Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

O que é desemprego?

Parece até uma pergunta boba, todo mundo, em tese, sabe o que é desemprego. Mas o conceito econômico de desemprego é um pouco diferente do que as pessoas em geral entendem pelo termo. E essa diferença tem implicações importantes na medição da taxa de desemprego.

Vamos entender o motivo?

Primeiramente, só entram nas estatísticas de emprego ou desemprego as pessoas que fazem parte da chamada População em Idade Ativa (PIA). A PIA é formada por todos os indivíduos que estão na faixa etária considerada apta a exercer algum trabalho. A ideia por trás disso é: indivíduos muito jovens, em geral, não são capazes de exercer atividades econômicas. A depender da pesquisa, consideram-se como parte da PIA todas as pessoas a partir de 10, 14 ou 15 anos de idade.

(As pesquisas feitas com PIA a partir de 10 anos de idade justificam-se pois a prática do trabalho infantil persiste, em detrimento do fato de ela ser proibida.)

A PIA divide-se em dois grupos: a População Não Economicamente Ativa (PNEA) e a População Economicamente Ativa (PEA). A PNEA é composta por pessoas que não trabalham por possuírem alguma deficiência (física ou mental), pelos desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego por não terem obtido sucesso em procuras passadas) e pelas pessoas que simplesmente não querem trabalhar, seja lá qual for a razão (por exemplo, porque são estudantes).

Mas quem é contabilizado empregado ou desempregado?

Aquelas pessoas que fazem parte da PEA, ou seja, a parcela da PIA subtraída da PNEA. A PEA divide-se entre a População Ocupada (PO) e a População Desocupada (PD).

A PO inclui todos os empregados com carteira assinada, trabalhadores autônomos, empregadores e aqueles que exercem atividades não remuneradas por pelo menos 15 horas semanais (por exemplo, fazem trabalho voluntário, estágio ou ajudam nos negócios da família).

Já a PD é composta por indivíduos que não possuem trabalho, mas que estariam dispostos a trabalhar e que recentemente tomaram medidas para procurar emprego (como pesquisar em jornais e outros veículos de anúncios de vagas, sondar conhecidos que possam saber de alguma oportunidade etc.).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – órgão governamental responsável por computar as principais estatísticas de emprego e desemprego no Brasil – considera como desempregados apenas quem procurou trabalho um mês antes da realização da pesquisa. Aqueles que procuraram emprego pela última vez há mais de um mês são considerados desalentados e são contabilizados não como desempregados, mas como parte da PNEA.

O esquema a seguir resume a discussão feita até agora:

desemprego 1

 Estes Cartões PQ? foram elaborados por Mauro Rodrigues e Gabriel Oliva, economista e mestrando da USP

O que você achou desse texto?

*Não é necessário cadastro.

Avaliação de quem leu:

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.