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Há diversos índices de inflação no Brasil. Dois dos mais famosos são o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Ambos são calculados pelo IBGE, dizem respeito à inflação ao consumidor e têm cobertura nacional. O IPCA guia as ações de política monetária do Banco Central, dentro do sistema de metas de inflação. Já o INPC é utilizado para definir o reajuste anual do salário mínimo.

A principal diferença entre eles são os pesos dos diversos itens na cesta de consumo usada para calcular a inflação. Enquanto o IPCA parte de informações do orçamento familiar de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, no INPC entram apenas famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. Ou seja, o INPC foca em domicílios mais pobres. Portanto, itens de alimentação tendem a pesar mais no cálculo do INPC do que no do IPCA, dado que indivíduos mais pobres gastam uma proporção maior de suas rendas nesse tipo de produto.

Ao contrário de grande parte de outros itens que compõem os índices de inflação, o segmento de alimentação e bebidas registrou alta de preços em todos os meses de 2020. E recentemente vemos um aumento médio bem elevado nessa categoria.

Como resultado disso, o crescimento do INPC é bem maior que o do IPCA nos últimos meses. Veja no gráfico abaixo, que mostra os dois índices de inflação de setembro de 2019 a setembro de 2020. Eles vêm próximos até fevereiro desse ano. Ambos caem nos meses mais duros da pandemia, mas o IPCA diminui menos. E nos meses mais recentes, em que há recuperação, os dois índices voltam a subir, mas o INPC cresce bem mais fortemente. No último dado, de setembro de 2020, o IPCA registrou aumento de 0,64%, enquanto que o INPC cresceu 0,87%.


Isso indica que o aumento do custo de vida deve incidir mais pesadamente sobre os mais pobres.
 
Fonte dos dados
Ipeadata. Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx


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A sopa de letrinhas da inflação brasileira | Gráfico da Semana

Há diversos índices de inflação no Brasil. Dois dos mais famosos são o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Ambos são calculados pelo IBGE, dizem respeito à inflação ao consumidor e têm cobertura nacional. O IPCA guia as ações de política monetária do Banco Central, dentro do sistema de metas de inflação. Já o INPC é utilizado para definir o reajuste anual do salário mínimo.

A principal diferença entre eles são os pesos dos diversos itens na cesta de consumo usada para calcular a inflação. Enquanto o IPCA parte de informações do orçamento familiar de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, no INPC entram apenas famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. Ou seja, o INPC foca em domicílios mais pobres. Portanto, itens de alimentação tendem a pesar mais no cálculo do INPC do que no do IPCA, dado que indivíduos mais pobres gastam uma proporção maior de suas rendas nesse tipo de produto.

Ao contrário de grande parte de outros itens que compõem os índices de inflação, o segmento de alimentação e bebidas registrou alta de preços em todos os meses de 2020. E recentemente vemos um aumento médio bem elevado nessa categoria.

Como resultado disso, o crescimento do INPC é bem maior que o do IPCA nos últimos meses. Veja no gráfico abaixo, que mostra os dois índices de inflação de setembro de 2019 a setembro de 2020. Eles vêm próximos até fevereiro desse ano. Ambos caem nos meses mais duros da pandemia, mas o IPCA diminui menos. E nos meses mais recentes, em que há recuperação, os dois índices voltam a subir, mas o INPC cresce bem mais fortemente. No último dado, de setembro de 2020, o IPCA registrou aumento de 0,64%, enquanto que o INPC cresceu 0,87%.


Isso indica que o aumento do custo de vida deve incidir mais pesadamente sobre os mais pobres.
 
Fonte dos dados
Ipeadata. Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx


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