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O presidente interino Michel Temer e sua equipe econômica anunciaram um conjunto de medidas de caráter fiscal na última semana. Durante os próximos dias e semanas, como já temos feito em nosso canais, discutiremos a pauta apresentada pelo governo aqui no Por quê?. Por ora, falaremos do pagamento adiantado de 100 bilhões de reais que o BNDES tomou emprestado do Tesouro.

A decisão ainda depende de viabilidade jurídica, mas, de antemão, vemos com bons dois olhos. Sim, dois olhos! A medida é boa em duas dimensões.

Primeiro, pelo olho direito, vemos o impacto fiscal positivo. Na comparação, o Tesouro paga juros mais altos aos detentores de seus títulos da dívida que o BNDES paga ao Tesouro por seu empréstimo. Assim, ao adiantar o pagamento da dívida do BNDES, o montante obtido pode ser usado para diminuir o endividamento do Tesouro com juros altos.

Está em jogo, portanto, clara economia no pagamentos de juros, hoje, acima dos 14% ao ano.

Segundo, pelo olho esquerdo, a ideia defendida pelo governo em exercício tende a melhorar a governança de nossa economia. Tira o gás do BNDES, que, infelizmente, se transformou num instrumento de concentração de renda – entenda no vídeo abaixo:



Ao repagar o Tesouro antecipadamente, o BNDES perde caixa. Com menos caixa, tem menos bala na agulha para emprestar a juros de mãe para bilionários, políticos amigos ou empresas envolvidas na Lava Jato.

É desejável que o BNDES mude de vocação e – numa virada de 180 graus – se torne um banco que, de fato, financie o desenvolvimento econômico e social do país. Cortar suas asinhas é um bom começo.

BNDES: por que adiantar 100 bilhões de reais ao Tesouro?

O presidente interino Michel Temer e sua equipe econômica anunciaram um conjunto de medidas de caráter fiscal na última semana. Durante os próximos dias e semanas, como já temos feito em nosso canais, discutiremos a pauta apresentada pelo governo aqui no Por quê?. Por ora, falaremos do pagamento adiantado de 100 bilhões de reais que o BNDES tomou emprestado do Tesouro. A decisão ainda depende de viabilidade jurídica, mas, de antemão, vemos com bons dois olhos. Sim, dois olhos! A medida é boa em duas dimensões. Primeiro, pelo olho direito, vemos o impacto fiscal positivo. Na comparação, o Tesouro paga juros mais altos aos detentores de seus títulos da dívida que o BNDES paga ao Tesouro por seu empréstimo. Assim, ao adiantar o pagamento da dívida do BNDES, o montante obtido pode ser usado para diminuir o endividamento do Tesouro com juros altos. Está em jogo, portanto, clara economia no pagamentos de juros, hoje, acima dos 14% ao ano. Segundo, pelo olho esquerdo, a ideia defendida pelo governo em exercício tende a melhorar a governança de nossa economia. Tira o gás do BNDES, que, infelizmente, se transformou num instrumento de concentração de renda – entenda no vídeo abaixo: Ao repagar o Tesouro antecipadamente, o BNDES perde caixa. Com menos caixa, tem menos bala na agulha para emprestar a juros de mãe para bilionários, políticos amigos ou empresas envolvidas na Lava Jato. É desejável que o BNDES mude de vocação e – numa virada de 180 graus – se torne um banco que, de fato, financie o desenvolvimento econômico e social do país. Cortar suas asinhas é um bom começo.
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