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Suponha que você, em um determinado mês, gastou mais dinheiro do que ganhou. O que acontece? Se você tem alguma poupança acumulada, precisará diminuí-la para cobrir o rombo. E se você não tem poupança? Aí você tem que pegar emprestado e, consequentemente, sua dívida vai aumentar.

Em linhas gerais, é isso o que está acontecendo com o governo brasileiro: ele gasta bem mais do que arrecada. E essa diferença é coberta com emissão de dívida pública – no caso, títulos públicos, que são papeis que prometem determinado pagamento em seu vencimento, que virá no futuro.

Resultado? A dívida pública brasileira vai avançando.

O objetivo do tão falado ajuste fiscal é justamente reduzir a velocidade de acumulação dessa dívida. Mas, como ele não sai do papel, o endividamento do nosso governo vai, a cada dia, tomando mais corpo. Somente em agosto, saltou mais de 3%.



E aqui há um agravante: uma dívida mais alta está associada a um custo mais elevado para mantê-la, por causa dos juros pagos aos credores.  Frente a esse custo mais elevado, aumentará a tentação de o governo não honrar esse pagamento no futuro. Ou seja, uma dívida maior também é uma dívida mais arriscada – do ponto de vista dos credores, cresce o temor de não receberem de volta o que foi combinado.

O que fazem os credores, nessas condições? Antecipam-se. Passam a exigir taxas de juros mais elevadas para continuar financiando o governo. A falta de perspectiva de um ajuste bem feito piora ainda mais essa situação.

Para entornar o caldo de vez, o Banco Central luta para baixar a inflação de quase dois dígitos. E, para isso, faz uso de uma política monetária restritiva que... aumenta os juros. Tudo isso conspira para elevar ainda mais a dívida brasileira e o risco embutido nela.

Por que a dívida do Brasil está crescendo?

Suponha que você, em um determinado mês, gastou mais dinheiro do que ganhou. O que acontece? Se você tem alguma poupança acumulada, precisará diminuí-la para cobrir o rombo. E se você não tem poupança? Aí você tem que pegar emprestado e, consequentemente, sua dívida vai aumentar. Em linhas gerais, é isso o que está acontecendo com o governo brasileiro: ele gasta bem mais do que arrecada. E essa diferença é coberta com emissão de dívida pública – no caso, títulos públicos, que são papeis que prometem determinado pagamento em seu vencimento, que virá no futuro. Resultado? A dívida pública brasileira vai avançando. O objetivo do tão falado ajuste fiscal é justamente reduzir a velocidade de acumulação dessa dívida. Mas, como ele não sai do papel, o endividamento do nosso governo vai, a cada dia, tomando mais corpo. Somente em agosto, saltou mais de 3%. E aqui há um agravante: uma dívida mais alta está associada a um custo mais elevado para mantê-la, por causa dos juros pagos aos credores.  Frente a esse custo mais elevado, aumentará a tentação de o governo não honrar esse pagamento no futuro. Ou seja, uma dívida maior também é uma dívida mais arriscada – do ponto de vista dos credores, cresce o temor de não receberem de volta o que foi combinado. O que fazem os credores, nessas condições? Antecipam-se. Passam a exigir taxas de juros mais elevadas para continuar financiando o governo. A falta de perspectiva de um ajuste bem feito piora ainda mais essa situação. Para entornar o caldo de vez, o Banco Central luta para baixar a inflação de quase dois dígitos. E, para isso, faz uso de uma política monetária restritiva que... aumenta os juros. Tudo isso conspira para elevar ainda mais a dívida brasileira e o risco embutido nela.
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