alvorada e no Twitter.  

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