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Com expectativa de final de Copa do Mundo, participantes do mercado financeiro brasileiro acompanharam na noite de quarta-feira, 20 de julho, a estreia do novo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil.  Sob a liderança de Ilan Goldfajn, e com três novos diretores, foi anunciada a manutenção da Selic em 14,25% ao ano.

Essa decisão é revisada ou mantida pelos integrantes do Copom, constantemente, em reuniões periódicas, a cada um mês e meio.



Mas como é que isso funciona?

O presidente do Banco Central, indicado pela Presidência e aceito pelo Senado, recebe o mandato, isto é, a obrigação de perseguir uma inflação para 2017 de 4,5% ao ano – é a tal da meta de inflação. A margem de erro está estabelecida em 1,5%, logo, o piso para a inflação é 3%; e o teto, 6%.

Assim como o dentista tem o mandato de “consertar” nossa dor de dente, ou como o monitor de zoológico tem o mandato de não deixar o Joãozinho entrar na jaula dos leões, o BC tem o mandato, a obrigação de atingir a meta de inflação.

Os membros do Copom observam o comportamento da inflação no passado recente, as expectativas futuras para o ritmo dos preços e a evolução da economia nacional e internacional. Com esses dados em mãos, eles buscam calcular qual taxa de juros, a chamada Selic, é a mais adequada para se atingir o nível de inflação desejado.

Mas como a Selic mexe, na prática, com a inflação?

Uma Selic mais alta aumenta o custo do dinheiro (empréstimos bancários mais caros), o que tende a esfriar o consumo e a barateia o dólar (juros altos = rendimento atrativo para o investidor estrangeiro).

Se o dinheiro está mais caro, há menos procura por crédito. A atividade econômica “esfria” e as empresas aumentam menos seus preços e/ou não tem como dar aumentos para trabalhadores. O dólar mais barato, por sua vez, puxa para baixo os preços dos importados. E todos esses fatores tendem a afetar inflação, baixando o seu nível ou impedindo que ela avance mais.

Então, quando o Banco Central precisa baixar a inflação para cumprir com a sua obrigação institucional, o Copom tende a aumentar os juros; e, ao contrário, quando a inflação está em trajetória abaixo da meta, o Copom tende a cortar os juros, o que reduz o custo do dinheiro, “esquenta” a economia e encarece o dólar – já que investidores começam a preferir aplicar em outras praças e a moeda americana, dessa forma, fica mais escassa no Brasil.



Na primeira decisão do Copom sob nova direção, a Selic foi mantida em 14,25%, como dito mais acima. Em seu comunicado, ficou dito que, para a meta de inflação de 4,5% ser atingida em 2017, a Selic ainda deve ser mantida no nível atual. A decisão contraria a esperança por cortes nos juros até o fim do ano.

Quanto a nós, fiquemos de olho na meta. Nossa vida fica mais fácil quando a inflação está sob controle.

Por que o Copom faz tanta reunião sobre a Selic?

Com expectativa de final de Copa do Mundo, participantes do mercado financeiro brasileiro acompanharam na noite de quarta-feira, 20 de julho, a estreia do novo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil.  Sob a liderança de Ilan Goldfajn, e com três novos diretores, foi anunciada a manutenção da Selic em 14,25% ao ano. Essa decisão é revisada ou mantida pelos integrantes do Copom, constantemente, em reuniões periódicas, a cada um mês e meio. Mas como é que isso funciona? O presidente do Banco Central, indicado pela Presidência e aceito pelo Senado, recebe o mandato, isto é, a obrigação de perseguir uma inflação para 2017 de 4,5% ao ano – é a tal da meta de inflação. A margem de erro está estabelecida em 1,5%, logo, o piso para a inflação é 3%; e o teto, 6%. Assim como o dentista tem o mandato de “consertar” nossa dor de dente, ou como o monitor de zoológico tem o mandato de não deixar o Joãozinho entrar na jaula dos leões, o BC tem o mandato, a obrigação de atingir a meta de inflação. Os membros do Copom observam o comportamento da inflação no passado recente, as expectativas futuras para o ritmo dos preços e a evolução da economia nacional e internacional. Com esses dados em mãos, eles buscam calcular qual taxa de juros, a chamada Selic, é a mais adequada para se atingir o nível de inflação desejado. Mas como a Selic mexe, na prática, com a inflação? Uma Selic mais alta aumenta o custo do dinheiro (empréstimos bancários mais caros), o que tende a esfriar o consumo e a barateia o dólar (juros altos = rendimento atrativo para o investidor estrangeiro). Se o dinheiro está mais caro, há menos procura por crédito. A atividade econômica “esfria” e as empresas aumentam menos seus preços e/ou não tem como dar aumentos para trabalhadores. O dólar mais barato, por sua vez, puxa para baixo os preços dos importados. E todos esses fatores tendem a afetar inflação, baixando o seu nível ou impedindo que ela avance mais. Então, quando o Banco Central precisa baixar a inflação para cumprir com a sua obrigação institucional, o Copom tende a aumentar os juros; e, ao contrário, quando a inflação está em trajetória abaixo da meta, o Copom tende a cortar os juros, o que reduz o custo do dinheiro, “esquenta” a economia e encarece o dólar – já que investidores começam a preferir aplicar em outras praças e a moeda americana, dessa forma, fica mais escassa no Brasil. Na primeira decisão do Copom sob nova direção, a Selic foi mantida em 14,25%, como dito mais acima. Em seu comunicado, ficou dito que, para a meta de inflação de 4,5% ser atingida em 2017, a Selic ainda deve ser mantida no nível atual. A decisão contraria a esperança por cortes nos juros até o fim do ano. Quanto a nós, fiquemos de olho na meta. Nossa vida fica mais fácil quando a inflação está sob controle.
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