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O Brasil conseguiu aumentar muito a inclusão bancária nos últimos anos. Mas ainda é pouco. Apenas 86,3 milhões de brasileiros têm acesso a conta bancária - mostra pesquisa da Fecomercio-RJ e do Instituto Ipsos. Se considerarmos apenas a população maior de 15 anos, significa que 44% da população não é bancarizada. Ao todo, 250 milhões de pessoas estão nessas condições na América Latina

Ampliar o acesso ao sistema bancário aos mais pobres é fundamental para o desenvolvimento de um país e, consequentemente, para a diminuição da pobreza, alta na região.

A falta de bancarização é danosa em vários sentidos. A conta bancária não é apenas uma maneira mais segura de guardar seu dinheiro. Ela é a porta de entrada para o sistema financeiro como um todo. Sem conta bancária, seja corrente ou poupança, o dinheirinho que vai sendo poupado mês a mês tem que ficar guardado embaixo do colchão. Esse dinheiro, além de não render juros, ainda é corroído pela inflação, o que gera um desincentivo à poupança que perpetua a pobreza. É justamente porque os pobres não têm acesso ao sistema bancário que a inflação lhes é mais prejudicial: sua poupança é comida pelas traças inflacionárias embaixo do colchão, condenando-os a continuar pobres.



Com uma conta, o indivíduo passa a ter acesso a serviços bancários. Pode colocar o dinheiro em aplicações que rendem juros. Passa a ter um histórico junto ao banco e abre-se a possibilidade de ter acesso ao crédito, que amplia a oportunidade para pessoas pobres investirem e se tornarem empreendedoras, além de oferecer uma linha adicional de defesa contra privações temporárias, como a perda de um emprego, gastos médicos ou outras urgências.

Como bem lembrou o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, é preciso que os serviços bancários sejam adequados à população recém-incluída no sistema – e muita inovação tem acontecido no microcrédito, modalidade de empréstimos voltada aos mais pobres.

Mas a inclusão financeira, para beneficiar a população, necessita andar lado a lado com a educação financeira: somente quem entende minimamente o funcionamento do sistema bancário está capacitado para tomar decisões sobre poupança, investimento e endividamento.

Infelizmente, ainda precisamos melhorar muito neste quesito. Recente pesquisa da Anefac garante que 99,4% dos brasileiros desconhecem o conceito de juros compostos, enquanto outra pesquisa mais antiga aponta que 80% dos brasileiros não sabem controlar seus gastos. Por que não aproveitar a reforma do Ensino Médio e incluir mais exercícios sobre educação financeira no currículo de matemática das escolas? Seria um conhecimento com ótimo retorno para a maioria da população.

 

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Como mais acesso a bancos ajuda no desenvolvimento?

O Brasil conseguiu aumentar muito a inclusão bancária nos últimos anos. Mas ainda é pouco. Apenas 86,3 milhões de brasileiros têm acesso a conta bancária - mostra pesquisa da Fecomercio-RJ e do Instituto Ipsos. Se considerarmos apenas a população maior de 15 anos, significa que 44% da população não é bancarizada. Ao todo, 250 milhões de pessoas estão nessas condições na América Latina Ampliar o acesso ao sistema bancário aos mais pobres é fundamental para o desenvolvimento de um país e, consequentemente, para a diminuição da pobreza, alta na região. A falta de bancarização é danosa em vários sentidos. A conta bancária não é apenas uma maneira mais segura de guardar seu dinheiro. Ela é a porta de entrada para o sistema financeiro como um todo. Sem conta bancária, seja corrente ou poupança, o dinheirinho que vai sendo poupado mês a mês tem que ficar guardado embaixo do colchão. Esse dinheiro, além de não render juros, ainda é corroído pela inflação, o que gera um desincentivo à poupança que perpetua a pobreza. É justamente porque os pobres não têm acesso ao sistema bancário que a inflação lhes é mais prejudicial: sua poupança é comida pelas traças inflacionárias embaixo do colchão, condenando-os a continuar pobres. Com uma conta, o indivíduo passa a ter acesso a serviços bancários. Pode colocar o dinheiro em aplicações que rendem juros. Passa a ter um histórico junto ao banco e abre-se a possibilidade de ter acesso ao crédito, que amplia a oportunidade para pessoas pobres investirem e se tornarem empreendedoras, além de oferecer uma linha adicional de defesa contra privações temporárias, como a perda de um emprego, gastos médicos ou outras urgências. Como bem lembrou o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, é preciso que os serviços bancários sejam adequados à população recém-incluída no sistema – e muita inovação tem acontecido no microcrédito, modalidade de empréstimos voltada aos mais pobres. Mas a inclusão financeira, para beneficiar a população, necessita andar lado a lado com a educação financeira: somente quem entende minimamente o funcionamento do sistema bancário está capacitado para tomar decisões sobre poupança, investimento e endividamento. Infelizmente, ainda precisamos melhorar muito neste quesito. Recente pesquisa da Anefac garante que 99,4% dos brasileiros desconhecem o conceito de juros compostos, enquanto outra pesquisa mais antiga aponta que 80% dos brasileiros não sabem controlar seus gastos. Por que não aproveitar a reforma do Ensino Médio e incluir mais exercícios sobre educação financeira no currículo de matemática das escolas? Seria um conhecimento com ótimo retorno para a maioria da população.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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