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							Nos últimos anos, a inflação no Brasil teve um comportamento bastante peculiar. Ela caiu com a eclosão da pandemia, chegando a ficar no território negativo por alguns meses. Isso fez com que o Banco Central reagisse, levando a taxa de juros básica da economia (a Selic) a patamares muito baixos, nunca antes vistos por aqui.

Mas, com a recuperação, ela voltou forte e persistente. Em 2021, ultrapassou os dois dígitos. Em 2022, perdeu um pouco do fôlego, mas não o suficiente para evitar, pelo segundo ano consecutivo, um segundo “furo” da meta de inflação. Diante disso, o Banco Central então aumentou a Selic agressivamente.

Em 2023, a inflação permaneceu em queda, e finalmente entrou na meta – um pouquinho abaixo do intervalo de tolerância, é verdade. Mas continua acima da referência principal para a política monetária, o centro da meta, que em 2024 é de 3%. Assim, ao longo do ano passado, o Banco Central pôde começar um novo ciclo de redução na Selic, ainda que um pouco mais tímido do que a escalada que implementou nos anos anteriores. A própria instituição reconhece que, apesar de estar em queda, a Selic permanece alta em comparação a seu nível de longo prazo.

Este comportamento da inflação não é algo exclusivo do Brasil. Compare no gráfico a seguir, que mostra a inflação anual ao consumidor no Brasil, nos Estados Unidos e na Zona do Euro. O padrão de subida forte em 2021 e 2022 e de queda em 2023 também aparece nessas regiões.

Afinal, durante a pandemia, as políticas fiscal e monetária foram afrouxadas em diversos cantos do mundo, para reavivar a economia que capengava. Um pouco mais tarde, isso apareceu na forma de uma inflação mais alta. Na recuperação, problemas do lado da oferta (com gargalos no comércio internacional) afetaram preços no mundo inteiro. Isso puxou a inflação global para cima, como vimos principalmente em 2021 no gráfico para as três regiões. 


À medida que os estímulos fiscais e monetários foram reduzidos e os gargalos na oferta aliviaram, a inflação também caiu em todo lugar.

A diferença, do caso brasileiro, é que o aperto monetário (com a subida na Selic) começou antes do que nos países desenvolvidos. Assim, o país já está em um novo ciclo de queda nos juros – algo que Estados Unidos e Zona do Euro ainda ensaiam. 

Fonte dos dados

World Economic Outlook Database, Fundo Monetário Internacional. Brasil (2019-2022), Estados Unidos (2019-2022), Zona do Euro (2019-2023). Acesso em: 8 fev. 2024

Agência de Notícias – IBGE. 28 dez. 2023. IPCA-15 de dezembro é de 0,40% e fecha 2023 com alta de 4,72%.

Estados Unidos (2023) – U.S. Bureau of Labor Statistics. Consumer Price Index. Acesso em: 8 fev. 2024. 


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A inflação no Brasil e nos países desenvolvidos | Gráfico da Semana

Nos últimos anos, a inflação no Brasil teve um comportamento bastante peculiar. Ela caiu com a eclosão da pandemia, chegando a ficar no território negativo por alguns meses. Isso fez com que o Banco Central reagisse, levando a taxa de juros básica da economia (a Selic) a patamares muito baixos, nunca antes vistos por aqui.

Mas, com a recuperação, ela voltou forte e persistente. Em 2021, ultrapassou os dois dígitos. Em 2022, perdeu um pouco do fôlego, mas não o suficiente para evitar, pelo segundo ano consecutivo, um segundo “furo” da meta de inflação. Diante disso, o Banco Central então aumentou a Selic agressivamente.

Em 2023, a inflação permaneceu em queda, e finalmente entrou na meta – um pouquinho abaixo do intervalo de tolerância, é verdade. Mas continua acima da referência principal para a política monetária, o centro da meta, que em 2024 é de 3%. Assim, ao longo do ano passado, o Banco Central pôde começar um novo ciclo de redução na Selic, ainda que um pouco mais tímido do que a escalada que implementou nos anos anteriores. A própria instituição reconhece que, apesar de estar em queda, a Selic permanece alta em comparação a seu nível de longo prazo.

Este comportamento da inflação não é algo exclusivo do Brasil. Compare no gráfico a seguir, que mostra a inflação anual ao consumidor no Brasil, nos Estados Unidos e na Zona do Euro. O padrão de subida forte em 2021 e 2022 e de queda em 2023 também aparece nessas regiões.

Afinal, durante a pandemia, as políticas fiscal e monetária foram afrouxadas em diversos cantos do mundo, para reavivar a economia que capengava. Um pouco mais tarde, isso apareceu na forma de uma inflação mais alta. Na recuperação, problemas do lado da oferta (com gargalos no comércio internacional) afetaram preços no mundo inteiro. Isso puxou a inflação global para cima, como vimos principalmente em 2021 no gráfico para as três regiões. 


À medida que os estímulos fiscais e monetários foram reduzidos e os gargalos na oferta aliviaram, a inflação também caiu em todo lugar.

A diferença, do caso brasileiro, é que o aperto monetário (com a subida na Selic) começou antes do que nos países desenvolvidos. Assim, o país já está em um novo ciclo de queda nos juros – algo que Estados Unidos e Zona do Euro ainda ensaiam. 

Fonte dos dados

World Economic Outlook Database, Fundo Monetário Internacional. Brasil (2019-2022), Estados Unidos (2019-2022), Zona do Euro (2019-2023). Acesso em: 8 fev. 2024

Agência de Notícias – IBGE. 28 dez. 2023. IPCA-15 de dezembro é de 0,40% e fecha 2023 com alta de 4,72%.

Estados Unidos (2023) – U.S. Bureau of Labor Statistics. Consumer Price Index. Acesso em: 8 fev. 2024. 


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