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De um lado, radicais conservadores defendem que crime se resolve é com mais polícia. De outro, radicais progressistas argumentam que a violência no Brasil é, na verdade, unicamente fruto da desigualdade social do país. E como na maioria dos casos em que o radicalismo fala mais alto, ambos os lados se equivocam.

No gráfico abaixo, o caso brasileiro explica bem a situação.

VIOLÊNCIA

Temos no eixo horizontal uma medida padrão de desigualdade de renda, usada por economistas do ano todo, chamado Índice de Gini. Quando um país tem uma  sociedade plenamente igualitária, seu valor aponta para zero. Mas se na sociedade em questão apenas uma pessoa é dona de toda a riqueza, o índice será igual a 1.

Ou seja, quando o Gini de um país está mais próximo de 0, ele está mais próximo da igualdade plena. Mas se está mais perto de 1, significa alta teor de desigualdade entre cidadãos.
E como o Brasil está na foto?
 
Os dados acima, do Banco Mundial, mostram o Gini do Brasil entre 0,4 e 0,5. Logo, somos um país desigual.
 
Mas o gráfico mostra mais. Diz que, com este nível de desigualdade por aqui, nossa taxa de homicídios gira muito acima do esperado. A reta vermelha representa o quanto devemos esperar em termos de homicídios para os diferentes níveis de desigualdade apresentadas no mundo (é a chamada de reta de regressão). E o Brasil veja só, apontado pela seta acima, está bem longe da tal reta.
Esta reta vermelha fala algo importante: nosso número de homicídios é extremamente alto, mesmo para o nosso nível de desigualdade. O ideal seria se ninguém morresse assassinado, claro, mas, de acordo com esses cálculos, para nosso patamar de desigualdade, em vez de quase 30 homicídios por 100 mil brasileiros, deveríamos apresentar algo na cada de 12 homicídios por 100 mil pessoas. Temos mais que o dobro disso. A desigualdade do Brasil, portanto, por si só, não explica o nível de criminalidade nacional, bem acima do “normal”, ao analisarmos a quantidade de homicídios. A lição é bem simples: o Brasil precisa de Bolsa Família e outros programas sociais sim; mas não podemos deixar de buscar leis e policiais mais eficientes e prisões de melhor qualidade.

VEJA TAMBÉM

Criminalidade: por que a pobreza não explica tudo?

De um lado, radicais conservadores defendem que crime se resolve é com mais polícia. De outro, radicais progressistas argumentam que a violência no Brasil é, na verdade, unicamente fruto da desigualdade social do país. E como na maioria dos casos em que o radicalismo fala mais alto, ambos os lados se equivocam. No gráfico abaixo, o caso brasileiro explica bem a situação. VIOLÊNCIA Temos no eixo horizontal uma medida padrão de desigualdade de renda, usada por economistas do ano todo, chamado Índice de Gini. Quando um país tem uma  sociedade plenamente igualitária, seu valor aponta para zero. Mas se na sociedade em questão apenas uma pessoa é dona de toda a riqueza, o índice será igual a 1. Ou seja, quando o Gini de um país está mais próximo de 0, ele está mais próximo da igualdade plena. Mas se está mais perto de 1, significa alta teor de desigualdade entre cidadãos.
E como o Brasil está na foto?
 
Os dados acima, do Banco Mundial, mostram o Gini do Brasil entre 0,4 e 0,5. Logo, somos um país desigual.
 
Mas o gráfico mostra mais. Diz que, com este nível de desigualdade por aqui, nossa taxa de homicídios gira muito acima do esperado. A reta vermelha representa o quanto devemos esperar em termos de homicídios para os diferentes níveis de desigualdade apresentadas no mundo (é a chamada de reta de regressão). E o Brasil veja só, apontado pela seta acima, está bem longe da tal reta.
Esta reta vermelha fala algo importante: nosso número de homicídios é extremamente alto, mesmo para o nosso nível de desigualdade. O ideal seria se ninguém morresse assassinado, claro, mas, de acordo com esses cálculos, para nosso patamar de desigualdade, em vez de quase 30 homicídios por 100 mil brasileiros, deveríamos apresentar algo na cada de 12 homicídios por 100 mil pessoas. Temos mais que o dobro disso. A desigualdade do Brasil, portanto, por si só, não explica o nível de criminalidade nacional, bem acima do “normal”, ao analisarmos a quantidade de homicídios. A lição é bem simples: o Brasil precisa de Bolsa Família e outros programas sociais sim; mas não podemos deixar de buscar leis e policiais mais eficientes e prisões de melhor qualidade. VEJA TAMBÉM
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