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Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) já são uma realidade para o investidor de varejo. Em setembro deste ano, eles foram liberados para todos os investidores (antes podiam ser negociados apenas por investidores qualificados) e mais recentemente o lote de negociação foi reduzido pela B3. Assim, hoje, com menos de 100 reais, já é possível comprar um BDR.

Na prática, ao comprar um BDR na Bolsa brasileira, o investidor está comprando ações de uma empresa negociada em uma bolsa internacional. Atualmente, estão disponíveis na Bolsa brasileira BDRs de mais de 500 empresas que atuam nos mais diversos setores e países (atualmente, 18 países diferentes estão representados).

Pequenos investidores poderão negociar, aqui do Brasil e em reais, ações de empresas internacionais como Amazon, Alibaba, Intel e Tesla.

Mas o que o investidor ganha com isso? Diversificação. Por serem empresas que atuam em outros países e nos mais diversos setores – muitas inclusive em setores inexistentes no Brasil (semicondutores, por exemplo) –, as oscilações de suas ações trazem consigo choques (positivos e negativos) muito diferentes dos que nossas ações experimentam. E, quando combinamos esses ativos pouco correlacionados em uma mesma carteira, os ganhos de diversificação e, portanto, de redução do risco, costumam ser significativos.

A pergunta então é: qual dos mais de quinhentos BDRs o investidor deve comprar? O ideal seria comprar todos. Afinal, a regra da diversificação também vale para os BDRs. Felizmente, essa tarefa pode ser facilmente executada por meio dos chamados ETFs (Exchange Traded Funds).

Os ETFs são fundos que seguem uma regra bem definida e estabelecida. Por isso, não precisam gastar muito na aquisição de informação e na análise das empresas. Além disso, essas regras costumam resultar em poucas atualizações do portfólio – atualizações mensais, no máximo – o que também reduz o custo de implementação. Para completar, esses fundos são negociados diretamente na Bolsa de Valores e, portanto, os custos de distribuição acabam sendo mais baixos.

A lista de ETFs disponíveis no Brasil ainda é curta se comparada a outros países. Dos apenas 19 ETFs listados na B3, somente dois permitem exposição a ações internacionais. A boa notícia para o investidor é que novos ETFs internacionais devem ser listados na Bolsa brasileira já no começo do ano que vem. 

COLUNA PUBLICADA NA FOLHA DE SÃO PAULO

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BDRs e ETFs: as siglas que o investidor precisa conhecer

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) já são uma realidade para o investidor de varejo. Em setembro deste ano, eles foram liberados para todos os investidores (antes podiam ser negociados apenas por investidores qualificados) e mais recentemente o lote de negociação foi reduzido pela B3. Assim, hoje, com menos de 100 reais, já é possível comprar um BDR.

Na prática, ao comprar um BDR na Bolsa brasileira, o investidor está comprando ações de uma empresa negociada em uma bolsa internacional. Atualmente, estão disponíveis na Bolsa brasileira BDRs de mais de 500 empresas que atuam nos mais diversos setores e países (atualmente, 18 países diferentes estão representados).

Pequenos investidores poderão negociar, aqui do Brasil e em reais, ações de empresas internacionais como Amazon, Alibaba, Intel e Tesla.

Mas o que o investidor ganha com isso? Diversificação. Por serem empresas que atuam em outros países e nos mais diversos setores – muitas inclusive em setores inexistentes no Brasil (semicondutores, por exemplo) –, as oscilações de suas ações trazem consigo choques (positivos e negativos) muito diferentes dos que nossas ações experimentam. E, quando combinamos esses ativos pouco correlacionados em uma mesma carteira, os ganhos de diversificação e, portanto, de redução do risco, costumam ser significativos.

A pergunta então é: qual dos mais de quinhentos BDRs o investidor deve comprar? O ideal seria comprar todos. Afinal, a regra da diversificação também vale para os BDRs. Felizmente, essa tarefa pode ser facilmente executada por meio dos chamados ETFs (Exchange Traded Funds).

Os ETFs são fundos que seguem uma regra bem definida e estabelecida. Por isso, não precisam gastar muito na aquisição de informação e na análise das empresas. Além disso, essas regras costumam resultar em poucas atualizações do portfólio – atualizações mensais, no máximo – o que também reduz o custo de implementação. Para completar, esses fundos são negociados diretamente na Bolsa de Valores e, portanto, os custos de distribuição acabam sendo mais baixos.

A lista de ETFs disponíveis no Brasil ainda é curta se comparada a outros países. Dos apenas 19 ETFs listados na B3, somente dois permitem exposição a ações internacionais. A boa notícia para o investidor é que novos ETFs internacionais devem ser listados na Bolsa brasileira já no começo do ano que vem. 

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