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Quem segue o Por Quê? deve estar cansado de ouvir sobre crise fiscal. Afinal, não temos medo de repetir, como um mantra, que é necessário fazer um ajuste fiscal e que uma reforma da Previdência é essencial para o sucesso desse ajuste, devido ao volume já gigantesco de gastos com aposentadorias e pensões que já pagamos e a tendência de crescimento desses gastos sob as regras atuais.

Mas o problema fiscal vai além do governo federal. O Rio de Janeiro, por exemplo, mergulhou no caos, pois a seu governo falta dinheiro até para pagar salários e aposentadorias em dia. Outros estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, enfrentam deterioração semelhante. No Rio Grande do Sul, outrora um dos estados mais avançados da Federação, o descontrole chegou até a segurança pública e Porto Alegre é hoje em dia uma das capitais mais violentas do país.

Nos estados e municípios, o desafio de controlar as contas públicas liga-se principalmente à contenção de gastos com pessoal. Durante os anos bons, servidores públicos de muitos estados receberam aumentos salariais acima dos aumentos do setor privado e muitas políticas de recursos humanos foram deturpadas para favorecer os servidores à custa dos contribuintes.

Um exemplo de deturpação são os sistemas de avaliação de desempenho ligados à remuneração. O conceito, evidentemente, é identificar os funcionários mais dedicados ou produtivos e lhes pagar uma remuneração mais alta.  Em algumas organizações, estabelece-se que apenas parte dos funcionários - 15% , digamos -  podem receber prêmios por alto desempenho em um ano.

Mas no setor público brasileiro a regra parece ser a de que todos são brilhantes. São raros os servidores que recebem menos que a nota máximas. Na prática, todos os servidores são considerados de desempenho excepcional, e se qualificam para receber o prêmio, que se torna mais um componente fixo do salário.

Um estudo mostra que políticas de recursos humanos mais racionais podem contribuir significativamente para o ajuste nas despesas de pessoal de estados e municípios - veja mais aqui. Esta é uma ótima notícia para o equilíbrio das contas, pois o ajuste de práticas de recursos humanos não requer aprovação de assembleias legislativas, muitas vezes capturadas por interesses de servidores contra o contribuinte pagador de impostos.

Governadores e prefeitos pragmáticos e com liderança para mudar práticas inadequadas podem ser a diferença entre um futuro normal ou o caos.

 

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Como práticas de RH podem ajudar estados e municípios quebrados?

Quem segue o Por Quê? deve estar cansado de ouvir sobre crise fiscal. Afinal, não temos medo de repetir, como um mantra, que é necessário fazer um ajuste fiscal e que uma reforma da Previdência é essencial para o sucesso desse ajuste, devido ao volume já gigantesco de gastos com aposentadorias e pensões que já pagamos e a tendência de crescimento desses gastos sob as regras atuais. Mas o problema fiscal vai além do governo federal. O Rio de Janeiro, por exemplo, mergulhou no caos, pois a seu governo falta dinheiro até para pagar salários e aposentadorias em dia. Outros estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, enfrentam deterioração semelhante. No Rio Grande do Sul, outrora um dos estados mais avançados da Federação, o descontrole chegou até a segurança pública e Porto Alegre é hoje em dia uma das capitais mais violentas do país. Nos estados e municípios, o desafio de controlar as contas públicas liga-se principalmente à contenção de gastos com pessoal. Durante os anos bons, servidores públicos de muitos estados receberam aumentos salariais acima dos aumentos do setor privado e muitas políticas de recursos humanos foram deturpadas para favorecer os servidores à custa dos contribuintes. Um exemplo de deturpação são os sistemas de avaliação de desempenho ligados à remuneração. O conceito, evidentemente, é identificar os funcionários mais dedicados ou produtivos e lhes pagar uma remuneração mais alta.  Em algumas organizações, estabelece-se que apenas parte dos funcionários - 15% , digamos -  podem receber prêmios por alto desempenho em um ano. Mas no setor público brasileiro a regra parece ser a de que todos são brilhantes. São raros os servidores que recebem menos que a nota máximas. Na prática, todos os servidores são considerados de desempenho excepcional, e se qualificam para receber o prêmio, que se torna mais um componente fixo do salário. Um estudo mostra que políticas de recursos humanos mais racionais podem contribuir significativamente para o ajuste nas despesas de pessoal de estados e municípios - veja mais aqui. Esta é uma ótima notícia para o equilíbrio das contas, pois o ajuste de práticas de recursos humanos não requer aprovação de assembleias legislativas, muitas vezes capturadas por interesses de servidores contra o contribuinte pagador de impostos. Governadores e prefeitos pragmáticos e com liderança para mudar práticas inadequadas podem ser a diferença entre um futuro normal ou o caos.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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