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46180875 - doctor injecting a young child with a vaccination or antibiotic in a small disposable hypodermic syringe, close up of the kids arm and needle.

Há algumas semanas realizamos uma discussão econômica sobre vacinação - reveja clicando aqui. Trata-se de um caso emblemático de externalidade positiva. Quando uma pessoa decide se vacinar, essa escolha não afeta apenas a ela, mas traz benefícios também a outros indivíduos. Afinal, as chances de transmissão de doenças diminuem.

Nesse caso, como os indivíduos não se defrontam com todos os benefícios de sua ação, os incentivos dados pelo mercado à vacinação não são fortes o suficiente. Justifica-se a atuação do governo, no sentido elevar o benefício privado da vacinação, alinhando-o com o benefício social (que não inclui apenas o impacto sobre o indivíduo, mas também sobre outros). Isso estimularia as pessoas a se imunizar.

Como? Dando subsídios à imunização, ou até provendo gratuitamente vacinas para boa parte da população.

Mas, aparentemente, isso não basta. Notícias falsas, associando vacinação à ocorrência de autismo, por exemplo, têm se espalhado pela população. Pessoas são levadas a rejeitar a imunização para si mesmas e suas famílias. Mesmo de graça, alguns indivíduos recusam a vacinação.

Em Economia, incentivos podem ser positivos e negativos. Em inglês, usa-se a expressão stick and carrot (“vara e cenoura”). A metáfora tem como pano de fundo uma pessoa que quer fazer com que um animal de carga se movimente. Pode-se fazê-lo com um castigo, usando a vara (incentivo negativo), ou com uma recompensa, dando-lhe a cenoura (incentivo positivo).

Pelo jeito, incentivos positivos (como subsídios ou provisão gratuita de vacinas) não são suficientes nesse caso.

Diante do crescimento de diversas doenças facilmente evitáveis com a vacinação, alguns países europeus estão instituindo punições a quem não se vacina (ou seja, incentivos negativos). Na Itália, que sofre com um surto de sarampo, a vacinação de crianças pequenas contra 12 tipos de doenças tornou-se obrigatória; os pais que desobedecerem à lei estão sujeitos a multas. Na Alemanha, estuda-se proibir crianças não imunizadas de frequentar creches.

Mais informações nas seguintes matérias da BBC:

www.bbc.com/news/world-europe-40056680

www.bbc.com/news/health-40568017

www.bbc.com/news/world-europe-39983799

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Governos devem obrigar pais a vacinar seus filhos?

46180875 - doctor injecting a young child with a vaccination or antibiotic in a small disposable hypodermic syringe, close up of the kids arm and needle. Há algumas semanas realizamos uma discussão econômica sobre vacinação - reveja clicando aqui. Trata-se de um caso emblemático de externalidade positiva. Quando uma pessoa decide se vacinar, essa escolha não afeta apenas a ela, mas traz benefícios também a outros indivíduos. Afinal, as chances de transmissão de doenças diminuem. Nesse caso, como os indivíduos não se defrontam com todos os benefícios de sua ação, os incentivos dados pelo mercado à vacinação não são fortes o suficiente. Justifica-se a atuação do governo, no sentido elevar o benefício privado da vacinação, alinhando-o com o benefício social (que não inclui apenas o impacto sobre o indivíduo, mas também sobre outros). Isso estimularia as pessoas a se imunizar. Como? Dando subsídios à imunização, ou até provendo gratuitamente vacinas para boa parte da população. Mas, aparentemente, isso não basta. Notícias falsas, associando vacinação à ocorrência de autismo, por exemplo, têm se espalhado pela população. Pessoas são levadas a rejeitar a imunização para si mesmas e suas famílias. Mesmo de graça, alguns indivíduos recusam a vacinação. Em Economia, incentivos podem ser positivos e negativos. Em inglês, usa-se a expressão stick and carrot (“vara e cenoura”). A metáfora tem como pano de fundo uma pessoa que quer fazer com que um animal de carga se movimente. Pode-se fazê-lo com um castigo, usando a vara (incentivo negativo), ou com uma recompensa, dando-lhe a cenoura (incentivo positivo). Pelo jeito, incentivos positivos (como subsídios ou provisão gratuita de vacinas) não são suficientes nesse caso. Diante do crescimento de diversas doenças facilmente evitáveis com a vacinação, alguns países europeus estão instituindo punições a quem não se vacina (ou seja, incentivos negativos). Na Itália, que sofre com um surto de sarampo, a vacinação de crianças pequenas contra 12 tipos de doenças tornou-se obrigatória; os pais que desobedecerem à lei estão sujeitos a multas. Na Alemanha, estuda-se proibir crianças não imunizadas de frequentar creches. Mais informações nas seguintes matérias da BBC: www.bbc.com/news/world-europe-40056680 www.bbc.com/news/health-40568017 www.bbc.com/news/world-europe-39983799 Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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