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O Brasil precisava mesmo de um pacote de ajuste fiscal. Sim, senhores. Medidas que reduzam gastos com benefícios sociais e aumentem os impostos são necessárias para a economia nacional.

Por-que-o-ajuste-fiscal-transp.

Por quê?

Por que no primeiro governo Dilma os gastos com dinheiro dos cofres públicos subiram demais e impostos foram cortados, sem que isso tenha gerado resultados positivos.

Não há mágica em economia, meus caros: com menos receitas e mais gastos, o déficit e a dívida do governo subiram. Nossa credibilidade despencou e levou os investimentos produtivos com ela para o buraco.

Numa crise, tudo bem, você faz isso mesmo: para tirar a economia do fundo do poço o governo pisa no acelerador. Se tivesse sido temporária essa tática, vá lá.  Mas durou mais de quatro anos. E qual foi o resultado? As finanças públicas foram devastadas e a aversão em relação à economia brasileira se aprofundou.

Ok. O novo governo (cof, cof) parece ter entendido isso. Prometeu o equivalente a 1,2% do PIB de superávit primário – quantia para pagar os juros das dívidas do governo.  Mas, com as medidas aguando no Congresso, deve conseguir menos. E, portanto, a dívida do governo continuará crescente.

É mau sinal. Mas, por outro lado (e ele sempre existe), não posso negar o esforço de reconstrução de credibilidade do governo.

olho ajuste fiscal

Vejam bem: mesmo com a economia afundando, eles insistem em cortar gastos e subir os juros! Em tempos normais, seria loucura ou sadismo. Mas em tempos anormais, como agora, o que mais importa é retomar a credibilidade perdida.

Mas… Por oooooutro lado (afinal, como dito, existem vários lados), dados atuais mostram que a busca continua. Não apenas a economia está indo mal. O que mais espantam economistas renomados, como eu, é o fato de os indicadores de confiança continuarem em patamares baixíssimos.

Sim, meus caros. Sou renomado. E, sim, o pessimismo persiste mesmo com a atual política ortodoxa que, aos trancos e barrancos, tem sido adotada, até mesmo no BNDES (por mais difícil que seja acreditar).

E o que há de errado, ora, pois?

Simples. Este governo aí não é novinho em folha como quando Lula chegou à presidência. Este governo já errou feio na condução da economia. E esse pecado original faz mercados e sociedade se perguntarem:

– Mas será que é mesmo para valer essa mudança?

– Vocês se lembram de como era a economia no primeiro governo Dilma?

– Será que logo, logo ela não arranca o Levy de lá e mete um heterodoxo pau-mandado na Fazenda?

Agora, eu que faço para vocês uma pergunta:

– Vocês pensam dessa maneira ou acham que muitos pensam isso?

Se vocês responderam “sim”, meus caros, dificilmente vão expandir sua produção, consumir ou abrir um novo negócio. E aí, amigos, a economia brasileira não anda mesmo. E aí o ajuste fiscal, que depende do crescimento da economia para dar certo, fica mais difícil ainda. E aí…

Aí, bem, podemos ouvir o seguinte discurso, qualquer dia desses:

– Viram só, minhas amigas e meus amigos? Tentei o caminho apontado, me vesti de ortodoxa, mas não funcionou!

E, caso cheguemos nesse ponto, é aí que o caldo vai engrossar.

Oremos, meus caros. Oremos.

Por que o ajuste fiscal precisa dar certo?

O Brasil precisava mesmo de um pacote de ajuste fiscal. Sim, senhores. Medidas que reduzam gastos com benefícios sociais e aumentem os impostos são necessárias para a economia nacional. Por-que-o-ajuste-fiscal-transp. Por quê? Por que no primeiro governo Dilma os gastos com dinheiro dos cofres públicos subiram demais e impostos foram cortados, sem que isso tenha gerado resultados positivos. Não há mágica em economia, meus caros: com menos receitas e mais gastos, o déficit e a dívida do governo subiram. Nossa credibilidade despencou e levou os investimentos produtivos com ela para o buraco. Numa crise, tudo bem, você faz isso mesmo: para tirar a economia do fundo do poço o governo pisa no acelerador. Se tivesse sido temporária essa tática, vá lá.  Mas durou mais de quatro anos. E qual foi o resultado? As finanças públicas foram devastadas e a aversão em relação à economia brasileira se aprofundou. Ok. O novo governo (cof, cof) parece ter entendido isso. Prometeu o equivalente a 1,2% do PIB de superávit primário – quantia para pagar os juros das dívidas do governo.  Mas, com as medidas aguando no Congresso, deve conseguir menos. E, portanto, a dívida do governo continuará crescente. É mau sinal. Mas, por outro lado (e ele sempre existe), não posso negar o esforço de reconstrução de credibilidade do governo. olho ajuste fiscal Vejam bem: mesmo com a economia afundando, eles insistem em cortar gastos e subir os juros! Em tempos normais, seria loucura ou sadismo. Mas em tempos anormais, como agora, o que mais importa é retomar a credibilidade perdida. Mas… Por oooooutro lado (afinal, como dito, existem vários lados), dados atuais mostram que a busca continua. Não apenas a economia está indo mal. O que mais espantam economistas renomados, como eu, é o fato de os indicadores de confiança continuarem em patamares baixíssimos. Sim, meus caros. Sou renomado. E, sim, o pessimismo persiste mesmo com a atual política ortodoxa que, aos trancos e barrancos, tem sido adotada, até mesmo no BNDES (por mais difícil que seja acreditar). E o que há de errado, ora, pois? Simples. Este governo aí não é novinho em folha como quando Lula chegou à presidência. Este governo já errou feio na condução da economia. E esse pecado original faz mercados e sociedade se perguntarem: – Mas será que é mesmo para valer essa mudança? – Vocês se lembram de como era a economia no primeiro governo Dilma? – Será que logo, logo ela não arranca o Levy de lá e mete um heterodoxo pau-mandado na Fazenda? Agora, eu que faço para vocês uma pergunta: – Vocês pensam dessa maneira ou acham que muitos pensam isso? Se vocês responderam “sim”, meus caros, dificilmente vão expandir sua produção, consumir ou abrir um novo negócio. E aí, amigos, a economia brasileira não anda mesmo. E aí o ajuste fiscal, que depende do crescimento da economia para dar certo, fica mais difícil ainda. E aí… Aí, bem, podemos ouvir o seguinte discurso, qualquer dia desses: – Viram só, minhas amigas e meus amigos? Tentei o caminho apontado, me vesti de ortodoxa, mas não funcionou! E, caso cheguemos nesse ponto, é aí que o caldo vai engrossar. Oremos, meus caros. Oremos.
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