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Paulo Skaf, presidente da Fiesp, está empenhado em fazer o governo reabrir com força as torneiras do BNDES. Na comemoração de 65 anos da instituição, ele disse a jornalistas: “O BNDES precisa fazer em seis meses o que faria em seis anos”.

Mas o que o BNDES fez nos últimos seis anos?

Entre 2011 e 2016, dedicou 69% dos desembolsos para empresas de grande porte. Ou seja, de cerca de R$ 878 bilhões repassados pelo banco, R$ 609 bilhões serviram de anabolizante a empresários já naturalmente em vantagem na hora do corpo a corpo com a concorrência de menor porte. Esse volume equivale a mais de 20 mil vezes o orçamento anual do programa Bolsa Família, que atende 50 milhões de pessoas – e não apenas poucos grandes empresários.

Estes gráficos abaixo foram extraídos do site do BNDES e mostram a evolução, ano a ano, dessa tática:

BNDES-DESEMBOLSOS-2011-2016

Em seis anos, a política geradora de “campeões nacionais” colaborou para pressionar a inflação para cima e, consequentemente, os juros; incentivou monopólios como o de Joesley Batista, corrupto confesso; e, pior de tudo, ajudou a concentrar renda ao arrecadar grana dos mais pobres, via impostos, e transferir para empresários amigões do governo expandirem seus negócios pelo mundo (veja mais no vídeo abaixo).

É esse modus operandi dos últimos seis anos que Paulo Skaf quer ver reproduzido em apenas seis meses?

A saída da economista Maria Silvia Bastos Marques do BNDES sinaliza o tamanho da força da Fiesp junto ao governo – não muito diferente da influência exercida nas gestões Lula e, enquanto interessou, Dilma. Caso o grupo ganhe mais esse braço de ferro e o governo volte a mandar ver no crédito, que ao menos não espalhem patos inflados por aí na hora de subir impostos para pagar a conta.


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O que o BNDES fez nos últimos seis anos?

Paulo Skaf, presidente da Fiesp, está empenhado em fazer o governo reabrir com força as torneiras do BNDES. Na comemoração de 65 anos da instituição, ele disse a jornalistas: “O BNDES precisa fazer em seis meses o que faria em seis anos”. Mas o que o BNDES fez nos últimos seis anos? Entre 2011 e 2016, dedicou 69% dos desembolsos para empresas de grande porte. Ou seja, de cerca de R$ 878 bilhões repassados pelo banco, R$ 609 bilhões serviram de anabolizante a empresários já naturalmente em vantagem na hora do corpo a corpo com a concorrência de menor porte. Esse volume equivale a mais de 20 mil vezes o orçamento anual do programa Bolsa Família, que atende 50 milhões de pessoas – e não apenas poucos grandes empresários. Estes gráficos abaixo foram extraídos do site do BNDES e mostram a evolução, ano a ano, dessa tática: BNDES-DESEMBOLSOS-2011-2016 Em seis anos, a política geradora de “campeões nacionais” colaborou para pressionar a inflação para cima e, consequentemente, os juros; incentivou monopólios como o de Joesley Batista, corrupto confesso; e, pior de tudo, ajudou a concentrar renda ao arrecadar grana dos mais pobres, via impostos, e transferir para empresários amigões do governo expandirem seus negócios pelo mundo (veja mais no vídeo abaixo). É esse modus operandi dos últimos seis anos que Paulo Skaf quer ver reproduzido em apenas seis meses? A saída da economista Maria Silvia Bastos Marques do BNDES sinaliza o tamanho da força da Fiesp junto ao governo – não muito diferente da influência exercida nas gestões Lula e, enquanto interessou, Dilma. Caso o grupo ganhe mais esse braço de ferro e o governo volte a mandar ver no crédito, que ao menos não espalhem patos inflados por aí na hora de subir impostos para pagar a conta. Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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