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Se você tem um gosto semelhante ao meu, considera as pichações que costumamos ver em muros de São Paulo verdadeiras atrocidades que enfeiam a cidade. Mas gosto não se discute e consigo entender que há quem goste.

Quando existem divergências de gosto e o poder público é chamado a atuar, é possível encontrar soluções de meio-termo que satisfaçam um maior número de cidadãos. Podemos ter regras diferentes a cada bairro da cidade, por exemplo, depois de consultarmos as preferências dos moradores.

Mas a pichação não é apenas um problema estético. Muitas vezes, pichadores se expressam destruindo a propriedade alheia. Um muro pichado reduz não só o valor da propriedade pichada, mas também o das propriedades à sua volta.

Os garranchos ilegíveis de Imundinho que sujam o muro do José desvalorizam também a casa de seu vizinho Manuel. Como José não internaliza a destruição de valor da propriedade de seu vizinho, é possível que ele não mande repintar seu muro, porque o custo de consertar o estrago é maior do que o dano total (incluindo aquele causado ao Manuel). E assim o muro continua sujo...

Agora imaginem se Imundinho tivesse pichado o carro de José. Nesse caso, a propriedade de Manuel não perderia valor. José consertaria o estrago desde que o custo de consertar fosse menor que o dano ao veículo em termos de valor de revenda e perda de status do motorista ao circular com um carro avacalhado.

De todo modo, não importa se picha um carro ou um muro: em ambos os casos, Imundinho está destruindo propriedade alheia e deve pagar por isso, seja pelo argumento econômico, seja argumento moral.

Quem pichou deve pagar pela pintura? Por quê?

Se você tem um gosto semelhante ao meu, considera as pichações que costumamos ver em muros de São Paulo verdadeiras atrocidades que enfeiam a cidade. Mas gosto não se discute e consigo entender que há quem goste. Quando existem divergências de gosto e o poder público é chamado a atuar, é possível encontrar soluções de meio-termo que satisfaçam um maior número de cidadãos. Podemos ter regras diferentes a cada bairro da cidade, por exemplo, depois de consultarmos as preferências dos moradores. Mas a pichação não é apenas um problema estético. Muitas vezes, pichadores se expressam destruindo a propriedade alheia. Um muro pichado reduz não só o valor da propriedade pichada, mas também o das propriedades à sua volta. Os garranchos ilegíveis de Imundinho que sujam o muro do José desvalorizam também a casa de seu vizinho Manuel. Como José não internaliza a destruição de valor da propriedade de seu vizinho, é possível que ele não mande repintar seu muro, porque o custo de consertar o estrago é maior do que o dano total (incluindo aquele causado ao Manuel). E assim o muro continua sujo... Agora imaginem se Imundinho tivesse pichado o carro de José. Nesse caso, a propriedade de Manuel não perderia valor. José consertaria o estrago desde que o custo de consertar fosse menor que o dano ao veículo em termos de valor de revenda e perda de status do motorista ao circular com um carro avacalhado. De todo modo, não importa se picha um carro ou um muro: em ambos os casos, Imundinho está destruindo propriedade alheia e deve pagar por isso, seja pelo argumento econômico, seja argumento moral.
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