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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, recentemente voltou atrás em uma de suas promessas de campanha, especificamente a de que secretários de seu governo não receberiam salário para atuar.

Muita gente se revolta, com razão, contra as mordomias que políticos e agentes públicos recebem no Brasil, como carros oficiais, exércitos de assessores e aposentadorias gordas. Até pouco tempo a Câmara dos Deputados contava com 66 ascensoristas – para que nossos nobres representantes não se dessem ao trabalho de apertar o botão para escolher o andar.

Excessos precisam ser combatidos. Mas isso não significa que eliminar toda e qualquer remuneração seja uma boa ideia.

Afinal, as pessoas precisam pagar suas contas – mesmo aquelas imbuídas de espírito público, que se dispõem a encarar a empreitada de ser secretário de estado, por exemplo.

Pensemos no problema de uma pessoa decidindo aceitar o convite de um governador, de assumir o posto de secretário. Ela compara benefícios e custos de sua ação. Do lado dos benefícios, temos o salário recebido no cargo e a eventual satisfação de servir a população (o tal do espírito público). Entre os custos, a parte principal é a remuneração que ela deixaria de ganhar ao assumir a nova função no governo. Isso é o que os economistas chamam de custo de oportunidade.

Na ausência de salário pago como agente público, pouca gente séria se disporia a encarar o desafio, pois custos certamente superariam benefícios. Note que as pessoas mais qualificadas tendem a ganhar mais fora do setor público – o que significa que seu custo de oportunidade é mais alto. Assim, para atrair gente competente para o serviço público, o salário precisa ser relativamente alto.

Na ausência de remuneração, quem provavelmente estaria disponível para assumir o cargo? Provavelmente pessoas que enxergam algum tipo de ganho “escondido” na opção – o que significa corrupção.  Ou pessoas que não precisam do salário, como milionários aposentados (veja o bom artigo de Bruno Reis sobre essa discussão).

Dá para entender porque o governador Zema voltou atrás.

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Por que agentes públicos precisam ser bem remunerados?

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, recentemente voltou atrás em uma de suas promessas de campanha, especificamente a de que secretários de seu governo não receberiam salário para atuar. Muita gente se revolta, com razão, contra as mordomias que políticos e agentes públicos recebem no Brasil, como carros oficiais, exércitos de assessores e aposentadorias gordas. Até pouco tempo a Câmara dos Deputados contava com 66 ascensoristas – para que nossos nobres representantes não se dessem ao trabalho de apertar o botão para escolher o andar. Excessos precisam ser combatidos. Mas isso não significa que eliminar toda e qualquer remuneração seja uma boa ideia. Afinal, as pessoas precisam pagar suas contas – mesmo aquelas imbuídas de espírito público, que se dispõem a encarar a empreitada de ser secretário de estado, por exemplo. Pensemos no problema de uma pessoa decidindo aceitar o convite de um governador, de assumir o posto de secretário. Ela compara benefícios e custos de sua ação. Do lado dos benefícios, temos o salário recebido no cargo e a eventual satisfação de servir a população (o tal do espírito público). Entre os custos, a parte principal é a remuneração que ela deixaria de ganhar ao assumir a nova função no governo. Isso é o que os economistas chamam de custo de oportunidade. Na ausência de salário pago como agente público, pouca gente séria se disporia a encarar o desafio, pois custos certamente superariam benefícios. Note que as pessoas mais qualificadas tendem a ganhar mais fora do setor público – o que significa que seu custo de oportunidade é mais alto. Assim, para atrair gente competente para o serviço público, o salário precisa ser relativamente alto. Na ausência de remuneração, quem provavelmente estaria disponível para assumir o cargo? Provavelmente pessoas que enxergam algum tipo de ganho “escondido” na opção – o que significa corrupção.  Ou pessoas que não precisam do salário, como milionários aposentados (veja o bom artigo de Bruno Reis sobre essa discussão). Dá para entender porque o governador Zema voltou atrás. Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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