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Entrar em greve é uma ferramenta de pressão usada, em geral, em negociações salariais. Mas, nesta sexta-feira, 28, centrais sindicais convocam milhões de brasileiros a cruzar os braços contra as reformas propostas pelo governo Temer. Em São Paulo e em outras grandes cidades, trabalhadores do transporte público devem cruzar os braços.

greve transporte

Nossa posição quanto as reformas é clara e está exaustivamente exposta em nossos canais. O ponto desta curtinha não são os projetos em debate no Congresso, mas os custos de paralisações dos serviços de metrô, trens e ônibus oferecidos pelo estado.

A intuição por trás de alguns custos é óbvia: mais tempo perdido no trânsito, pessoas com consultas médicas marcadas há meses não conseguem chegar a tempo de serem atendidas... Mas para falar disso com mais propriedade, vamos usar um trabalho recente de Bauernschuster, Hener & Rainer (2015). Diz o resumo desse paper, em tradução livre:

“Vários governos baniram greves no transporte público. Se isso pode ou não ser justificado, depende de as greves colocarem em risco a segurança pública ou a saúde. Nós usamos séries de tempo e transversais em dados de registros para quantificar os efeitos das greves no transporte público em populações urbanas na Alemanha. Dado maior volume de tráfego e tempo de viagem, as horas totais de carros operadas aumentam 15% durante greves. Esse efeito é acompanhado por um aumento de 14% em acidentes de trânsito, 20% em lesões relacionadas a tais acidentes, 14% de aumento nas partículas de poluição, e 11% de aumento nas admissões em hospitais por doenças respiratórias em crianças pequenas.”

Greves no transporte público têm consequências e elas não devem ser ignoradas. Nesse sentido, protestos aos finais de semana ou fora dos horários de pico trazem menos danos econômicos e sociais.

Quanto custa uma greve no transporte público?

Entrar em greve é uma ferramenta de pressão usada, em geral, em negociações salariais. Mas, nesta sexta-feira, 28, centrais sindicais convocam milhões de brasileiros a cruzar os braços contra as reformas propostas pelo governo Temer. Em São Paulo e em outras grandes cidades, trabalhadores do transporte público devem cruzar os braços. greve transporte Nossa posição quanto as reformas é clara e está exaustivamente exposta em nossos canais. O ponto desta curtinha não são os projetos em debate no Congresso, mas os custos de paralisações dos serviços de metrô, trens e ônibus oferecidos pelo estado. A intuição por trás de alguns custos é óbvia: mais tempo perdido no trânsito, pessoas com consultas médicas marcadas há meses não conseguem chegar a tempo de serem atendidas... Mas para falar disso com mais propriedade, vamos usar um trabalho recente de Bauernschuster, Hener & Rainer (2015). Diz o resumo desse paper, em tradução livre: “Vários governos baniram greves no transporte público. Se isso pode ou não ser justificado, depende de as greves colocarem em risco a segurança pública ou a saúde. Nós usamos séries de tempo e transversais em dados de registros para quantificar os efeitos das greves no transporte público em populações urbanas na Alemanha. Dado maior volume de tráfego e tempo de viagem, as horas totais de carros operadas aumentam 15% durante greves. Esse efeito é acompanhado por um aumento de 14% em acidentes de trânsito, 20% em lesões relacionadas a tais acidentes, 14% de aumento nas partículas de poluição, e 11% de aumento nas admissões em hospitais por doenças respiratórias em crianças pequenas.” Greves no transporte público têm consequências e elas não devem ser ignoradas. Nesse sentido, protestos aos finais de semana ou fora dos horários de pico trazem menos danos econômicos e sociais.
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