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O Brasil está metido num baita de um imbróglio. A imprudência fiscal do primeiro mandato de Dilma Rousseff levou à forte deterioração não somente dos indicadores de sustentabilidade, mas também da confiança do setor privado. Isso freou a atividade econômica – o investimento caiu sucessivamente nos últimos oito trimestres. Com crescimento fraco, fica difícil mesmo restaurar as contas públicas. Esses fatores passam a impressão de que estamos numa situação cujas saídas não existem. Mas isso não é exatamente verdade.

O que precisa ser feito, economistas e técnicos sabem muito bem. Em princípio, portanto, sim, há saída, tecnicamente falando. Mas o problema não é a economia da coisa, e, sim, a economia política.

Teríamos uma segunda metade de mandato bem mais promissora:

1) Se pudéssemos aprovar uma reforma da Previdência decente;

2) Melhorar a qualidade dos impostos;

3) Reduzir as barreiras ao empreendedorismo dadas pelos ditos custos de cartório;

4) Unificar a ação dos órgãos de fiscalização ambiental;

5) Tornar flexível a legislação trabalhista;

6) Retomar o programa de concessões (sem tentar fixar taxas de retorno);

7) Extinguir os subsídios implícitos no crédito público;

8) E acabar com a lei do conteúdo nacional.

Basta “apenas” ticar essa lista e depois, para manter o barco andando em boa velocidade, com menos desigualdade, mexer fundo na "função de produção” da educação pública. Mas, claro, esses itens não vão ser colocados em prática. Por quê? Por causa da miséria política e de seus embates. Sem falar da percepção generalizada de que Dilma, no fundo, no fundo, não acredita que esse seja o caminho. Esse último ponto é mais importante do que parece num primeiro momento. Mesmo medidas na direção correta têm seus efeitos positivos atenuados sob a influência da expectativa de reversão futura. O famoso bordão “é a economia, estúpido!” não é o que melhor descreve nossos sofrimentos presentes. “É a política, estúpido!” soa bem mais apropriado.

Por que a crise econômica tem raízes políticas?

O Brasil está metido num baita de um imbróglio. A imprudência fiscal do primeiro mandato de Dilma Rousseff levou à forte deterioração não somente dos indicadores de sustentabilidade, mas também da confiança do setor privado. Isso freou a atividade econômica – o investimento caiu sucessivamente nos últimos oito trimestres. Com crescimento fraco, fica difícil mesmo restaurar as contas públicas. Esses fatores passam a impressão de que estamos numa situação cujas saídas não existem. Mas isso não é exatamente verdade. O que precisa ser feito, economistas e técnicos sabem muito bem. Em princípio, portanto, sim, há saída, tecnicamente falando. Mas o problema não é a economia da coisa, e, sim, a economia política. Teríamos uma segunda metade de mandato bem mais promissora: 1) Se pudéssemos aprovar uma reforma da Previdência decente;

2) Melhorar a qualidade dos impostos;

3) Reduzir as barreiras ao empreendedorismo dadas pelos ditos custos de cartório;

4) Unificar a ação dos órgãos de fiscalização ambiental;

5) Tornar flexível a legislação trabalhista;

6) Retomar o programa de concessões (sem tentar fixar taxas de retorno);

7) Extinguir os subsídios implícitos no crédito público;

8) E acabar com a lei do conteúdo nacional.

Basta “apenas” ticar essa lista e depois, para manter o barco andando em boa velocidade, com menos desigualdade, mexer fundo na "função de produção” da educação pública. Mas, claro, esses itens não vão ser colocados em prática. Por quê? Por causa da miséria política e de seus embates. Sem falar da percepção generalizada de que Dilma, no fundo, no fundo, não acredita que esse seja o caminho. Esse último ponto é mais importante do que parece num primeiro momento. Mesmo medidas na direção correta têm seus efeitos positivos atenuados sob a influência da expectativa de reversão futura. O famoso bordão “é a economia, estúpido!” não é o que melhor descreve nossos sofrimentos presentes. “É a política, estúpido!” soa bem mais apropriado.
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