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Tirar visto é sempre um inconveniente. Não só temos que pagar uma taxa consular, como também precisamos tirar fotos, preencher formulários, esperar na fila ou pagar um despachante. Enquanto não temos o passaporte em mãos, devidamente carimbado ou estampado, passamos nervoso, torcendo para que nenhum contratempo de último minuto nos force a cancelar nossa viagem.

Por isso fui ao Canadá apenas uma vez na vida. É um belo país, com uma natureza selvagem e cidades seguras. Mas apesar de ter tido outras oportunidades para retornar, deixei o país de lado, chateado com a ideia de pagar 100 dólares canadenses por cada visto.

A exigência de visto de entrada para turistas no Brasil era uma bobagem injustificável.

Apesar de nossos problemas de segurança pública, o Brasil tem potencial para atrair vários milhões de turistas estrangeiros a mais.

Mas a demanda por turismo é elástica. O turista potencial, na Filadélfia ou em Vancouver, vai sempre comparar o Brasil com outros destinos, como México, Colômbia ou Caribe. Muitas vezes, a dor de cabeça e o custo para obter um visto vão ser o fator preponderante para a escolha. Outras tantas vezes, o turista decide o seu destino no último instante e deixa de viajar para algum país para evitar ter que lidar com o consulado ou ter que ir à farmácia tirar foto de passaporte. Se colocarmos dificuldades, o turista não virá.

Quem mais perde são os trabalhadores do setor de turismo, incluindo centenas de milhares de trabalhadores potenciais que estão desempregados em regiões com alto potencial turístico como o Nordeste.

O governo brasileiro anunciou recentemente o fim da exigência de vistos para turistas vindos dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Foi uma decisão unilateral, isto é, o Brasil não está exigindo nenhuma reciprocidade daqueles países, que continuarão a exigir vistos de turistas brasileiros.

Alguns comentaristas protestaram a indignidade do ato. O Brasil não estaria sendo “altivo”, sendo a altivez uma qualidade especialmente valorizada por pessoas que vivem no conforto, com a segurança de empregos estáveis.

A dispensa dos vistos deve, certamente, causar um aumento no fluxo de turistas estrangeiros ao Brasil. Com cada turista estrangeiro gastando em média mais de 300 reais por dia em hotéis, restaurantes, táxis, excursões e lembranças, ninguém precisa de doutorado em economia para concluir que sua presença vai dar a muitos brasileiros relevantes acréscimos de renda.

 

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Por que liberar os vistos é bom para o Brasil?

Tirar visto é sempre um inconveniente. Não só temos que pagar uma taxa consular, como também precisamos tirar fotos, preencher formulários, esperar na fila ou pagar um despachante. Enquanto não temos o passaporte em mãos, devidamente carimbado ou estampado, passamos nervoso, torcendo para que nenhum contratempo de último minuto nos force a cancelar nossa viagem. Por isso fui ao Canadá apenas uma vez na vida. É um belo país, com uma natureza selvagem e cidades seguras. Mas apesar de ter tido outras oportunidades para retornar, deixei o país de lado, chateado com a ideia de pagar 100 dólares canadenses por cada visto. A exigência de visto de entrada para turistas no Brasil era uma bobagem injustificável. Apesar de nossos problemas de segurança pública, o Brasil tem potencial para atrair vários milhões de turistas estrangeiros a mais. Mas a demanda por turismo é elástica. O turista potencial, na Filadélfia ou em Vancouver, vai sempre comparar o Brasil com outros destinos, como México, Colômbia ou Caribe. Muitas vezes, a dor de cabeça e o custo para obter um visto vão ser o fator preponderante para a escolha. Outras tantas vezes, o turista decide o seu destino no último instante e deixa de viajar para algum país para evitar ter que lidar com o consulado ou ter que ir à farmácia tirar foto de passaporte. Se colocarmos dificuldades, o turista não virá. Quem mais perde são os trabalhadores do setor de turismo, incluindo centenas de milhares de trabalhadores potenciais que estão desempregados em regiões com alto potencial turístico como o Nordeste. O governo brasileiro anunciou recentemente o fim da exigência de vistos para turistas vindos dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Foi uma decisão unilateral, isto é, o Brasil não está exigindo nenhuma reciprocidade daqueles países, que continuarão a exigir vistos de turistas brasileiros. Alguns comentaristas protestaram a indignidade do ato. O Brasil não estaria sendo “altivo”, sendo a altivez uma qualidade especialmente valorizada por pessoas que vivem no conforto, com a segurança de empregos estáveis. A dispensa dos vistos deve, certamente, causar um aumento no fluxo de turistas estrangeiros ao Brasil. Com cada turista estrangeiro gastando em média mais de 300 reais por dia em hotéis, restaurantes, táxis, excursões e lembranças, ninguém precisa de doutorado em economia para concluir que sua presença vai dar a muitos brasileiros relevantes acréscimos de renda.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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