Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

Há um importante simbolismo no anúncio da Harley Davidson de que moverá parte de sua produção dos Estados Unidos para a Europa, em resposta às tarifas sobre o aço importado e às taxas impostas em represália sobre suas motocicletas pelos países europeus.

O fabricante de motocicletas Harley Davidson é um dos grandes símbolos da indústria americana. Sua imagem associa-se à liberdade de voar pelas estradas. Mais importante: apesar de serem caras  no Brasil, as motos Harley Davidson são acessíveis para os trabalhadores americanos.

Quando Trump se elegeu por meio de votos de trabalhadores de indústrias decadentes do Meio Oeste, sua promessa poderia ser descrita como a volta da economia Harley Davidson: são empresas como ela que teriam cortado empregos nas últimas décadas, assim como são os trabalhadores dessas empresas que constituem o público consumidor das Harleys. Trump prometia que os trabalhadores teriam segurança em seus empregos, bons salários e uma Harley para o lazer!

Mas a política comercial de Trump é um tiro no pé. Se há necessidade de cobrar tarifas de bens importados, a pior ideia possível é taxar insumos de produção. As tarifas tornam o aço mais caro nos Estados Unidos, o que impacta os custos de toda a cadeia produtiva. Na margem, as tarifas sobre o aço importado não devem nem gerar empregos na indústria siderúrgica, porque de tão irracionais devem acabar sendo revertidas, e nenhum investidor vai colocar milhões de dólares para construir novos altos-fornos siderúrgicos com a expectativa de redução das tarifas adiante.

Os Estados Unidos, contudo, não estão sozinhos nesse equívoco. Outro exemplo de tiro no pé é a insistência do Brasil em taxar importações de máquinas e equipamentos. O resultado do protecionismo é o aumento de custos e a perda de competitividade em toda a cadeia produtiva industrial. Setores inteiros da indústria não existem no Brasil porque faz mais sentido produzir em países menos irracionais.

 

Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.

Siga a gente no Facebook e Twitter! Inscreva-se no nosso canal no YouTube! E curta as nossas fotos no Instagram :)

Por que a Harley Davidson está de saída dos EUA?

Há um importante simbolismo no anúncio da Harley Davidson de que moverá parte de sua produção dos Estados Unidos para a Europa, em resposta às tarifas sobre o aço importado e às taxas impostas em represália sobre suas motocicletas pelos países europeus. O fabricante de motocicletas Harley Davidson é um dos grandes símbolos da indústria americana. Sua imagem associa-se à liberdade de voar pelas estradas. Mais importante: apesar de serem caras  no Brasil, as motos Harley Davidson são acessíveis para os trabalhadores americanos. Quando Trump se elegeu por meio de votos de trabalhadores de indústrias decadentes do Meio Oeste, sua promessa poderia ser descrita como a volta da economia Harley Davidson: são empresas como ela que teriam cortado empregos nas últimas décadas, assim como são os trabalhadores dessas empresas que constituem o público consumidor das Harleys. Trump prometia que os trabalhadores teriam segurança em seus empregos, bons salários e uma Harley para o lazer! Mas a política comercial de Trump é um tiro no pé. Se há necessidade de cobrar tarifas de bens importados, a pior ideia possível é taxar insumos de produção. As tarifas tornam o aço mais caro nos Estados Unidos, o que impacta os custos de toda a cadeia produtiva. Na margem, as tarifas sobre o aço importado não devem nem gerar empregos na indústria siderúrgica, porque de tão irracionais devem acabar sendo revertidas, e nenhum investidor vai colocar milhões de dólares para construir novos altos-fornos siderúrgicos com a expectativa de redução das tarifas adiante. Os Estados Unidos, contudo, não estão sozinhos nesse equívoco. Outro exemplo de tiro no pé é a insistência do Brasil em taxar importações de máquinas e equipamentos. O resultado do protecionismo é o aumento de custos e a perda de competitividade em toda a cadeia produtiva industrial. Setores inteiros da indústria não existem no Brasil porque faz mais sentido produzir em países menos irracionais.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
Siga a gente no Facebook e Twitter! Inscreva-se no nosso canal no YouTube! E curta as nossas fotos no Instagram :)


Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?clique aqui e assine a nossa Newsletter.

Siga a gente no Facebook e Twitter!
Inscreva-se no nosso canal no YouTube!
Curta as nossas fotos no Instagram!

O que você achou desse texto?

*Não é necessário cadastro.

Avaliação de quem leu:

Avalie esse texto Não é necessário cadastro

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.