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(Foto: Agência Brasil)

A Caixa Econômica Federal continua nas manchetes dos jornais brasileiros.  Desta vez, com uma boa notícia (à primeira vista): a Caixa aprovou um novo estatuto que limita as indicações políticas para seus cargos de direção - veja mais clicando aqui. De agora em diante, a nomeação e destituição de seus vice-presidentes fica a cargo de seu Conselho de Administração, que seria composto por membros independentes.

É um avanço. Antes desse estatuto, as nomeações eram feitas pelo presidente da República, em geral como moeda de troca em negociações com partidos políticos. Funcionava assim: um partido — digamos, o Partido dos Picaretas e Malandros (PPM) — oferecia apoio político ao presidente em troca de uma vice-presidência na Caixa. O vice-presidente assim nomeado ofereceria vantagens para o partido que o nomeou, como café expresso de máquina suíça quando os políticos visitam as agências da Caixa e – também importante – milhões de reais de empréstimos para empresas e indivíduos conectados.

A mudança nos critérios de nomeação é um avanço pequeno, entretanto. Podemos comparar com um corte no café expresso. A Petrobras mesmo com um Conselho de Administração com membros vindos do setor privado, inclusive alguns capitães da indústria, foi saqueada por interesses escusos com a sanção de seu Conselho de Administração.

O problema é o controle estatal. Podemos fazer reformas na governança de empresas estatais, mas elas serão sempre superficiais, uma maquiagem que não altera a  essência dos fatos.

Em períodos e circunstâncias excepcionais, existem exemplos de empresas estatais funcionando bem. Mas não é essa a regra. Bancos estatais existem para servir a interesses políticos. A diretoria do BNDES tentou reformar aquele banco para que não fosse mais um veículo de transferência de riqueza dos trabalhadores e contribuintes para bilionários e políticos. Não durou um ano no comando. Você pode até convencer um leão a comer brócolis... se você for a sobremesa.

A solução dos problemas de governança da Caixa é a privatização — ou o fechamento das  portas.

 

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Por que limitar indicações políticas na Caixa não basta?

(Foto: Agência Brasil) A Caixa Econômica Federal continua nas manchetes dos jornais brasileiros.  Desta vez, com uma boa notícia (à primeira vista): a Caixa aprovou um novo estatuto que limita as indicações políticas para seus cargos de direção - veja mais clicando aqui. De agora em diante, a nomeação e destituição de seus vice-presidentes fica a cargo de seu Conselho de Administração, que seria composto por membros independentes. É um avanço. Antes desse estatuto, as nomeações eram feitas pelo presidente da República, em geral como moeda de troca em negociações com partidos políticos. Funcionava assim: um partido — digamos, o Partido dos Picaretas e Malandros (PPM) — oferecia apoio político ao presidente em troca de uma vice-presidência na Caixa. O vice-presidente assim nomeado ofereceria vantagens para o partido que o nomeou, como café expresso de máquina suíça quando os políticos visitam as agências da Caixa e – também importante – milhões de reais de empréstimos para empresas e indivíduos conectados. A mudança nos critérios de nomeação é um avanço pequeno, entretanto. Podemos comparar com um corte no café expresso. A Petrobras mesmo com um Conselho de Administração com membros vindos do setor privado, inclusive alguns capitães da indústria, foi saqueada por interesses escusos com a sanção de seu Conselho de Administração. O problema é o controle estatal. Podemos fazer reformas na governança de empresas estatais, mas elas serão sempre superficiais, uma maquiagem que não altera a  essência dos fatos. Em períodos e circunstâncias excepcionais, existem exemplos de empresas estatais funcionando bem. Mas não é essa a regra. Bancos estatais existem para servir a interesses políticos. A diretoria do BNDES tentou reformar aquele banco para que não fosse mais um veículo de transferência de riqueza dos trabalhadores e contribuintes para bilionários e políticos. Não durou um ano no comando. Você pode até convencer um leão a comer brócolis... se você for a sobremesa. A solução dos problemas de governança da Caixa é a privatização — ou o fechamento das  portas.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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