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Hoje, como em todos os outros dias, acordamos, eu e o leitor, com cara amassada e cabelo desarrumado (ao menos aqueles entre nós ainda com cabelo!). Tomamos café e seguimos: trabalho, lazer, família, contas... E assim a vida vai.

Já que vivemos um dia como todos os outros, passamos por ele sem pensar se a vida seria melhor ou não caso o Brasil tivesse empresas “campeãs nacionais”. E assim deve ser. É irrelevante se as firmas brasileiras são ou não grandes conglomerados globais. O que importa é: termos empregos, bons salários e esperança de que nossos filhos poderão viver num país melhor.

Por isso, o dever de nossos formuladores de políticas deveria ser a melhoria das condições de vida da população, o aumento da produtividade da indústria ou a redução a desigualdade.



No entanto, por quase uma década, nossos sábios de Brasília preferiram queimar a pestana com planos para criar as tais campeãs nacionais. Ou seja, companhias tupiniquins com grande visibilidade internacional. E como esses gigantes são criados? Com uma dieta proteica e gordurosa vinda diretamente das tetas do governo.

Se a ideia já parece estúpida, a execução foi pior. O que não chega a surpreender. Nossos sábios de Brasília, em geral, têm experiência zero administrando negócios privados – com exceção de uma sábia que foi dona de uma loja de quinquilharias importadas que faliu. Seria realmente assombroso se conseguissem ser bem-sucedidos em suas escolhas...

Mas escolhas eles fizeram. Muitos burocratas que conheço têm uma ilusão altamente destrutiva: a de que seriam mais capazes ou inteligentes que empresários bem-sucedidos ou operadores do mercado financeiro. Tal noção é ridícula. O pedido de recuperação judicial da telefônica Oi, logo atrás do desastre ocorrido com o grupo de empresas de Eike Batista, ilustra bem esse custo. É o que pagamos quando nossos burocratas sábios de Brasília acham que escolhem melhor que o mercado.

Em vez de permitir que o mercado escolha onde investir os recursos (aqueles analistas de banco de investimento são, sim, em boa parte das vezes, mais eficientes que o típico burocrata de Brasília), deixamos as decisões para quem não saberia nem vender limonada.

O financiamento às campeãs nacionais vem de bancos estatais e fundos de pensão de empresas estatais. Com a Oi quebrada, vamos ver mais uma vez o nosso suado imposto ser usado para recapitalizar bancos estatais, em vez de pagar por nossa segurança, nossa saúde e pela educação de nossos filhos.

Por que é você quem vai pagar a conta da Oi?

Hoje, como em todos os outros dias, acordamos, eu e o leitor, com cara amassada e cabelo desarrumado (ao menos aqueles entre nós ainda com cabelo!). Tomamos café e seguimos: trabalho, lazer, família, contas... E assim a vida vai. Já que vivemos um dia como todos os outros, passamos por ele sem pensar se a vida seria melhor ou não caso o Brasil tivesse empresas “campeãs nacionais”. E assim deve ser. É irrelevante se as firmas brasileiras são ou não grandes conglomerados globais. O que importa é: termos empregos, bons salários e esperança de que nossos filhos poderão viver num país melhor. Por isso, o dever de nossos formuladores de políticas deveria ser a melhoria das condições de vida da população, o aumento da produtividade da indústria ou a redução a desigualdade. No entanto, por quase uma década, nossos sábios de Brasília preferiram queimar a pestana com planos para criar as tais campeãs nacionais. Ou seja, companhias tupiniquins com grande visibilidade internacional. E como esses gigantes são criados? Com uma dieta proteica e gordurosa vinda diretamente das tetas do governo. Se a ideia já parece estúpida, a execução foi pior. O que não chega a surpreender. Nossos sábios de Brasília, em geral, têm experiência zero administrando negócios privados – com exceção de uma sábia que foi dona de uma loja de quinquilharias importadas que faliu. Seria realmente assombroso se conseguissem ser bem-sucedidos em suas escolhas... Mas escolhas eles fizeram. Muitos burocratas que conheço têm uma ilusão altamente destrutiva: a de que seriam mais capazes ou inteligentes que empresários bem-sucedidos ou operadores do mercado financeiro. Tal noção é ridícula. O pedido de recuperação judicial da telefônica Oi, logo atrás do desastre ocorrido com o grupo de empresas de Eike Batista, ilustra bem esse custo. É o que pagamos quando nossos burocratas sábios de Brasília acham que escolhem melhor que o mercado. Em vez de permitir que o mercado escolha onde investir os recursos (aqueles analistas de banco de investimento são, sim, em boa parte das vezes, mais eficientes que o típico burocrata de Brasília), deixamos as decisões para quem não saberia nem vender limonada. O financiamento às campeãs nacionais vem de bancos estatais e fundos de pensão de empresas estatais. Com a Oi quebrada, vamos ver mais uma vez o nosso suado imposto ser usado para recapitalizar bancos estatais, em vez de pagar por nossa segurança, nossa saúde e pela educação de nossos filhos.
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