Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

Por Adriano Pires *

O governo tem usado a Petrobras desde 2006 como espécie de “cheque especial”. Uma das formas mais notórias desse uso foi o controle dos preços da gasolina e do diesel, com o objetivo de segurar a inflação.

Essa política de defasagem dos combustíveis provocou um rombo no caixa da Petrobras na casa dos 100 bilhões de reais – para vocês terem ideia, essa quantia astronômica bastaria para encher o tanque de uns 50 milhões de carros populares; ou bancar quase 7 meses de consumo médio anual de gasolina em todo o Brasil.

Agora, com a queda brutal do preço do barril de petróleo no mundo todo, hoje cotado abaixo de 40 dólares por barril, o governo permite que a empresa reponha as perdas do passado. Como? Ao não repassar essa queda de preços do petróleo aos preços dos combustíveis vendidos aos consumidores.

A gasolina do Brasil está 32% mais cara que no mercado internacional; o diesel, 45%.

Traduzindo: quando o barril do petróleo estava alto, o governo obrigava a Petrobras a vender gasolina e diesel mais baratos do que custavam para seus cofres; hoje, que o barril está barato, a Petrobras vende combustíveis mais caros, como se fosse um “prêmio” para compensar o desfalque obtido lá atrás.

A Petrobras é a única petroleira do mundo que está ganhando dinheiro com a venda de combustíveis no momento em que o barril está barato.

Estamos na contramão do mundo. Fazemos exatamente o contrário da tendência mundial, de aproveitar o petróleo barato para reduzir a inflação e ajudar no crescimento econômico.

No Brasil os preços dos combustíveis inflamam a inflação e tiram a competitividade da economia – sobretudo do agronegócio, setor que vinha se salvando da crise e onde o diesel é matéria-prima fundamental.

* Adriano Pires é  diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)


VEJA TAMBÉM

Por que a gasolina no Brasil está tão cara?

Por Adriano Pires * O governo tem usado a Petrobras desde 2006 como espécie de “cheque especial”. Uma das formas mais notórias desse uso foi o controle dos preços da gasolina e do diesel, com o objetivo de segurar a inflação. Essa política de defasagem dos combustíveis provocou um rombo no caixa da Petrobras na casa dos 100 bilhões de reais – para vocês terem ideia, essa quantia astronômica bastaria para encher o tanque de uns 50 milhões de carros populares; ou bancar quase 7 meses de consumo médio anual de gasolina em todo o Brasil. Agora, com a queda brutal do preço do barril de petróleo no mundo todo, hoje cotado abaixo de 40 dólares por barril, o governo permite que a empresa reponha as perdas do passado. Como? Ao não repassar essa queda de preços do petróleo aos preços dos combustíveis vendidos aos consumidores. A gasolina do Brasil está 32% mais cara que no mercado internacional; o diesel, 45%. Traduzindo: quando o barril do petróleo estava alto, o governo obrigava a Petrobras a vender gasolina e diesel mais baratos do que custavam para seus cofres; hoje, que o barril está barato, a Petrobras vende combustíveis mais caros, como se fosse um “prêmio” para compensar o desfalque obtido lá atrás. A Petrobras é a única petroleira do mundo que está ganhando dinheiro com a venda de combustíveis no momento em que o barril está barato. Estamos na contramão do mundo. Fazemos exatamente o contrário da tendência mundial, de aproveitar o petróleo barato para reduzir a inflação e ajudar no crescimento econômico. No Brasil os preços dos combustíveis inflamam a inflação e tiram a competitividade da economia – sobretudo do agronegócio, setor que vinha se salvando da crise e onde o diesel é matéria-prima fundamental. * Adriano Pires é  diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) VEJA TAMBÉM
Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?clique aqui e assine a nossa Newsletter.

Siga a gente no Facebook e Twitter!
Inscreva-se no nosso canal no YouTube!
Curta as nossas fotos no Instagram!

O que você achou desse texto?

*Não é necessário cadastro.

Avaliação de quem leu:

Tags do post:

PetrobrasInflação
Avalie esse texto Não é necessário cadastro

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.