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Uma grande mudança começou na Argentina no último domingo. Depois de mais de uma década de governo do casal Kirchner, as urnas alçaram à Presidência o candidato da oposição, Mauricio Macri.

Esta, sem dúvida, é boa notícia para o Brasil.

O principal problema da economia Argentina é a combinação de perda do acesso aos mercados de capitais internacionais e escassez de reservas internacionais.

Em outras palavras, a Argentina é hoje como uma família sem cartão de crédito e com o dinheiro curto: quando entra algum tostão, tudo bem, a família vai ao supermercado; mas, se não entra aquela graninha, a família tem de penhorar até as joias para conseguir comprar o leite das crianças.

Na vida sem crédito, tudo vai bem enquanto se tem renda. Mas quando a renda diminui... Aí o bicho pega.

E o bicho que está pegando na Argentina dá as suas arranhadas no Brasil. A queda do preço das commodities derrubou a capacidade argentina de importar. Isso machuca a indústria brasileira na veia. Ainda mais porque, sem dinheiro para comprar produtos de fora do país, o governo argentino vinha levantando barreiras à importação que ignoravam compromissos assumidos no Mercosul.

O novo governo argentino é a esperança de um retorno da Argentina aos mercados de capitais. As oportunidades são imensas. A Argentina possui grandes reservas de gás natural que não são exploradas, afinal, a grana por lá anda em falta. Mas os cidadãos argentinos possuem grandes poupanças no exterior. Essa dinheirama pode ser repatriada caso seus possuidores sintam-se seguros de que o governo não irá expropriá-las (tirar de seus donos). A travessia para a Argentina, no entanto, não será fácil. O casal Kirchner deixa de herança um Estado nada confiável. Nem mesmo estatísticas oficiais de inflação e atividade econômica possuem credibilidade. E o governo Macri não terá maioria no Congresso, logo, reformas provavelmente serão graduais. Mas os primeiros sinais e os nomes de sua equipe econômica sugerem boa notícia. Este novo governo parece estar comprometido em fazer a coisa certa: trazer a Argentina de volta à comunidade internacional.

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Por que o "adeus" dos Kirchner é bom para nós?

Uma grande mudança começou na Argentina no último domingo. Depois de mais de uma década de governo do casal Kirchner, as urnas alçaram à Presidência o candidato da oposição, Mauricio Macri. Esta, sem dúvida, é boa notícia para o Brasil. O principal problema da economia Argentina é a combinação de perda do acesso aos mercados de capitais internacionais e escassez de reservas internacionais. Em outras palavras, a Argentina é hoje como uma família sem cartão de crédito e com o dinheiro curto: quando entra algum tostão, tudo bem, a família vai ao supermercado; mas, se não entra aquela graninha, a família tem de penhorar até as joias para conseguir comprar o leite das crianças. Na vida sem crédito, tudo vai bem enquanto se tem renda. Mas quando a renda diminui... Aí o bicho pega. E o bicho que está pegando na Argentina dá as suas arranhadas no Brasil. A queda do preço das commodities derrubou a capacidade argentina de importar. Isso machuca a indústria brasileira na veia. Ainda mais porque, sem dinheiro para comprar produtos de fora do país, o governo argentino vinha levantando barreiras à importação que ignoravam compromissos assumidos no Mercosul.

O novo governo argentino é a esperança de um retorno da Argentina aos mercados de capitais. As oportunidades são imensas. A Argentina possui grandes reservas de gás natural que não são exploradas, afinal, a grana por lá anda em falta. Mas os cidadãos argentinos possuem grandes poupanças no exterior. Essa dinheirama pode ser repatriada caso seus possuidores sintam-se seguros de que o governo não irá expropriá-las (tirar de seus donos). A travessia para a Argentina, no entanto, não será fácil. O casal Kirchner deixa de herança um Estado nada confiável. Nem mesmo estatísticas oficiais de inflação e atividade econômica possuem credibilidade. E o governo Macri não terá maioria no Congresso, logo, reformas provavelmente serão graduais. Mas os primeiros sinais e os nomes de sua equipe econômica sugerem boa notícia. Este novo governo parece estar comprometido em fazer a coisa certa: trazer a Argentina de volta à comunidade internacional. VEJA TAMBÉM
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