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Na semana seguinte às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em relação ao juros no Brasil, economistas e participantes do mercado financeiro esperam ansiosamente pela publicação da ata da reunião do Copom. Eu, por exemplo, mal dormi nestas últimas noites.

Enfim, numa lista de mais de 30 itens, estão os motivos para cada decisão ter sido tomada. A partir desse documento quase indecifrável, podemos formar opinião sobre o que esperar nas decisões futuras. A ata é finalmente publicada sempre na primeira quinta-feira após o anúncio da decisão. E cada vírgula do novo documento é motivo de atenção e passível de interpretação.

inflacao no brasil

Relembrando, meus caros: a última decisão foi aumentar a taxa de juros básica (a chamada taxa Selic) de 13,25% ao ano para 13,75% ao ano – e desde abril de 2013 ela vem subindo quase sempre, como mostra o gráfico no fim deste texto.

Por quê?

Segundo a ata, o aumento dos juros se deve à preocupação com a elevação dos preços administrados (combustíveis e, principalmente, energia elétrica), que faz com que a “inflação se eleve no curto prazo”. Desse modo, cabe ao BC demonstrar “determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos”.

Mas por quê?

A ideia é que se a economia está forte, o aumento dos preços administrados pode causar uma rodada adicional de reajustes de salários e preços. Em outras palavras: um repique de boa e velha inflação.

O aumento de juros, assim, murcharia o balão da economia por ora – se os juros sobem, sobe também o preço de empréstimos e financiamentos. Consequentemente, a intenção é diminuir as demandas por mais salário e preços mais altos.

Se tudo correr dentro dos planos do BC (que os astros nos ajudem), com a fraqueza da economia e as medidas tomadas por ele, a inflação começará a caminhar até a meta de 4,5% ao ano – está, hoje, acima dos 8%, vejam vocês. Somente se inflação baixar o BC poderá reduzir a Selic a um nível condizente com uma economia mais forte.

Oremos.



 

Por que o Banco Central subiu os juros de novo?

Na semana seguinte às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em relação ao juros no Brasil, economistas e participantes do mercado financeiro esperam ansiosamente pela publicação da ata da reunião do Copom. Eu, por exemplo, mal dormi nestas últimas noites. Enfim, numa lista de mais de 30 itens, estão os motivos para cada decisão ter sido tomada. A partir desse documento quase indecifrável, podemos formar opinião sobre o que esperar nas decisões futuras. A ata é finalmente publicada sempre na primeira quinta-feira após o anúncio da decisão. E cada vírgula do novo documento é motivo de atenção e passível de interpretação. inflacao no brasil Relembrando, meus caros: a última decisão foi aumentar a taxa de juros básica (a chamada taxa Selic) de 13,25% ao ano para 13,75% ao ano – e desde abril de 2013 ela vem subindo quase sempre, como mostra o gráfico no fim deste texto. Por quê? Segundo a ata, o aumento dos juros se deve à preocupação com a elevação dos preços administrados (combustíveis e, principalmente, energia elétrica), que faz com que a “inflação se eleve no curto prazo”. Desse modo, cabe ao BC demonstrar “determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos”. Mas por quê? A ideia é que se a economia está forte, o aumento dos preços administrados pode causar uma rodada adicional de reajustes de salários e preços. Em outras palavras: um repique de boa e velha inflação. O aumento de juros, assim, murcharia o balão da economia por ora – se os juros sobem, sobe também o preço de empréstimos e financiamentos. Consequentemente, a intenção é diminuir as demandas por mais salário e preços mais altos. Se tudo correr dentro dos planos do BC (que os astros nos ajudem), com a fraqueza da economia e as medidas tomadas por ele, a inflação começará a caminhar até a meta de 4,5% ao ano – está, hoje, acima dos 8%, vejam vocês. Somente se inflação baixar o BC poderá reduzir a Selic a um nível condizente com uma economia mais forte. Oremos.  
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