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"Por que parou? Parou por quê?"

Essa é a indagação da maioria dos observadores do Copom, o Comitê de Político Monetária do Banco Central, que decide sobre a taxa de juros básica da economia, a Selic.

A decisão de manter a Selic em 6,5% ao ano, interrompendo um ciclo de reduções que vinha desde agosto de 2016, surpreendeu muitos que se apegavam aos números fracos da atividade econômica e à inflação baixa para apostar em mais um corte de juros.

Mas, se houve uma mudança na direção da política monetária, precisamos entender antes o que mudou no cenário econômico: a repentina depreciação do real frente ao dólar.

Do começo do ano até quarta-feira, 17, o real perdeu 11% de seu valor frente à moeda americana (em 2 de janeiro, R$ 1 valia aproximadamente US$ 0,306; no dia 16 de maio, US$ 0,272).



Isso se deve a vários fatores: (1) a economia norte-americana tem apresentado sinais de pressões inflacionárias que devem trazer as taxas de juros do país a patamares mais altos, limitando a atratividade das moedas de países emergentes, como o Brasil; (2) a recuperação da economia brasileira tem desapontado, em partes, por causa da falta de progresso em importantes reformas, como a da Previdência; e (3) a perspectiva das eleições presidenciais se aproximando e o risco de elegermos um candidato extremista sem apoio do Congresso.

No fim das contas, para a política monetária o que importa é o impacto da alta do dólar sobre o preço dos produtos importados e a inflação.

De acordo com um dos modelos usados pelo Banco Central, a depreciação já ocorrida não seria suficiente para a inflação chegar à meta. Mas esse resultado assume que o dólar ficaria em R$ 3,60.

O raciocínio do Copom parece ser o de que mais depreciação do real, como é bem possível que aconteça nos próximos meses, empurraria a inflação para sua meta em 2019, de 4,25% em 12 meses, e em 2020, de 4,0% em 12 meses.

 

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Por que parou? Parou por quê? Entenda o fim da queda dos juros

"Por que parou? Parou por quê?" Essa é a indagação da maioria dos observadores do Copom, o Comitê de Político Monetária do Banco Central, que decide sobre a taxa de juros básica da economia, a Selic. A decisão de manter a Selic em 6,5% ao ano, interrompendo um ciclo de reduções que vinha desde agosto de 2016, surpreendeu muitos que se apegavam aos números fracos da atividade econômica e à inflação baixa para apostar em mais um corte de juros. Mas, se houve uma mudança na direção da política monetária, precisamos entender antes o que mudou no cenário econômico: a repentina depreciação do real frente ao dólar. Do começo do ano até quarta-feira, 17, o real perdeu 11% de seu valor frente à moeda americana (em 2 de janeiro, R$ 1 valia aproximadamente US$ 0,306; no dia 16 de maio, US$ 0,272). Isso se deve a vários fatores: (1) a economia norte-americana tem apresentado sinais de pressões inflacionárias que devem trazer as taxas de juros do país a patamares mais altos, limitando a atratividade das moedas de países emergentes, como o Brasil; (2) a recuperação da economia brasileira tem desapontado, em partes, por causa da falta de progresso em importantes reformas, como a da Previdência; e (3) a perspectiva das eleições presidenciais se aproximando e o risco de elegermos um candidato extremista sem apoio do Congresso. No fim das contas, para a política monetária o que importa é o impacto da alta do dólar sobre o preço dos produtos importados e a inflação. De acordo com um dos modelos usados pelo Banco Central, a depreciação já ocorrida não seria suficiente para a inflação chegar à meta. Mas esse resultado assume que o dólar ficaria em R$ 3,60. O raciocínio do Copom parece ser o de que mais depreciação do real, como é bem possível que aconteça nos próximos meses, empurraria a inflação para sua meta em 2019, de 4,25% em 12 meses, e em 2020, de 4,0% em 12 meses.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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