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O governo federal anunciou um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para seus funcionários. Basicamente, oferece-se uma bonificação para que o servidor abra mão de seu emprego. A ideia é economizar, já que gastos com funcionalismo são parte relevante das despesas federais. E o governo precisa, desesperadamente, apertar o cinto.

O momento, no entanto, não parece propício.

Para saber se vale a pena aderir ao PDV, o servidor deve comparar o ganho da bonificação com a perda do salário e da aposentadoria no setor público. Em economia, é o chamado custo de oportunidade de aceitar a demissão voluntária.

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Nesse caso, o custo de oportunidade é elevado. Servidores ganham muito bem no Brasil, consideravelmente acima da média do setor privado em ocupações semelhantes. E, ainda por cima, têm aposentadoria integral, o que não se consegue no setor privado.

É de se imaginar que pouca gente esteja disposta a abrir mão desses benefícios.

Com a recessão, o mercado de trabalho está em momento ruim. O indivíduo que adere ao PDV terá dificuldade em encontrar um bom emprego rapidamente. Terá de se contentar com um salário baixo. Mais um fator que torna custosa a opção de deixar o emprego público.

Assim, provavelmente, pouca gente aderirá ao PDV. Significa que a margem para economizar dinheiro não é muito grande nessa ponta.

Quem vai topar o PDV?

O PDV, ainda que permita economizar alguma coisinha, tem um problema: quem tende a aderir são justamente os melhores funcionários. Por quê? Trabalhadores mais produtivos têm chances maiores de encontrar bons empregos no setor privado. Ou de ganhar um dinheiro razoável como empreendedores. Para eles, o custo de oportunidade de deixar o emprego público é mais baixo. O Ministério do Planejamento cita ganhos de eficiência no setor público associados ao PDV. Na verdade, o plano pode resultar justamente no contrário: trata-se de um mecanismo de seleção que retira os melhores servidores da máquina pública. Efeito prático? O que já funciona mal pode ficar ainda pior. O PDV deveria vir acompanhado de medidas que contribuam para aumentar a eficiência do setor público. Por exemplo, premiações aos trabalhadores mais produtivos e punições aos maus profissionais – inclusive com a possibilidade de demissões. Isso, infelizmente, está longe do radar.  

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Vale a pena aderir ao PDV do governo?

PDV-porque.com.br O governo federal anunciou um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para seus funcionários. Basicamente, oferece-se uma bonificação para que o servidor abra mão de seu emprego. A ideia é economizar, já que gastos com funcionalismo são parte relevante das despesas federais. E o governo precisa, desesperadamente, apertar o cinto. O momento, no entanto, não parece propício. Para saber se vale a pena aderir ao PDV, o servidor deve comparar o ganho da bonificação com a perda do salário e da aposentadoria no setor público. Em economia, é o chamado custo de oportunidade de aceitar a demissão voluntária. SERVIDORES-PRIVADOS-PORQUE.COM.BR-01 Nesse caso, o custo de oportunidade é elevado. Servidores ganham muito bem no Brasil, consideravelmente acima da média do setor privado em ocupações semelhantes. E, ainda por cima, têm aposentadoria integral, o que não se consegue no setor privado. É de se imaginar que pouca gente esteja disposta a abrir mão desses benefícios. Com a recessão, o mercado de trabalho está em momento ruim. O indivíduo que adere ao PDV terá dificuldade em encontrar um bom emprego rapidamente. Terá de se contentar com um salário baixo. Mais um fator que torna custosa a opção de deixar o emprego público. Assim, provavelmente, pouca gente aderirá ao PDV. Significa que a margem para economizar dinheiro não é muito grande nessa ponta. Quem vai topar o PDV? O PDV, ainda que permita economizar alguma coisinha, tem um problema: quem tende a aderir são justamente os melhores funcionários. Por quê? Trabalhadores mais produtivos têm chances maiores de encontrar bons empregos no setor privado. Ou de ganhar um dinheiro razoável como empreendedores. Para eles, o custo de oportunidade de deixar o emprego público é mais baixo. O Ministério do Planejamento cita ganhos de eficiência no setor público associados ao PDV. Na verdade, o plano pode resultar justamente no contrário: trata-se de um mecanismo de seleção que retira os melhores servidores da máquina pública. Efeito prático? O que já funciona mal pode ficar ainda pior. O PDV deveria vir acompanhado de medidas que contribuam para aumentar a eficiência do setor público. Por exemplo, premiações aos trabalhadores mais produtivos e punições aos maus profissionais – inclusive com a possibilidade de demissões. Isso, infelizmente, está longe do radar.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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