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Não tenhamos dúvidas: a reforma da Previdência é necessária. Não porque o Brasil vai ficar um pouco melhor com ela. Mas, sim, porque nosso país terá encomendado uma crise fiscal de proporções de tragédia grega sem a reforma. Seria o chamado suicídio fiscal. Sem a reforma, não teremos recursos para educação, saúde, segurança pública ou manutenção de estradas.

Uma vez que entendemos que a reforma da Previdência não é opcional, mas necessária, temos que debater seu formato. Isto é, quem vai trabalhar mais tempo, quem vai contribuir mais, quem vai ter aposentadoria menor. Ou seja: constatar que a reforma é necessária é fácil, basta aritmética básica. Difícil é negociar o formato da reforma.

Como em toda negociação política, a proposta do governo é um primeiro lance. Não podemos alongar essa negociação indefinidamente, mas há um benefício em colher informações, negociar e obter o apoio de uma parcela significativa dos eleitores.

Uma reportagem de Alexa Salomão, publicada no jornal O Estado de S. Paulo de 7 de maio, ilustra bem um dos problemas que a reforma vai ter que enfrentar. O rombo da Previdência para os servidores civis dos estados e da União e os servidores militares (um total de 3 milhões de brasileiros) é da mesma ordem de magnitude que o rombo dos servidores do setor privado (um total de 30 milhões de brasileiros).

Porque os servidores civis e militares são mais organizados em sindicatos, sabem fazer pressão (vide policiais civis de Brasília invadindo o Congresso) e têm poder (vide juízes e Ministério Público), a proposta de reforma inicial do governo parece impor mais ajustes aos trabalhadores do setor privado. É um velho hábito brasileiro: privilegiar os servidores públicos como se fossem brasileiros de melhor qualidade, de maior merecimento.

Entretanto, os trabalhadores do setor privado são maioria. Para cada servidor público, há pelo menos um lavrador com calos nas mãos e outros tantos comerciários, ambulantes, administradores, pedreiros, arquitetos... Se a democracia brasileira for realmente funcional, vai puxar a sardinha para o grupo com mais votos, e esse grupo é o setor privado.

É a hora e a vez de questionar os privilégios dos servidores públicos no Brasil.

Por que militares e servidores são poupados pela reforma da Previdência?

Não tenhamos dúvidas: a reforma da Previdência é necessária. Não porque o Brasil vai ficar um pouco melhor com ela. Mas, sim, porque nosso país terá encomendado uma crise fiscal de proporções de tragédia grega sem a reforma. Seria o chamado suicídio fiscal. Sem a reforma, não teremos recursos para educação, saúde, segurança pública ou manutenção de estradas.

Uma vez que entendemos que a reforma da Previdência não é opcional, mas necessária, temos que debater seu formato. Isto é, quem vai trabalhar mais tempo, quem vai contribuir mais, quem vai ter aposentadoria menor. Ou seja: constatar que a reforma é necessária é fácil, basta aritmética básica. Difícil é negociar o formato da reforma.

Como em toda negociação política, a proposta do governo é um primeiro lance. Não podemos alongar essa negociação indefinidamente, mas há um benefício em colher informações, negociar e obter o apoio de uma parcela significativa dos eleitores.

Uma reportagem de Alexa Salomão, publicada no jornal O Estado de S. Paulo de 7 de maio, ilustra bem um dos problemas que a reforma vai ter que enfrentar. O rombo da Previdência para os servidores civis dos estados e da União e os servidores militares (um total de 3 milhões de brasileiros) é da mesma ordem de magnitude que o rombo dos servidores do setor privado (um total de 30 milhões de brasileiros).

Porque os servidores civis e militares são mais organizados em sindicatos, sabem fazer pressão (vide policiais civis de Brasília invadindo o Congresso) e têm poder (vide juízes e Ministério Público), a proposta de reforma inicial do governo parece impor mais ajustes aos trabalhadores do setor privado. É um velho hábito brasileiro: privilegiar os servidores públicos como se fossem brasileiros de melhor qualidade, de maior merecimento.

Entretanto, os trabalhadores do setor privado são maioria. Para cada servidor público, há pelo menos um lavrador com calos nas mãos e outros tantos comerciários, ambulantes, administradores, pedreiros, arquitetos... Se a democracia brasileira for realmente funcional, vai puxar a sardinha para o grupo com mais votos, e esse grupo é o setor privado.

É a hora e a vez de questionar os privilégios dos servidores públicos no Brasil.
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