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Um dos ingredientes cruciais para o sucesso de um país é ter uma elite que pense no futuro, que entenda que, se a nação “der certo”,  também ela se beneficiará.

A alternativa a essa elite comprometida com o sucesso do país pensa apenas em seus interesses imediatos.

Uma elite mesquinha, de rapina, que quer se apropriar de tudo o que estiver ao seu alcance, o mais rápido possível. Infelizmente, parece ser esse o caso da elite brasileira, tanto entre a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal quanto entre a maioria dos membros do Senado.

Na última quarta-feira, 7 de novembro, o Senado Federal aprovou um aumento para os ministros do STF e o procurador-geral da República, passando seus proventos de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil por mês.

Sendo o salário mínimo de R$ 954, o rendimento de um ministro do Supremo chega, assim, a um múltiplo absurdo de mais de 40 salários mínimos.

Segundo cálculos de economistas, o reajuste pode ter um impacto de até R$ 4 bilhões nas contas públicas, já que os salários dos ministros do STF são o teto do funcionalismo público e quando estes aumentam os salários de outras categorias podem ser elevados também. A decisão do Senado é um desastre. O país enfrenta uma crise fiscal e precisa aumentar impostos e cortar gastos para deter o crescimento exponencial do endividamento, que certamente vai se transformar em calote da dívida pública ou retorno da inflação alta. Para conter a crise fiscal, precisamos em breve aprovar uma reforma da Previdência que provavelmente vai combinar um aumento da idade mínima para a aposentadoria, diminuição dos benefícios e descontos maiores nos contracheques de quem trabalha. Mesmo neste clima, são aqueles que menos precisam de aumento, os bem pagos ministros do Supremo, que puxam a fila dos aumentos de gastos públicos, remando contra a maré. Para piorar, quem mais deveria pensar no longo prazo, políticos com longos mandatos de oito anos, os senadores liberam a farra da juizada. Um observador cínico pode até pensar que os senadores votaram a favor do aumento à espera de favor futuro dos ministros do STF se eventualmente forem indiciados... É desanimador...  

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Quantos salários mínimos ganha um ministro do STF?

Um dos ingredientes cruciais para o sucesso de um país é ter uma elite que pense no futuro, que entenda que, se a nação “der certo”,  também ela se beneficiará. A alternativa a essa elite comprometida com o sucesso do país pensa apenas em seus interesses imediatos. Uma elite mesquinha, de rapina, que quer se apropriar de tudo o que estiver ao seu alcance, o mais rápido possível. Infelizmente, parece ser esse o caso da elite brasileira, tanto entre a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal quanto entre a maioria dos membros do Senado. Na última quarta-feira, 7 de novembro, o Senado Federal aprovou um aumento para os ministros do STF e o procurador-geral da República, passando seus proventos de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil por mês. Sendo o salário mínimo de R$ 954, o rendimento de um ministro do Supremo chega, assim, a um múltiplo absurdo de mais de 40 salários mínimos. Segundo cálculos de economistas, o reajuste pode ter um impacto de até R$ 4 bilhões nas contas públicas, já que os salários dos ministros do STF são o teto do funcionalismo público e quando estes aumentam os salários de outras categorias podem ser elevados também. A decisão do Senado é um desastre. O país enfrenta uma crise fiscal e precisa aumentar impostos e cortar gastos para deter o crescimento exponencial do endividamento, que certamente vai se transformar em calote da dívida pública ou retorno da inflação alta. Para conter a crise fiscal, precisamos em breve aprovar uma reforma da Previdência que provavelmente vai combinar um aumento da idade mínima para a aposentadoria, diminuição dos benefícios e descontos maiores nos contracheques de quem trabalha. Mesmo neste clima, são aqueles que menos precisam de aumento, os bem pagos ministros do Supremo, que puxam a fila dos aumentos de gastos públicos, remando contra a maré. Para piorar, quem mais deveria pensar no longo prazo, políticos com longos mandatos de oito anos, os senadores liberam a farra da juizada. Um observador cínico pode até pensar que os senadores votaram a favor do aumento à espera de favor futuro dos ministros do STF se eventualmente forem indiciados... É desanimador...   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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